VICE DE LULA, GERALDO ALCKMIN É UM AMANTE DA INICIATIVA PRIVADA.
O governo Lula não vai reestatizar empresas. Quem imaginaria que o atual mandato de Lula será "mais à esquerda", e que, mesmo com as concessões serem aceitas sob o pretexto eufemístico da "democracia", vai se decepcionar bastante, a não ser que seja um lulista fanático a aceitar sempre os desígnios do atual presidente da República.
Em entrevista realizada para Miriam Leitão na rede Globonews, o vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a expressar seu espírito neoliberal e amante do capital privado, que seu DNA tucano manteve mesmo quando, já membro do PSB, está fazendo estágio de esquerdismo colado no desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por ironia um dos membros da chamada "direita do PT", a corrente Articulação que comanda os bastidores do partidarismo petista.
Geraldo Alckmin afirmou que não haverá reestatização no atual governo Lula, o que confirma o diagnóstico que este blogue fez meses atrás. O que foi privatizado não será revertido, apenas não haverá, em tese, grandes privatizações, embora, na surdina, Lula tenha consentido com as vendas de estradas no Paraná.
Alckmin chegou a manifestar-se contrário a recompra do Estado daquilo que foi privatizado. "Não gosto (da ideia), porque você cria uma insegurança jurídica, uma das questões centrais para você atrair investimento é ter segurança jurídica", disse o vice-presidente.
O vice de Lula também afirmou que o Governo Federal não vai socorrer as empresas aéreas em crise, havendo apenas um Fundo Nacional de Aviação Civil que é composto de recursos privados. Apesar das declarações, o governo Lula negocia a recompra, pela Petrobras, da refinaria de Mataripe, na Bahia, e estuda os meios de readquirir a Eletrobras e a BR Distribuidora, que, apesar de ter sido vendida para a empresa privada Vibra Energia, ostenta a marca da Petrobras e seus produtos e subsidiárias relativos.
O governo Lula, atuando no marketing por meio de inúmeros artifícios como relatórios, estatísticas, cerimônias, canetadas e discursos, tenta justificar seu esquerdismo aparente pelas opiniões do presidente da República. Lula, que eventualmente se apropria do legado de Leonel Brizola, como se o petista fosse o herdeiro e dono do espólio do político gaúcho, até ensaia cogitar a reestatização, mas tudo só fica realmente no âmbito da opinião, pois Lula não tem a natural ousadia que Brizola teve em sua vida.
Lula também sinaliza complacência com os retrocessos so governo Michel Temer, do qual até faz críticas, mas não se empenhou em realizar uma grande ruptura. Tanto que boa parte dos aliados de Temer estão com o atual presidente. O próprio Geraldo Alckmin é exemplo claro disso.
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