O FALECIDO TERRORISTA ELLIOT RODGER JÁ CAUSA ESTRANHEZA POR SER UM SUJEITO DE APARÊNCIA "ATRAENTE" QUE SE AUTOPROCLAMAVA "SOLTEIRO INVOLUNTÁRIO".
Uma grande, perigosa e terrível farsa está rolando nas redes sociais e nos debates que ocorrem em diversos canais e plataformas da Internet.
É a farsa dos InCels, supostamente definidos como "celibatários involuntários".
É uma farsa montada por homens de boa aparência, que supostamente "nunca beijaram mulheres" e que "se queixam da solidão".
Eles se comportam como "solteiros por opção", mas atribuem esta situação a culpa de "mulheres e homens atraentes e sexualmente ativos".
O estereótipo do "solteiro involuntário" (na verdade, voluntário e movido pelo ódio) envolve paradigmas de excluídos sociais.
Atribui-se esse estereótipo ao sujeito que, mesmo adulto, ainda mora com os pais, tem dificuldade para conseguir um emprego e passa o tempo todo no computador, usando a Internet.
Grande preconceito. É como chamar judeus de ladrões, índios de vagabundos e negros de tudo de ruim que existir na espécie humana, ou mesmo a animal.
O preconceito foi puxado pelo jovem estadunidense de 22 anos, Elliot Rodger, estranhamente um sujeito com pinta de galã dos anos 1970.
Elliot cometeu um atentado na Califórnia, em 2014, matando seis pessoas. Ele se suicidou em seguida.
Ele sofria de misoginia, escreveu textos de ódio às mulheres, pelo suposto motivo de ser desprezado por elas.
Mas o termo "InCel" só foi oficialmente conhecido por outro terrorista, em abril de 2018, quando o canadense Alek Minassian foi preso após jogar a van em que dirigia contra uma multidão de pessoas, matando pelo menos dez pessoas e ferindo 16.
No seu depoimento, Minassian usou o termo "InCel", abreviatura de involuntary celibate.
Só que o celibato desses sujeitos era VOLUNTÁRIO, e não involuntário.
Daí o sentido da farsa. Dois valentões associados à solidão forçada e se passando por excluídos sociais.
Foi assim também com vários atentados terroristas puxados pelo trágico exemplo do Atentado de Columbine, no Colorado (EUA), em 1999.
Naquela época, os dois terroristas, que se mataram, Eric Harris e Dylan Klebold, se autoproclamavam vítimas de valentonismo (bullying), na escola onde estudavam, na cidade.
Revoltados, eles invadiram essa escola e promoveram um massacre, matando 13 pessoas e ferindo 24.
Isso impulsionou o preconceito que pessoas solitárias sofrem, e, não bastasse as humilhações que recebem, elas são ainda tidas como "perigosas", o que aumenta o preconceito contra elas.
É como o racismo, o anti-semitismo e o anti-islamismo.
Durante muito tempo, negros eram considerados também "perigosos". Bastava um negro usar uma roupa simples e andar na rua para ele ser visto como um "bandido" em potencial.
Isso continua até hoje, embora de forma dissimulada, mas é o que motiva milícias e policiais corruptos exterminarem negros pobres, que são gente trabalhadora, bons familiares, excelentes amigos e gente honesta.
Agora essa discriminação atinge quem tem dificuldade de arrumar uma vida amorosa decente e ainda é humilhado por não aceitar mulheres com as quais ele não se afina.
É preconceito atrás de preconceito, manifesto por pessoas que juram de joelhos que "não têm preconceitos", mas está na primeira fila dos piores e mais deploráveis discriminadores sociais.
Fala-se muito que os "celibatários involuntários" são perigosos, mas todos ficam em silêncio diante da constatação de que a quase totalidade dos feminicidas segue o protótipo do "piadista da boate".
Sim, é só perceber como as relações entre seus feminicidas e suas mulheres-vítimas começam e todos vão cair de suas cadeiras.
Esses feminicidas, em verdade, começam sendo pessoas descontraídas, comunicativas e dotadas de um aparente senso de humor.
Há uma falta de lógica da atribuição de "celibatário involuntário" para os homens que cometem atos violentos e, em certos casos, praticam feminicídio.
Quem pratica o feminicídio é o "pegador" compulsivo que não tolera sofrer hiatos de vida amorosa, e se acha o único do casal a decidir se termina ou não uma relação.
Não pode ser o cara que se acha "incapaz" de ter uma vida amorosa, mas, de repente, conquista uma namorada e passa a violentá-la até a morte.
Isso é um absurdo, porque, da noite para o dia, um "encalhado" não pode virar "pegador" e depois realizar sua vingança.
Insensível e brutal, ele não pode fingir uma afabilidade que fosse suficiente para conquistar garotas. Sua raiva o deixou bruto demais para ser convincente com tamanhos fingimentos.
O sujeito que comete feminicídio é um valentão machista, um sujeito que se acha "forte", embora fosse também o que mais comete masculinidade tóxica, tornando-o vulnerável a doenças graves e acidentes de trânsito fatais.
A farsa dos InCels se explica porque eles na verdade deveriam ser conhecidos como VoCels, voluntary celibates, porque são "solitários por opção", embora movidos pelo rancor.
Essa farsa, no entanto, pode atingir os homens que não deveriam ser demonizados nem criminalizados, e, infelizmente, são.
E como as esquerdas caem nessa falácia toda, isso pode representar uma grave mancha no imaginário das forças progressistas no Brasil.
Afinal, as esquerdas acabam consentindo com visões que, nas redes sociais, são defendidas por bolsomínions e outros neo-fascistas em ascensão.
Devemos tomar muito cuidado. O termo "InCel" pode representar o mais novo e mais perigoso processo de discriminação social em toda a humanidade.
Uma grande, perigosa e terrível farsa está rolando nas redes sociais e nos debates que ocorrem em diversos canais e plataformas da Internet.
É a farsa dos InCels, supostamente definidos como "celibatários involuntários".
É uma farsa montada por homens de boa aparência, que supostamente "nunca beijaram mulheres" e que "se queixam da solidão".
Eles se comportam como "solteiros por opção", mas atribuem esta situação a culpa de "mulheres e homens atraentes e sexualmente ativos".
O estereótipo do "solteiro involuntário" (na verdade, voluntário e movido pelo ódio) envolve paradigmas de excluídos sociais.
Atribui-se esse estereótipo ao sujeito que, mesmo adulto, ainda mora com os pais, tem dificuldade para conseguir um emprego e passa o tempo todo no computador, usando a Internet.
Grande preconceito. É como chamar judeus de ladrões, índios de vagabundos e negros de tudo de ruim que existir na espécie humana, ou mesmo a animal.
O preconceito foi puxado pelo jovem estadunidense de 22 anos, Elliot Rodger, estranhamente um sujeito com pinta de galã dos anos 1970.
Elliot cometeu um atentado na Califórnia, em 2014, matando seis pessoas. Ele se suicidou em seguida.
Ele sofria de misoginia, escreveu textos de ódio às mulheres, pelo suposto motivo de ser desprezado por elas.
Mas o termo "InCel" só foi oficialmente conhecido por outro terrorista, em abril de 2018, quando o canadense Alek Minassian foi preso após jogar a van em que dirigia contra uma multidão de pessoas, matando pelo menos dez pessoas e ferindo 16.
No seu depoimento, Minassian usou o termo "InCel", abreviatura de involuntary celibate.
Só que o celibato desses sujeitos era VOLUNTÁRIO, e não involuntário.
Daí o sentido da farsa. Dois valentões associados à solidão forçada e se passando por excluídos sociais.
Foi assim também com vários atentados terroristas puxados pelo trágico exemplo do Atentado de Columbine, no Colorado (EUA), em 1999.
Naquela época, os dois terroristas, que se mataram, Eric Harris e Dylan Klebold, se autoproclamavam vítimas de valentonismo (bullying), na escola onde estudavam, na cidade.
Revoltados, eles invadiram essa escola e promoveram um massacre, matando 13 pessoas e ferindo 24.
Isso impulsionou o preconceito que pessoas solitárias sofrem, e, não bastasse as humilhações que recebem, elas são ainda tidas como "perigosas", o que aumenta o preconceito contra elas.
É como o racismo, o anti-semitismo e o anti-islamismo.
Durante muito tempo, negros eram considerados também "perigosos". Bastava um negro usar uma roupa simples e andar na rua para ele ser visto como um "bandido" em potencial.
Isso continua até hoje, embora de forma dissimulada, mas é o que motiva milícias e policiais corruptos exterminarem negros pobres, que são gente trabalhadora, bons familiares, excelentes amigos e gente honesta.
Agora essa discriminação atinge quem tem dificuldade de arrumar uma vida amorosa decente e ainda é humilhado por não aceitar mulheres com as quais ele não se afina.
É preconceito atrás de preconceito, manifesto por pessoas que juram de joelhos que "não têm preconceitos", mas está na primeira fila dos piores e mais deploráveis discriminadores sociais.
Fala-se muito que os "celibatários involuntários" são perigosos, mas todos ficam em silêncio diante da constatação de que a quase totalidade dos feminicidas segue o protótipo do "piadista da boate".
Sim, é só perceber como as relações entre seus feminicidas e suas mulheres-vítimas começam e todos vão cair de suas cadeiras.
Esses feminicidas, em verdade, começam sendo pessoas descontraídas, comunicativas e dotadas de um aparente senso de humor.
Há uma falta de lógica da atribuição de "celibatário involuntário" para os homens que cometem atos violentos e, em certos casos, praticam feminicídio.
Quem pratica o feminicídio é o "pegador" compulsivo que não tolera sofrer hiatos de vida amorosa, e se acha o único do casal a decidir se termina ou não uma relação.
Não pode ser o cara que se acha "incapaz" de ter uma vida amorosa, mas, de repente, conquista uma namorada e passa a violentá-la até a morte.
Isso é um absurdo, porque, da noite para o dia, um "encalhado" não pode virar "pegador" e depois realizar sua vingança.
Insensível e brutal, ele não pode fingir uma afabilidade que fosse suficiente para conquistar garotas. Sua raiva o deixou bruto demais para ser convincente com tamanhos fingimentos.
O sujeito que comete feminicídio é um valentão machista, um sujeito que se acha "forte", embora fosse também o que mais comete masculinidade tóxica, tornando-o vulnerável a doenças graves e acidentes de trânsito fatais.
A farsa dos InCels se explica porque eles na verdade deveriam ser conhecidos como VoCels, voluntary celibates, porque são "solitários por opção", embora movidos pelo rancor.
Essa farsa, no entanto, pode atingir os homens que não deveriam ser demonizados nem criminalizados, e, infelizmente, são.
E como as esquerdas caem nessa falácia toda, isso pode representar uma grave mancha no imaginário das forças progressistas no Brasil.
Afinal, as esquerdas acabam consentindo com visões que, nas redes sociais, são defendidas por bolsomínions e outros neo-fascistas em ascensão.
Devemos tomar muito cuidado. O termo "InCel" pode representar o mais novo e mais perigoso processo de discriminação social em toda a humanidade.
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