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Mostrando postagens de novembro, 2014

NOVELA BOOGIE OOGIE POUCO APRESENTOU DA MODA FEMININA DOS ANOS 70

Que não esperemos que novelas de TV reproduzam com a máxima fidelidade possível o espírito de uma década, isso é compreensível, mas vendo o caso da novela Boogie Oogie, da Rede Globo de Televisão, observa-se que a produção quase nada aproveitou da moda feminina dos anos 70. Enquanto atores como Fabrício Boliveira, Rodrigo Simas e Marco Ricca aparecem com o figurino bem de acordo com a moda dos anos 70, isso quase não se vê nas atrizes, mesmo quando se tenta aproximar da moda da época. Salvo raros momentos, é como se a produção aproveitasse tão somente elementos dos anos 70 presentes na moda de hoje para inseri-las na novela, mas não raro o vestuário feminino fica muito mais próximo dos dias de hoje do que do tempo em que se passa a novela, por volta da segunda metade dos anos 70. Embora às vezes se observa alguns trajes usados por Bianca Bin, Deborah Secco e Alessandra Negrini de acordo com a época, em outras, principalmente da parte de Ísis Valverde, dá a impressão de que a p

GOVERNO DILMA PARECE IMPLANTAR O PROGRAMA DE AÉCIO NEVES

KÁTIA ABREU E JOAQUIM LEVY SIMBOLIZAM ANUNCIADA GUINADA DIREITISTA DO GOVERNO DILMA ROUSSEFF. Uma mudança brusca aconteceu no governo Dilma Rousseff, a cerca de um mês e meio de reassumir o mandato. A presidenta resolveu fazer uma reforma ministerial visando enfatizar, em seu programa de governo, medidas que priorizem o mercado, reduzindo a já branda e paliativa inclinação para o reformismo social. Chama atenção, nos noticiários políticos dos últimos dias, a escolha do economista neoliberal Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e a possibilidade de escolher a ruralista Kátia Abreu, que havia sido desafeta enérgica do PT - quase como Carlos Lacerda para o trabalhismo, sem no entanto ter a erudição e a retórica do antigo udenista - , para o Ministério da Agricultura. Joaquim ainda não assumiu oficialmente a pasta mas já está no aquecimento de sua gestão governamental. Ele é economista e engenheiro e defende medidas ortodoxas na economia, sendo discípulo de Milton Friedman, ec

OUTRA ABERRAÇÃO: FURACÃO E PRAIA NA BUSCA DO GOOGLE

Depois do caso da palavra-chave "imperador", outra aberração é notada através da busca do Google, quando se procura as palavras-chave "furacão" e "praia", demonstrando que a indústria das metáforas fáceis chega ao ponto do ridículo Quem entende das coisas sabe que furacão é um tipo de tempestade que consiste numa aceleração extrema do vento cujas correntes de ar formam uma roda e que, uma vez no solo, carrega ou derruba tudo que estiver á sua frente. E praia é uma porção de areia, com algumas plantas e pedras, junto às águas do mar, da baía ou de um rio. Com este raciocínio, quando alguém procura a expressão "furacão" e "praia", escrevendo as palavras no espaço de preenchimento da busca do Google, tendo as expressões acompanhadas ou não de aspas, imagina-se que os resultados trariam em sua maioria imagens relacionadas à tempestade atingindo costas marítimas. Mas não é isso que acontece. O que se vê é uma galeria de "boaz

BUSCA DO GOOGLE PARA PALAVRA "IMPERADOR" PRIORIZA JOGADOR DE FUTEBOL

BUSCA DO GOOGLE PARA A PALAVRA "IMPERADOR", FEITA NO ÚLTIMO DIA 13. Um dos aspectos surreais existentes no Brasil - e são muitos, pasmem - está no típico exemplo do que a agenda setting pode causar nos brasileiros que se acham "tão inteligentes" e "tão antenados" mas limitam sua agenda de assuntos e temas a banalidades para lá de corriqueiras. Pesquisando a palavra "imperador", na busca de imagens do Google, no último dia 13, logo na primeira página se observa que a maioria das imagens associadas à palavra está num homem que nem sequer exerceu essa função monárquica, o jogador de futebol Adriano, ex-craque do Flamengo, cujo título de "imperador" não é mais do que uma metáfora própria da crônica esportiva. Esperava-se que a palavra "imperador" priorizasse verdadeiros monarcas, como os Luís que reinavam a França e os monarcas que chefiaram o Império Romano. Quando muito, presidentes da República dotados de perfil autori

NÃO IMPORTA O ERRO. IMPORTA É O STATUS DE QUEM ERROU

MARCELO ADNET E LUANA PIOVANI, EM CENA DE AS AVENTURAS DE AGAMENON, O REPÓRTER - Alvos preferidos da mídia seletiva. Ainda sobre o caso de Letícia Sabatella e sua embriaguez, o episódio deixou uma lição amarga de impunidade típica em nosso país: pouco importa a natureza do erro, o que importa é o status de quem errou. Se duas pessoas cometeram o mesmo erro, se uma delas é mais carismática, leva punição melhor e ainda sai da situação sob aplausos. O esquema de corrupção da Petrobras talvez precisasse ter uma Letícia Sabatella ao seu lado, para ao menos receber alguma solidariedade da opinião pública. Em contrapartida, será que, se no lugar de Letícia, estivesse a Luana Piovani, alguém se encorajaria em fazer um deitaço em sua solidariedade? Infelizmente, a sociedade midiatizada e o caráter seletivo da mídia de celebridades faz com que os erros deixem de valer por si sós, pesando mais leve em quem é detentor de privilegios e prestígios sociais. Se compararmos o caso Let

REGINA CASÉ DEIXA INTELECTUAIS "BACANAS" NUM IMPASSE

A intelectualidade "bacana", aquela que defende a bregalização do país, não cuida mesmo dos próprios defendidos e cai em muitas confusões e contradições. Nem os funqueiros acabam sendo protegidos nesse carnaval todo da "celebração do mau gosto popular". Depois que o roqueiro Lobão, já nos seus devaneios reacionários, disse que o "funk carioca" era mais instigante que o Rock Brasil, e a dupla breganeja Zezé di Camargo & Luciano decepcionou as esquerdas médias assumindo seu lado ruralista, e, no meio disso tudo, a Joelma da Banda Calypso revelando uma homofobia digna de Marco Feliciano, a nossa intelligentzia se desnorteou. Mas também essa intelectualidade faz por onde. Quando é para ela se projetar transformando meros fenômenos comerciais em "etnografia pós-moderna", eles vão fundo. Mas quando é para assistir os funqueiros nos momentos mais difíceis, eles não fazem. O caso mais recente é o do programa Esquenta!, da Rede Globo, que ha

VIROU MODA FALAR MAL DE 'DOIS HOMENS E MEIO' FASE WALDEN

ASHTON KUTCHER (E) FEZ A SITCOM DOIS HOMENS E MEIO SE TORNAR MAIS ÁGIL. A CRÍTICA BRASILEIRA IGNORA ISSO. Às vezes fico imaginando que a imprensa cultural brasileira se comporta como um gado bovino. Neste Brasil tão atrasado, a nossa "moderna" mídia tem certos chiliques e certas opiniões padronizadas que acreditamos ser combinada pelos interesses corporativistas de nossos jornalistas. Em muitos casos, se alguns "bacaninhas" da imprensa dos EUA ditam o que é bom ou ruim, a imprensa brasileira macaqueia e assina embaixo. Entre outras coisas, é a moda de falar mal das últimas fases do seriado Dois Homens e Meio (Two and a Half Men) , com Ashton Kutcher como Walden Schmidt, um profissional de informática. A mídia tem uma grande implicância com Ashton Kutcher, que considero uma das figuras mais admiráveis que existe no mundo, e também um excelente ator. A implicância é tanta que os jornalistas "donos da verdade" chegam a dizer que Ashton é canastrão, c

SÉRGIO RICARDO DECEPCIONA INTELECTUAIS "BACANAS"

O cantor e compositor Sérgio Ricardo decepcionou a intelectualidade "bacana". Esta, querendo cooptar a MPB autêntica que julgavam não-buarqueana, acreditava que os emepebistas que não fizessem parte da família ou da "comitiva" de Chico Buarque pudesse ter uma visão aberta ao mercadão do brega-popularesco, o "livre mercado da cultura transbrasileira". Sérgio, que havia ganho a simpatia de Pedro Alexandre Sanches e outros "bacaninhas" por causa daquele episódio de 1967, quando o cantor quebrou o violão depois de não aguentar a vaia de boa parte da plateia enquanto ele tocava "Beto Bom de Bola", deu uma dura aos popularescos tão queridos pela intelligentzia , atacando sobretudo o "funk". É o que foi publicado na edição deste mês da revista Caros Amigos, na entrevista intitulada De Bossas, Filmes e Livros, feita pela repórter Lilian Primi, que dirigiu ao cantor as perguntas que aparecem aqui no trecho reproduzido da reporta

NÃO HÁ COMO REPETIR OS ANOS 60

"DEITAÇO" - ARROGÂNCIA EM VEZ DE INOCÊNCIA E IDEALISMO. Não há como repetir os anos 60, com a liberdade desenfreada de sexo, drogas e bebedeira que, até aqueles tempos, representou a inocência e um certo romantismo das pessoas que encararam os excessos, antes que a Família Manson, o Festival de Altamont e as ondas de overdoses e, mais tarde, a AIDS pudessem mostrar o lado trágico dessa inocência masoquista. Poucos dias atrás, grupos de jovens articularam um "deitaço", em solidariedade à embriaguez da atriz Letícia Sabatella, em várias partes do país, protestando contra as críticas pesadas feitas à atriz, por conta de muitas doses de vodca. Nota-se, em manifestações como esta - e o que dizer da solidariedade à Patrícia Marx, que, longe de ser uma figura carismática como Letícia, tem no entanto seus aliados na defesa do consumo de "baseado" - , uma certa arrogância, nada comparável que os excessos que o pessoal cometia nos anos 60. Estou pesquisand

FETRANSRIO 2014

Com tantas postagens que coloquei neste blogue, só pude reservar este dia para fazer essa coleção de fotos que tirei no evento da Fetransrio 2014, realizado no Riocentro, centro de convenções do Rio de Janeiro.