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APARECI NA GLOBO NEWS. E AGORA?

GABRIELA FERREIRA, DA GLOBO NEWS - SIMPÁTICA, BONITA E MUITO COMPETENTE.

Ontem de manhã eu fui entrevistado pela equipe da Globo News sobre o tema do armamento da Guarda Municipal de Niterói.

Eu fazia minha habitual caminhada em direção ao MAC e a repórter Gabriela Ferreira me parou para me entrevistar.

Fui gentil e respondi com naturalidade.

Por incrível que pareça, não quis dar uma opinião fechada, mas estimular o debate.

Disse que, "a princípio", a proposta de armamento da Guarda Municipal é "boa", mas seria necessário um treinamento "muito rigoroso" para que os policiais não corressem o risco de serem uma "ameaça ao cidadão".

Pessoalmente, sou contra. Mas quis contribuir pondo mais uma questão para debate.

Eu me vi na TV. Fui bem. Meus pais também me viram e gostaram. Meu irmão, ocupado na ocasião, não viu.

Tentei procurar na página do G1 e da Globo News o vídeo comigo (não tive meu nome creditado). Até o momento não consegui achar.

Fica complicado alguém de esquerda e que faz críticas às Organizações Globo aparecer na tela de um veículo da Globo.

Como explicar isso? Talvez seja questão de contexto.

Evidentemente, a Globo News anda muito ideologizada, mas ela ainda tem bons profissionais.

Acho competentes os âncoras Raquel Novaes, Leila Sterenberg, Luciano Cabral, Aline Midlej (ex-Band), entre outros que me escaparam da memória.

Mesmo ideologizados, Miriam Leitão e Leilane Neubarth têm histórico de jornalismo competente.

Os repórteres costumam também ser competentes, e pelo pouco que vi, Gabriela Ferreira é um bom exemplo.

Ela foi bem simpática comigo, assim como seu cinegrafista.

Gabriela, muito bonita e graciosa, lembra muito as colegas que eu tive quando estudava, há cerca de 25 anos, na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia.

É um pessoal mais novo na profissão, e que procura dar o melhor de si, mesmo dentro do contexto de um jornalismo mercadológico e ideológico.

São essas pessoas competentes que seguram o jornalismo da Globo News e evitam que ele se reduzisse a um grêmio de comentaristas ranzinzas.

Nem tudo que há na mídia hegemônica é um lixo. Mas fica complicado observar artimanhas ideológicas aqui e ali.

Vejo o quanto figuras progressistas como os atores José de Abreu, Dira Paes, Lázaro Ramos e Wagner Moura têm que ter jogo de cintura para trabalhar numa emissora como a Rede Globo.

Ou então Caco Barcellos, com sua equipe do Profissão Repórter.

Não se fala aqui de focos de esquerdismo, mas de desempenhos profissionais dentro de um contexto de humanismo e um mínimo de objetividade possível.

Felizmente, no caso de Gabriela Ferreira, prevaleceu o jornalismo sem ideologismos, lidando com um assunto polêmico, sim, mas sem tomadas de partido.

Foi uma relação momentânea de uma repórter entrevistando um cidadão comum a respeito de uma medida controversa proposta pela prefeitura de uma cidade.

Foi bem legal e Gabriela estava cumprindo naturalmente um papel digno de jornalista.

Torço para que ela siga em frente e que a experiência a faça crescer como jornalista, e desejo o mesmo aos colegas que estavam com ela.

Agradeço esta oportunidade e, creio, devo ter ganho umas percentagens microscópicas de visibilidade.

Desejo boa sorte a Gabriela e sua equipe e muito sucesso a eles.

Quanto à Globo, continuarei fazendo as críticas que faço, mas, quando houver alguma virtude, darei a devida consideração positiva.

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