CENA DA POLARIZAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA FILMADA POR PETRA COSTA PARA O DOCUMENTÁRIO DEMOCRACIA EM VERTIGEM.
A notícia de que o filme Democracia em Vertigem, de Petra Costa, concorrerá ao Oscar de Melhor Documentário causou um burburinho neste Brasil em transe.
Tinham que ser, mais uma vez, os olhos do mundo para alertar sobre o golpismo político de 2016, quando vários famosos nos alertaram para tudo, desde repudiar o impeachment de Dilma Rousseff até desaconselhar o voto em Jair Bolsonaro.
O Brasil ficou, em maioria, surdo a esses conselhos. Nem se Jesus aparecesse pedindo para não votar em Bolsonaro ele seria ouvido.
O umbiguismo que contagia tanto os golpistas agora mais "moderados" - como o MBL e os bolsonaristas arrependidos - e os radicais - aqueles que continuam fiéis a Bolsonaro - reagiu com indignação à indicação do Oscar.
Alguns apressadinhos chegaram a dizer que Hollywood virou "petista" e que o documentário de Petra "só traz mentiras".
Jornalistas como Guilherme Fiúza, Rodrigo Constantino e Alexandre Garcia apontaram "erros" no documentário, se achando "com razão" no seu direitismo ilustrado.
A revista Isto É, que desde 2016 adota uma postura explosivamente anti-petista, foi "discreta" na menção ao documentário.
O Movimento Brasil Livre (ou seja, Movimento Me Livre do Brasil) também se ressentiu com a indicação do documentário para o Oscar e mostrou seu vitimismo, em mensagem publicada no Twitter:
"O MBL fez seu próprio filme sobre o impeachment de Dilma, prestigiando você que foi às ruas para construir um Brasil melhor, e não quem estava roubando a nação nos Palácios em Brasília. Assista agora 'Não Vai ter Golpe' no iTunes, Youtube, Google Play, NET Now e Looke".
A mensagem gerou chacotas na Internet por conta do texto bravateiro do grupo que comandou as passeatas golpistas dos "coxinhas".
O PSDB reagiu com ironia ao documentário, em clara intenção de ofender Petra Costa:
"Parabéns à diretora Petra Costa pela indicação de melhor ficção e fantasia por Democracia em Vertigem".
O presidente Jair Bolsonaro, sem ter visto o filme, o definiu como "porcaria" e também o classificou como "ficção".
A classificação de "ficção" também foi corroborada pelo secretário de Cultura, Roberto Alvim, que disse, também com ironia: "Se fosse na categoria ficção, estaria correta a indicação".
É importante que esse documentário tenha sido indicado ao Oscar, que não é lá uma organização progressista e está ligada ao comercialismo de Hollywood.
Se, com essa natureza inflexível, os burocratas aceitaram incluir o documentário sobre o golpe político de 2016, isso já é algo digno de consideração.
Não se sabe se o documentário vai levar o prêmio, talvez até nem ganhe. Mas acredita-se que, ao menos, isso lhe trará uma grande visibilidade fora do Brasil.
Pelo menos essa novidade mexe um pouco com esse país acomodado, com a direita se mantendo no poder e as esquerdas sem achar meios para combatê-la.
É mais uma chance para o Brasil parar para pensar e ver a enrascada com que muitos brasileiros se meteram ao reivindicar o golpe de 2016.
A notícia de que o filme Democracia em Vertigem, de Petra Costa, concorrerá ao Oscar de Melhor Documentário causou um burburinho neste Brasil em transe.
Tinham que ser, mais uma vez, os olhos do mundo para alertar sobre o golpismo político de 2016, quando vários famosos nos alertaram para tudo, desde repudiar o impeachment de Dilma Rousseff até desaconselhar o voto em Jair Bolsonaro.
O Brasil ficou, em maioria, surdo a esses conselhos. Nem se Jesus aparecesse pedindo para não votar em Bolsonaro ele seria ouvido.
O umbiguismo que contagia tanto os golpistas agora mais "moderados" - como o MBL e os bolsonaristas arrependidos - e os radicais - aqueles que continuam fiéis a Bolsonaro - reagiu com indignação à indicação do Oscar.
Alguns apressadinhos chegaram a dizer que Hollywood virou "petista" e que o documentário de Petra "só traz mentiras".
Jornalistas como Guilherme Fiúza, Rodrigo Constantino e Alexandre Garcia apontaram "erros" no documentário, se achando "com razão" no seu direitismo ilustrado.
A revista Isto É, que desde 2016 adota uma postura explosivamente anti-petista, foi "discreta" na menção ao documentário.
O Movimento Brasil Livre (ou seja, Movimento Me Livre do Brasil) também se ressentiu com a indicação do documentário para o Oscar e mostrou seu vitimismo, em mensagem publicada no Twitter:
"O MBL fez seu próprio filme sobre o impeachment de Dilma, prestigiando você que foi às ruas para construir um Brasil melhor, e não quem estava roubando a nação nos Palácios em Brasília. Assista agora 'Não Vai ter Golpe' no iTunes, Youtube, Google Play, NET Now e Looke".
A mensagem gerou chacotas na Internet por conta do texto bravateiro do grupo que comandou as passeatas golpistas dos "coxinhas".
O PSDB reagiu com ironia ao documentário, em clara intenção de ofender Petra Costa:
"Parabéns à diretora Petra Costa pela indicação de melhor ficção e fantasia por Democracia em Vertigem".
O presidente Jair Bolsonaro, sem ter visto o filme, o definiu como "porcaria" e também o classificou como "ficção".
A classificação de "ficção" também foi corroborada pelo secretário de Cultura, Roberto Alvim, que disse, também com ironia: "Se fosse na categoria ficção, estaria correta a indicação".
É importante que esse documentário tenha sido indicado ao Oscar, que não é lá uma organização progressista e está ligada ao comercialismo de Hollywood.
Se, com essa natureza inflexível, os burocratas aceitaram incluir o documentário sobre o golpe político de 2016, isso já é algo digno de consideração.
Não se sabe se o documentário vai levar o prêmio, talvez até nem ganhe. Mas acredita-se que, ao menos, isso lhe trará uma grande visibilidade fora do Brasil.
Pelo menos essa novidade mexe um pouco com esse país acomodado, com a direita se mantendo no poder e as esquerdas sem achar meios para combatê-la.
É mais uma chance para o Brasil parar para pensar e ver a enrascada com que muitos brasileiros se meteram ao reivindicar o golpe de 2016.
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