Pular para o conteúdo principal

A INTELECTUALIDADE "BACANA" FOI PRECURSORA DA ESQUERDA 'FASHION'

PROSTITUIÇÃO E ALCOOLISMO - CAUSAS "PROGRESSISTAS", SEGUNDO A INTELECTUALIDADE FESTIVA.

Numa época em que setores das esquerdas apoiam figuras de valor discutível como o midiático juiz carioca Marcelo Bretas, foi adotado o termo esquerda fashion para defini-las.

São pessoas que se dizem de esquerda que atuam de maneira espetacularizada mas também com um estranho flerte ao establishment midiático.

Há um tempo eu, através do Mingau de Aço, alertava sobre uma parcela de intelectuais e outros atores sociais, ditos de esquerda, que adotavam posturas muito estranhas a respeito da cultura popular.

Eu os definia como intelectuais etnocêntricos, paternalistas e atribuía a eles um "bom elitismo", respaldado por uma sofisticada retórica jornalística, acadêmica ou cinematográfica.

Até que veio o nome intelectual "bacana", que passei a definir ao lembrar que esses intelectuais querem passar uma imagem de "caras legais" num contexto em que normalmente os intelectuais verdadeiros são desmoralizados injustamente.

Num cenário de anti-intelectualismo, os intelectuais "bacanas" seriam aqueles que adotariam uma postura mais "simpática" e com um apelo quase populista.

Não são necessariamente intelectuais que dialoguem com o grande público, mas, quando muito, para plateias de universitários ou leitores mais dedicados a seções culturais da grande imprensa ou mesmo da mídia de esquerda.

Mas são intelectuais mais festivos, que tentam convencer os demais intelectuais a aceitarem as causas da elite festiva em prol da "cultura de mercado".

Intelectuais "bacanas" são a antítese dos intelectuais do Primeiro Mundo, que expressam desconfiança aos valores trazidos pelo show business e pela sociedade do espetáculo.

Os "bacanas" brasileiros adotam uma postura apologista e complacente às armadilhas culturais e lúdicas que, no Primeiro Mundo, são questionadas como problemas reais.

Foram eles, por exemplo, que inventaram a falácia do "combate ao preconceito" para forçar a aceitação da degradação da cultura popular.

Era um processo traiçoeiro, que começava já eliminando o contraponto do debate.

Os intelectuais que, potencialmente, poderiam questionar a defesa da bregalização já eram barrados em cursos de pós-graduação nas universidades.

Os diplomas de pós-graduação são uma espécie de passaporte para obter a visibilidade plena no meio acadêmico.

A ideia é forçar o consenso, com uma visão monolítica: a daqueles que apostam que é "ruptura do preconceito" promover uma imagem idiotizada das classes populares.

E aí veio o mito da "pobreza linda", da "periferia legal", do "orgulho de ser pobre" e do "ufanismo das favelas".

Infortúnios e paliativos adotados pelo povo pobre eram tidos como "causas progressistas" e defendidas por unhas e dentes por intelectuais e ativistas proclamados "de esquerda".

A prostituição das jovens pobres, o alcoolismo dos idosos, o subemprego dos camelôs vendendo produtos piratas ou contrabandeados.

De repente, os subúrbios, com seus problemas crônicos, viraram Disneylândias da contemplação um tanto esnobe das elites com suposta consciência social de esquerda.

E aí surgiram efeitos danosos como a coisificação da mulher camuflada de "feminismo popular" e os "safáris urbanos" que tratam os favelados como se fossem animais de zoológicos.

Durante muito tempo esse discurso prevaleceu, entre a crise do governo Fernando Henrique Cardoso e os primeiros meses do governo Michel Temer, passando por toda a fase do período petista.

Esse discurso da "pobreza linda", vindo de intelectuais adestrados pela turma neoliberal da USP (comandada pelo mesmo FHC), foi empurrado para as mídias de esquerda para tentar minar, por dentro, os movimentos sociais, sem que viva alma perceba.

Alguns desses intelectuais passaram até a serem contratados pela mídia alternativa, embora ideologicamente fizessem o serviço sujo da mídia hegemônica na degradação da cultura popular.

Em parte, a intelectualidade "bacana" se tornava "soros-positiva", devido às injeções generosas de dinheiro do bilionário George Soros, o manipulador dos movimentos sociais, capaz de financiar tanto o Movimento Brasil Livre quanto o "funk carioca".

A intelectualidade "bacana" era esquerda fashion por antecipação.

Se autoproclamava "de esquerda" e sonhava em ter textos publicados no Blog do Miro e no Diário do Centro do Mundo, embora defendam paradigmas culturais próprios dos chefões da Globo, Folha e Abril.

Pedro Alexandre Sanches, um dos símbolos da intelectualidade "bacana", talvez o mais "bacana" deles, chegou a ter uma entrevista com Aldir Blanc reproduzida no Blog do Miro e no DCM.

Teve seus quinze minutos de fama na mídia progressista, lembrando o baiano Mário Kertèsz na entrevista com o ex-presidente Lula.

Mas Sanches logo mostrou dois problemas.

Um, é que, se fosse em 2005, ele não iria entrevistar Aldir Blanc falando mal de políticos conservadores.

Sanches estava ocupado em promover os brega-popularescos como falsos bolivarianos musicais.

Outro, é que Aldir Blanc, um esquerdista aparentemente respeitável, colabora no blogue do jornalista de O Globo, Ricardo Noblat.

Noblat, defensor do governo Temer, notabilizou-se quando fez uma pergunta tola ao temeroso presidente, sobre como ele conheceu a primeira-dama Marcela.

Teria sido Ricardo Noblat um intermediário de Sanches para agendar uma entrevista com o famoso letrista de MPB?

O "bom esquerdista" de textos superficiais, Sanches só passou a prestar mais atenção na MPB depois que Dilma Rousseff caiu, uma queda "chorada com lágrimas de crocodilo" pelo farofafeiro.

Há uns cinco anos atrás, Sanches estava mais preocupado em forçar a associação do "funk" com o MST.

Sanches antecipou a esquerda fashion com sua ação espetacularizada que ocorria em paralelo com tantos supostos ativismos e abordagens intelectuais nesse sentido.

Eram ações que evocavam causas progressistas, mas de uma maneira ou de outra defendiam o establishment cultural e midiático.

Essa "esquerda solidária" agia, em muitos momentos, muito mais do que os reacionários, os "coxinhas" e até os "bolsomitos" na desmobilização das classes populares.

Eram inimigos internos, que davam o beijo da morte nas forças progressistas e se aproveitavam até mesmo dos questionamentos sobre a polarização esquerda versus direita.

Isso porque, ao questionarem essa polarização, eles não estão falando nos excessos que esse processo apresenta diante de posturas radicais à esquerda ou à direita.

Eles questionam porque esperam alguma "marquize" ideológica a se abrigarem na tempestade das circunstâncias.

Nesse sentido, Pedro Alexandre Sanches se nivela a um Rodrigo Constantino ou Reinaldo Azevedo.

Todos eles contribuindo nos debates culturais mais para bagunçar as discussões e distorcer a realidade dos problemas do que para dar uma contribuição, ainda que divergente do senso comum progressista.

Desde os primeiros textos do baiano Milton Moura em prol do pagodão machista do É O Tchan às manifestações recentes em prol de Marcelo Bretas, a esquerda fashion só queria provocar pela mera provocação em si.

Espetacularizando as classes populares, imbecilizadas pelo consumismo midiático, e os movimentos LGBT, reduzidos a caricaturas de lésbicas raivosas e drag queens alucinadas, as esquerdas fashion minaram por dentro as forças progressistas.

Tiraram as classes populares do debate público sobre as causas sociais, uma vez que o povo pobre foi desviado para o recreio consumista e midiático da bregalização.

Sem o respaldo delas, os debates públicos se tornaram privativos de uma minoria de jornalistas progressistas e sindicalistas que ficavam falando para uma pequena multidão.

Com isso, os debates ficaram esvaziados e a Era PT simplesmente acabou.

Diante disso, os intelectuais "bacanas" lutaram por um Brasil mais brega para recolocar um plutocrata no poder.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BRASIL TÓXICO

O Brasil vive um momento tóxico, em que uma elite relativamente flexível, a elite do bom atraso - na verdade, a mesma elite do atraso ressignificada para o contexto "democrático" atual - , se acha dona de tudo, seja do mundo, da verdade, do povo pobre, do bom senso, do futuro, da espécie humana e até do dinheiro público para financiar seus trabalhos e liberar suas granas pessoais para a diversão. Controlando as narrativas que têm que ser aceitas como a "verdade indiscutível", pouco importando os fatos e a realidade, essa elite brasileira que se acha "a espécie humana por excelência", a "classe social mais legal do planeta", se diz "defensora da liberdade e do humanismo" mas age como se fosse radicalmente contra isso. Embora essa elite, hoje, se acha "tão democrática" que pretende reeleger Lula, de preferência, por dez vezes seguidas, pouco importando as restrições previstas pela Constituição Federal, sob o pretexto de que some

A GAFE MUNDIAL DE GUILHERME FIÚZA

Há praticamente dez anos morreu Bussunda, um dos mais talentosos humoristas do país. Mas seu biógrafo, Guilherme Fiúza, passou a atrair as gargalhadas que antes eram dadas ao falecido membro do Casseta & Planeta. Fiúza é membro-fundador do Instituto Millenium, junto com Pedro Bial, Rodrigo Constantino, Gustavo Franco e companhia. Gustavo Franco, com sua pinta de falso nerd (a turma do "cervejão-ão-ão" iria adorar), é uma espécie de "padrinho" de Guilherme Fiúza. O valente Fiúza foi namorado da socialite Narcisa Tamborindeguy, que foi mulher de um empresário do grupo Gerdau, Caco Gerdau Johannpeter. Não por acaso, o grupo Gerdau patrocina o Instituto Millenium. Guilherme Fiúza escreveu um texto na sua coluna da revista Época em que lançou uma tese debiloide. A de que o New York Times é um jornal patrocinado pelo PT. Nossa, que imaginação possuem os reaças da nossa mídia, que põem seus cérebros a serviço de seus umbigos! Imagine, um jornal bas

POR QUE A GERAÇÃO NASCIDA NOS ANOS 1950 NO BRASIL É CONSIDERADA "PERDIDA"?

CRIANÇA NASCIDA NOS ANOS 1950 SE INTROMETENDO NA CONVERSA DOS PAIS. Lendo as notícias acerca do casal Bianca Rinaldi e Eduardo Menga, este com 70 anos, ou seja, nascido em 1954, e observando também os setentões com quem telefono no meu trabalho de telemarketing , meu atual emprego, fico refletindo sobre quem nasceu nos anos 1950 no Brasil. Da parte dos bem de vida, o empresário Eduardo Menga havia sido, há 20 anos, um daqueles "coroas" que apareciam na revista Caras junto a esposas lindas e mais jovens, a exemplo de outros como Almir Ghiaroni, Malcolm Montgomery, Walter Mundell e Roberto Justus. Eles eram os antigos "mauricinhos" dos anos 1970 que simbolizavam a "nata" dos que nasceram nos anos 1950 e que, nos tempos do "milagre brasileiro", eram instruídos a apenas correr atrás do "bom dinheiro", como a própria ditadura militar recomendava aos jovens da época: usar os estudos superiores apenas como meio de buscar um status profissional

ADORAÇÃO AO FUTEBOL É UM FENÔMENO CUJO MENOS BENEFICIADO É O TORCEDOR

Sabe-se que soa divertido, em muitos ambientes de trabalho, conversar sobre futebol, interagir até com o patrão, combinando um encontro em algum restaurante de rua ou algum bar bastante badalado para assistir a um dito "clássico" do futebol brasileiro durante a tarde de domingo. Sabe-se que isso agrega socialmente, distrai a população e o futebol se torna um assunto para se falar para quem vive de falta de assunto. Mas vamos combinar que o futebol, apesar desse clima de alegria, é um dos símbolos de paixões tóxicas que contaminam o Brasil, e cujo fanatismo supera até mesmo o fanatismo que já existe e se torna violento em países como Argentina, Inglaterra, França e Itália. Mesmo o Uruguai, que não costuma ter essa fama, contou com a "contribuição" violenta dos torcedores do Peñarol, que no Rio de Janeiro causaram confusão, vandalismo e saques, assustando os moradores. A toxicidade do futebol é tamanha que o esporte é uma verdadeira usina de super-ricos, com dirigente

"BALADA": UMA GÍRIA CAFONA QUE NÃO ACEITA SUA TRANSITORIEDADE

A gíria "balada" é, de longe, a pior de todas que foram criadas na língua portuguesa e que tem a aberrante condição de ter seu próprio esquema de marketing . É a gíria da Faria Lima, da Jovem Pan, de Luciano Huck, mas se impõe como a gíria do Terceiro Reich. É uma gíria arrogante, que não aceita o caráter transitório e grupal das gírias. Uma gíria voltada à dance music , a jovens riquinhos da Zona Sul paulistana e confinada nos anos 1990. Uma gíria cafona, portanto, que já deveria ter caído em desuso há mais de 20 anos e que é falada quase que cuspindo na cara de outrem. Para piorar, é uma gíria ligada ao consumo de drogas, pois "balada" se refere a um rodízio de ecstasy, a droga alucinógena da virada dos anos 1980 para os 1990. Ecstasy é uma pílula, ou seja, é a tal "bala" na linguagem coloquial da "gente bonita" de Pinheiros e Jardins que frequentava as festas noturnas da Zona Sul de São Paulo.  A gíria "balada", originalmente, era o

A LUTA CONTRA A ESCALA 6X1

Devemos admitir que uma parcela das esquerdas identitárias, pelo menos da parte da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), se preocupa com as pautas trabalhistas, num contexto em que grande parte das chamadas "esquerdas médias" (nome que eu defino como esquerdismo mainstream ) passam pano no legado da "Ponte para o Futuro" de Michel Temer, restringindo a oposição ao golpe de 2016 a um derivado, o circo do "fascismo-pastelão" de Jair Bolsonaro. Os protestos contra a escala 6x1, que determina uma jornada de trabalho de seis dias por semana e um de descanso, ocorreram em várias capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, e tiveram uma repercussão dividida, mesmo dentro das esquerdas e da direita moderada. Os protestos foram realizados pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT). A escala 6x1, junto ao salário 100% comissionado de profissões como corretor de imóveis - que transformam a remuneração em algo tão

SUPERESTIMADO, MICHAEL JACKSON É ALVO DE 'FAKE NEWS' NO BRASIL

  O falecido cantor Michael Jackson é um ídolo superestimado no Brasil, quando sabemos que, no seu país de origem, o chamado "Rei do Pop" passou as últimas duas décadas de vida como subcelebridade, só sendo considerado "gênio" pelo viralatismo cultural vigente no nosso país. A supervalorização de Michael no Brasil - comparado, no plano humorístico, ao que se vê no seriado mexicano  Chaves  - chega aos níveis constrangedores de exaltar um repertório que, na verdade, é cheio de altos e baixos e nem de longe representou algo revolucionário ou transformador na música contemporânea. Na verdade, Michael foi um complexado que, por seus traumas familiares, teve vergonha de ser negro, injetando remédios que fragilizaram sua pele e seu organismo, daí ter abreviado sua vida em 2009. E forçou muito a barra em querer ser roqueiro, com resultados igualmente supervalorizados, mas que, observando com muita atenção, soam bastante medíocres, burocráticos e sem conhecimento de causa.

DERROTA DAS ESQUERDAS É O GRITO DOS EXCLUÍDOS ABANDONADOS POR LULA

POPULAÇÃO DE RUA MOSTRA O LADO OBSCURO DO BRASIL QUE NÃO APARECE NA FESTA IDENTITÁRIA DO LULISMO. A derrota das esquerdas nas recentes eleições para prefeitos em todo o Brasil está sendo abastada pelas esquerdas médias, que agora tentam investir nos mesmos apelos de sempre, os "relatórios" que mostram supostos "recordes históricos" do governo Lula e, também, supostas pesquisas de opinião alegando 60% de aprovação do atual presidente da República. Por sorte, a burguesia de chinelos que apoia Lula tenta convencer, através de sua canastrice ideológica expressa nas redes sociais, de que, só porque tem dinheiro e conseguem lacrar na Internet, está sempre com a razão, e tudo que não corresponder à sua atrofiada visão de mundo não tem sentido. A realidade não importa, os fatos não têm valor, e a visão realista do cotidiano nas ruas vale muito menos do que as narrativas distorcidas compartilhadas nas redes sociais. Por isso, não faz sentido Lula ter 60% de aprovação conform

SAI O FALSO PROFETA, ENTRA O FALSO DRAMATURGO

Enquanto muitos se preocupam com pastores com camisas de colarinho e gravatas pedindo, aos berros, para que os fiéis ofereçam até seus eletrodomésticos para as igrejas neopentecostais, o perigo maior simplesmente não é sentido por conta do gosto de mel e do aparato de falsa humildade e suposta simplicidade. Nosso Brasil está atrasado, apesar de uma elite de abastados, tomada de profundo complexo de superioridade em níveis psicologicamente preocupantes, jurar de pés juntos que o país irá se tornar uma nação desenvolvida no final de 2026. Nem em sonhos e muito menos em nenhum esforço de transformar os mais dourados sonhos lulistas em realidade. Uma prova do atraso brasileiro é que há uma dificuldade em níveis preocupantes de compreender que o pior do obscurantismo religioso não se limita a extorsões da fé manipuladora nos meios de comunicação. E vamos combinar que, embora sejam verídicas das denúncias, o obscurantismo neopentecostal anda sendo superestimado como se nele encerrassem as ma

SOCIEDADE COMEÇA A SE PREOCUPAR COM A "SERVIDÃO DIGITAL" DOS ALUNOS

No último fim de semana, a professora e filósofa Marilena Chauí comparou o telefone celular a um objeto de servidão, fazendo um contundente comentário a respeito do vício das pessoas verem as redes sociais. Ela comparou a hiperconectividade a um mecanismo de controle, dentro de um processo perigoso de formação da subjetividade na era digital, marcada pela necessidade de "ser visto" pelos outros internautas, o que constantemente leva a frustrações que geram narcisismos, depressão e suicídios. A dependência do reconhecimento externo faz com que as redes sociais encontrem no Brasil um ambiente propício dessa servidão digital, que já ocorria desde os tempos do Orkut, em 2005, onde havia até mesmo os "tribunais de Internet", processos de humilhação de quem discorda do que "está na moda". Noto essa obsessão das pessoas em brincarem de serem famosas. Há uma paranoia de publicar coisas no Instagram. Eu tenho um perfil "clandestino" no Instagram, no qual