Diz um sucesso na voz de Elis Regina, "Querelas do Brasil": "O Brasil não conhece o Brasil, o Brasil nunca foi ao Brasil".
Adaptemos a frase para Niterói: "Niterói não conhece Niterói, Niterói nunca foi a Niterói".
Os niteroienses parecem turistas de sua própria cidade.
Vejo gente parada, desatenta, eu querendo passar e esbarro em uma dessas pessoas e elas então pedem desculpas.
Pois é assustador o SILÊNCIO ABSOLUTO quanto ao caso da "avenida de bairro" da RJ-106.
Um silêncio criminoso e vulgar, sem que a solução proposta, uma nova avenida ligando os bairros de Rio do Ouro e Várzea das Moças, seja apenas um projeto de plantas de engenharia urbana.
Nenhuma página niteroiense da imprensa escrita, nenhuma das redes sociais, ninguém fala no assunto.
O trânsito complica e a RJ-106, no trecho entre Rio do Ouro e Várzea das Moças, está se complicando. A catástrofe chega aos poucos, mas ninguém percebe.
É como se, na Pompeia a ser destruída pelo Vesúvio, as pessoas só percebessem a catástrofe natural se uma pedra de lava cair em sua frente.
Anteontem, perto das 22 horas, houve informação de que o trânsito estava horrível entre a "avenida de bairro" e o trecho Maricá da RJ-106.
Cadê o "correspondente da Rua Coronel Moreira César"?
Ele não se incomoda sequer com o monstrengo da pseudo-praça que foi instalado na frente do Central Prime, na referida rua, uma aberração que vai contra a mobilidade urbana!
Cadê os jornalistas da Internet? Eles vão ficar escrevendo só para os amigos?
A BR-101 está com sérios problemas, incluindo acidentes, violência etc, e o trânsito aos poucos está sendo puxado para a RJ-106.
Serão mais engarrafamentos na "avenida de bairro", até porque continuam desfilando os veículos que atuam no vai-e-vem de Rio do Ouro e Várzea das Moças.
Mas, se houver engarrafamentos monstruosos na RJ-106, pelo jeito deve haver uma compensação.
O trânsito voltará a fluir antes dos niteroienses despertarem.
Assim como a Cafubá-Charitas levou 75 anos para se realizar, a avenida Rio do Ouro-Várzea das Moças tende a se realizar pela iniciativa dos netos ou bisnetos dos niteroienses de hoje.
Lamentável.
Comentários
Postar um comentário