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Mostrando postagens de abril, 2016

MAIS MÚSICOS DESCREVEM A CRISE NA MÚSICA BRASILEIRA

A crise na música brasileira não existe? Tudo está em alta, porque qualquer maluco com um sâmpler e um chip faz uma coisa qualquer nota? Enquanto as pessoas fazem vista grossa a isso, mais gente analisa o cenário musical com realismo. Desta vez foi Samuel Rosa, vocalista e guitarrista do Skank, que resolveu falar a respeito. Ele até admite que as novas tecnologias e a Internet facilitaram o consumo de música. Mas avisou que o ato de ouvir música tornou-se mais "grosseiro". "É como se as pessoas voltassem a comer com as mãos. Um álbum precisa ser degustado. O Clube da Esquina, por exemplo, tem que ser ouvido de cabo a rabo", disse Samuel. Ele ainda acrescentou sobre a tão conhecida falta de hábito dos brasileiros em tirar um tempo para realmente  ouvir música: "As pessoas precisam criar espaço na agenda delas para ouvir música. Está tudo superficial. Estamos na época dos surfistas e não dos mergulhadores". Isso desmascara aqueles loucos d

DERROTADOS DE 2014 QUEREM TOMAR O PODER

O dia 17 de abril passado é anunciado pela mídia como um "fato histórico". Que causou estranheza na imprensa estrangeira, mesmo a mais conservadora. A votação já sabemos, foi um engodo demagógico que se aproveitou da histeria ideológica contra o governo Dilma Rousseff. O famoso reacionarismo anti-PT. Tudo com base em fofocas travestidas de denúncia séria e investigação. Pois no próximo dia 11, Dilma poderá ser tirada do poder. Embora de maneira interina, 180 dias, pode se tornar definitiva pelas pressões da direita político-jurídica, por mais que Dilma tenha direito à ampla defesa. O que poucos percebem é que, depois do 17 de abril, o país ficou "acéfalo". Como o governo brasileiro, depois da expulsão de João Goulart pelo golpe militar, naquele Primeiro de Abril de 1964. O senador Auro de Moura Andrade, o então presidente do Congresso Nacional, já havia anunciado a queda de Jango, na sua histeria golpista. A mesma histeria com que Eduardo Cunh

RICARDO FELTRIN MOSTRA O COMERCIALISMO MUSICAL BRASILEIRO

Infelizmente, a música brasileira sucumbiu a um comercialismo avassalador. Depois de Sylvio Guerra, o advogado das estrelas, afirmar que atores e atrizes são pagos para "curtir" ídolos musicais da moda, agora o blogueiro do UOL, Ricardo Feltrin, dá sua visão sobre esse comercialismo. Ele descreve o processo de contrato empresarial para apresentações ao vivo, que movimentam várias empresas de entretenimento. Empresas que a intelectualidade "bacana", que sonha com um Brasil mais brega, definia como "pobrezinhas". Tudo virou show business . Perdeu-se aquela sinceridade artística que trazia delícias em biografias e historiografias sobre MPB e Rock Brasil. Hoje os ídolos musicais são tão falsos e tendenciosos quanto subcelebridades em busca de fama. Afinal, eles são subcelebridades musicais. Fazem música por dinheiro. E a fazem até quando dizem que não fazem por dinheiro. E assim dizem só para não assustar a plateia. Tudo virou faz-de-co

PAULO RICARDO APRESENTA O ROCK BRASIL E OS ANOS 80 PARA HOMENS DE 60 E TANTOS ANOS

PAULO RICARDO E CLEMENTE, DOS INOCENTES E DA PLEBE RUDE - A turma do baixista do RPM não vive nos tempos de Jacinto de Thormes. Recentemente, um empresário de 63 anos, pai de uma ex-tenista, foi ver uma apresentação do cantor Paulo Ricardo ao lado de sua jovem esposa de 42 anos, atriz e ativista. O baixista do RPM é conhecido por ser o "único" artista dos anos 80 que conhecidos empresários ou médicos, casados com atrizes, ex-modelos ou apresentadoras bem mais jovens, aceitam entrar em contato. Esses homens, grisalhos e de comportamento sisudo, estão sendo obrigados, pelas circunstâncias, a se inventarem. Têm que pegar emprestado até a coleção de CDs de seus filhos. Até pouco tempo atrás, esses senhores nascidos entre 1950 e 1954 - há um publicitário e apresentador de TV que nasceu em 1955 - comemoraram 50 anos de idade achando que obtiveram uma bagagem de vida de senhores de 75 anos. Um tentava se achar expert em jazz dos anos 1950, sem ter 1% da especialização

PARTICIPAÇÃO DE AXL ROSE NO AC/DC TESTA REPUTAÇÃO DO METAL FAROFA NO ROCK AUTÊNTICO

Mais um teste foi feito para os provincianos brasileiros. Eles estavam entre os poucos que, no mundo, consideravam o Guns N'Roses "rock clássico". Era só ver as mídias sociais. A banda de Axl Rose era classificada de "rockão" para cima. Mas o som, na verdade, não era lá grande coisa. Pouco importa. Rock aqui pode ser até "meio mais ou menos" ou "mais pra menos que pra mais", que sempre tem aquela mística de "melhor do que nada". Vide as duas rádios que exploram o segmento rock no eixo Rio-São Paulo, que, canastronas, são endeusadas por uma parcela da opinião pública (ou "opinião publicada na mídia") e agora não querem largar o osso (ou a "pedra"). A carioca Rádio Cidade, espécie de Eduardo Cunha das "rádios rock", e a 89 FM, equivalente a uma revista Veja do segmento, podem até não ter o fôlego midiático de hoje, mas tem sempre aquele papo de "vamos respeitar as duas rádios, elas até

PATÉTICA, MÍDIA BRASILEIRA DESQUALIFICA TESE DE GOLPE DA IMPRENSA ESTRANGEIRA

GLENN GREENWALD, JORNALISTA E ADVOGADO ESTADUNIDENSE. A grande mídia brasileira é patética. Ela se acha mais informada que a imprensa estrangeira. Seus panfletários comentaristas, dotados de histeria descomunal, acusam os jornalistas estrangeiros de promoverem uma "péssima imagem" para o Brasil, suas leis e suas instituições. Sim, uma categoria que tem uma Eliane Cantanhede festejando com euforia a votação pelo impeachment  de Dilma Rousseff se acha com a razão das razões. Se sentem ofendidos quando se fala que o impeachment  é um golpe. Um golpe jurídico-midiático. Acham que o impedimento é "constitucional"; O impeachment  é previsto pela Constituição. Mas não da forma como a turma de Gilmar Mendes, Michel Temer e Eduardo Cunha quer que seja feito, baseada em fofocas de gente que faz oposição rancorosa a Dilma. Da forma como se quer fazer, é golpe, sim. Na imprensa estrangeira, profissionais conceituados estranharam a realização da votação e a a

MARCELA TEMER E O BRASIL PATRIARCALISTA

MARCELA TEMER E SEU AVÔ...QUER DIZER, MARIDO. A patética votação do Congresso Nacional pelo impeachment  de Dilma Rousseff é um fato peculiar. Não pelo seu valor histórico de resgate da democracia. Mas pelo poder de pressão de uma patética elite reacionária, que não conseguiu eleger o candidato de sua preferência em 2014. Tinha todo o tempo para dizer que Marina Silva ou Aécio Neves seriam melhores que Dilma Rousseff. Aí fizeram toda a malcriação que conhecemos e Dilma Rousseff corre o risco de ficar fora do poder. Vamos dispensar o caso político e focalizar na futura primeira-dama, Marcela Temer. Que tem idade para ser neta do futuro titular da República, Michel Temer. A situação mudou bastante em relação ao modo das esquerdas médias verem o casal. Marcela Temer tinha uma reputação de "emancipada" como se fosse uma Jacqueline Kennedy da centro-esquerda brasileira. De graça, o marido Michel era tratado como se fosse um novo Juscelino Kubitschek apenas pe

O TRAJETO DO FIM DO PROJETO PAULO FREIRE À ASCENSÃO DA INTELECTUALIDADE "BACANA"

O maior erro das esquerdas foi dar ouvido a uma intelectualidade cultural suspeita. Que prometia transformar no folclore de amanhã o jabaculê cultural que faz sucesso desde os últimos 45 anos. Essa intelectualidade, de um estranho discurso "provocativo", parecia falar das periferias, roças e subúrbios como se fossem sucursais da Disneylândia. Como esses intelectuais se passavam por bonzinhos, bajulavam as esquerdas e falavam "positivamente" das classes populares, as esquerdas morderam a isca e o debate cultural de esquerda se esvaziou. Com Pedro Alexandre Sanches e companhia aliciando as esquerdas, o caminho se abriu todo para os Rodrigo Constantino, Rachel Sheherazade e Kim Kataguiri da vida. E esse caminho tem uma origem. É em 1964, quando veio o golpe militar. Ele acabou com todos os projetos em prol do fortalecimento da cultura do povo brasileiro. Acabou com o Método Paulo Freire, do famoso pedagogo pernambucano que, com uma técnica mais modes

OS ERROS DA PRESIDENTA E DAS ESQUERDAS

Derrota quase fulminante para a presidenta Dilma Rousseff. Por 367 votos contra 137, além de sete abstenções e duas ausências, o pedido de abertura do impeachment da presidenta Dilma foi aprovado numa votação tensa e frustrante para os esquerdistas. Os que defendiam a permanência de Dilma no poder não conseguiram atingir os 35 votos que faltavam para impedir a vitória do projeto oposicionista, que não só venceu como teve folga de 25 votos a mais. A vitória do projeto do impedimento representa um provável fim da Era PT no Governo Federal. Os petistas prometem resistência e ainda há possibilidade de Dilma se defender no julgamento que virá em breve. Mas a pressão oposicionista cresceu de forma descontrolada e a população brada pela saída do PT do governo do país. A onda neo-conservadora se ascendeu, embora de forma atrapalhada, precipitada e estúpida, mas a pressão se tornou intensa e preocupante. Admite-se, todavia, que o governo Dilma Rousseff errou, como erros ocorre

DJ TUBARÃO ENTREGA APOIO DA GLOBO AO "FUNK"

Enquanto o "funk" posa de "anti-mídia" e tenta convencer os incautos de uma postura falsamente progressista, como na manifestação anti-impeachment de ontem (num dia que resultou na maior derrota política de Dilma Rousseff e do PT nos últimos anos), um DJ do gênero entrega e revela que um dos programas da Rede Globo contribuiu decisivamente para a popularização do "funk". Foi numa entrevista ao jornalista Léo Dias, do jornal carioca O Dia. O DJ Tubarão, que tem um programa na FM O Dia, entregou revelando não só a influência de um programa da Rede Globo como de uma socialite no processo de empurrar o ritmo para as elites. Embora o DJ Tubarão falasse com aqueles mesmos pontos de vista positivistas em relação ao "funk", subentende-se que a popularização do ritmo obedeceu a uma lógica de marketing e busca de novas reservas de mercado através de um serviço de relações públicas de uma socialite, Carol Sampaio. É bom deixar claro que as celebr

"CABO ANSELMO" DA VEZ, "FUNK" QUIS SE PROMOVER COM EVENTO ANTI-IMPEACHMENT

Muitos compararam a campanha pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff ao golpe contra João Goulart. Não apenas o golpe de 1964, mas um golpe jurídico da virada de agosto a setembro de 1961, portanto, 55 anos atrás. Afinal, Michel Temer, inexpressivo político do PMDB, governará como Tancredo Neves (avô de Aécio) como primeiro-ministro, embora fosse o presidente no status do sistema presidencialista. Mas o que chama a atenção nesse circo pró-golpe e anti-golpe é o papel que o "funk carioca" está fazendo, que é o do Cabo Anselmo da vez. Já escrevemos sobre isso. O sargento José Anselmo dos Santos também se dizia "esquerdista sincero", supostamente entendedor de Karl Marx, porta-voz dos oprimidos, vítima da opressão das elites, vítima de preconceito. Ele comandou a revolta dos sargentos que, na verdade, desnorteou o governo João Goulart. Como lembrou bem o cineasta Sílvio Tendler, Jango tentou dar uma solução Aragarças ao protesto dos sargentos e

PAI E FILHO

O menino corre para seu pai, pedindo com insistência: - Pai, tira a Dilma do governo! Papai, faz isso, por favor!! Tira aquela megera do Planalto! O pai, pacientemente, disse: - Filho, pare para pensar. A Dilma não tem acusação rigorosa contra ela. Tudo o que falam a respeito de irregularidades é rumor, está no nível da fofoca. - Não, pai! Eu quero ela fora! Não gosto dela! Tira ela dali, papai! Não aguento mais ela no governo! - Filho, ela foi eleita para este mandato com 54 milhões de votos. Ela foi reeleita dentro da normalidade constitucional. Assim que você não gosta dela, meu filho, tem muita gente que gosta e confia nela. Você não é o único brasileiro que existe no país. Existem pessoas que não pensam igual a você e você tem que respeitar. É a vida. - Não! Não gosto dela! Danem-se os outros. Só tem bundão! - Não fale assim, meu filho! - Só tem bundão mesmo, papai! E Dilma aprontou, sim. Veja as pedaladas fiscais! - Aquilo é uma deturpação, filho. O que foi f

ESTE LIVRO AINDA VAI FAZER SUCESSO

As pessoas não percebem que resolver a crise com romances sobre aventuras com Minecraft é impossível. O livro acima, MÚSICA BRASILEIRA E CULTURA POPULAR EM CRISE, seria um bom livro para esses tempos turbulentos. Ele apresenta um histórico da música brasileira e dos principais fatos da história da cultura popular e descreve e explica a decadência dos dias atuais. Se a pessoa acha que entende o momento da cultura brasileira de hoje, é porque está desinformada e adquirir o livro é fundamental para entender a crise atual que muitos se recusam a admitir que existe. O livro está aí, no mercado:  http://www.amazon.com/M%C3%9ASICA-BRASILEIRA-CULTURA-POPULAR-Portuguese-ebook/dp/B01EZNRL0Y/ref=sr_1_10?ie=UTF8&qid=1462068095&sr=8-10&keywords=cultura+popular . Este livro ainda vai fazer sucesso, porque reflete o momento atual. E tem a vantagem de não precisar comprar lápis de cor, não temer ver gente com dentes caninos mordendo pescoço de alguém ou bonecos de jogos elet

PREFEITO DE NITERÓI HAVIA GANHO PRÊMIO DE EMPREENDEDORISMO...COM LOJAS FECHADAS

Só pode ser piada. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, havia ganho, há cerca de duas semanas, o Prêmio Prefeito Empreendedor Sebrae, no quesito administração municipal, pelo projeto "Niterói Empreendedora – Construindo a melhor cidade para se viver e ser feliz". Para piorar, Rodrigo ainda concorrerá ao prêmio nacional, no próximo mês, pelo mesmo projeto. , que, em tese, "implementou ações para estimular o empreendedorismo e o crescimento econômico associado ao desenvolvimento social e humano. Enquanto ele sorriu largamente na ocasião do recebimento do prêmio, Niterói só vê lojas e estabelecimentos comerciais diversos se fechando, a ponto da cidade mais parecer uma roça, em nada lembrando a antiga capital do Estado do Rio de Janeiro que o município um dia foi. Eu mesmo, quando vivi em Niterói, nos anos 1980, a achava mais cosmopolita do que hoje, quando a cidade se resignou em ser um quintal dos fundos do Rio de Janeiro, o município vizinho. Mas se o Estado do

SINTO O OCASO DE UMA ERA

Tenho que ser realista. A pressão para encerrar o ciclo governista do PT é muito, muito forte. De que adianta o governo Dilma Rousseff ter ao seu lado as instituições sérias, os movimentos sociais, as leis e até mesmo quem se opõe a ela sem a intolerância doentia da direita psicopata? A direita é truculenta, não entende de leis, e vai derrubar um governo eleito democraticamente por conta de acusações muito mal explicadas. O Brasil está em crise, sim. Mas não necessariamente resultante da Economia, mas de uma série de fatores. Existe crise cultural, por exemplo, mas as pessoas fazem vista grossa, achando que o Brasil vive um dos melhores momentos de produção artística. Creio que essa crise não acabe, e estou preparado para Dilma sair do governo, porque até as multinacionais botam dinheiro para essas manifestações pateticamente furiosas. Ando muito apreensivo sobre o que vai acontecer no Brasil. Creio que não será o pesadelo de 1964 a 1985, mas não deixa de ser sombrio.

POR QUE MUITOS FINGEM QUE A CRISE CULTURAL NÃO EXISTE NO BRASIL?

A crise cultural existe no Brasil. Mas muitos se recusam a ver. Alegam que muito dinheiro está circulando e muita gente está fazendo alguma coisa, em uma infinitude de espaços. Querem dizer que não há crise usando a quantidade como pretexto. O problema não é quantidade. Se for assim, teríamos uma fartura de artistas. Mas o que se vê é que a maioria é medíocre ou, quando muito, mediana. Pessoas até bem informadas culturalmente, mas incapazes de digeri-las de forma criativa e inovadora. Temos sempre aquele padrão de "vanguarda" que a imprensa musical repetidamente descreve na Internet. Sempre aquele papo; cantores alucinados, cantoras provocadoras, grupos hilários etc. Os mesmos esquisitos da moda, que no entanto mostram repertórios mornos e convencionais. Há os escritores que mais parecem escrever para si mesmos e montar um dicionário de gírias da moda. Isso fora os modismos como Minecraft e livros para colorir que empastelam o mercado literário. Ou

ATÉ FERNANDA TAKAI ADMITIU CRISE CULTURAL NO BRASIL

Enquanto muitas pessoas não se interessam em adquirir o livro MÚSICA BRASILEIRA E CULTURA POPULAR EM CRISE , que traz um diagnóstico sobre a crise cultural brasileira, até músicos mais esperançosos admitem a existência desta crise. Fernanda Takai é um exemplo, e olha que ela busca dar sua contribuição para a renovação da MPB. Descontando uma participação caça-níqueis num disco-tributo a Michael Sullivan (o homem que quis destruir a MPB com a submissão dela ao "livre-mercado"), ela deu contribuições valiosas para a divulgação da MPB do passado como forma de inspirar a MPB do futuro. Segundo ela, também integrante do Pato Fu junto ao seu marido John Ulhoa, a música brasileira entrou em crise antes dos demais setores da vida no país. "O auge da crise da música foi em 1998 quando apareceu o MP3. A gente está colado na crise. Todo mundo da música mudou muito o jeito de produzir, de fazer. Para a música, que está calejada, esse momento é normal. Essa foi a área que