A queda de popularidade do presidente Lula é um reflexo do seu simulacro governamental, que fingiu trazer resultados quando nada de concreto era sentido pelo povo brasileiro.
Na entrevista ao SBT News, há poucos dias, Lula disse que seu governo "está aquém do que prometemos (Lula e equipe)". Só que Lula esboçou uma aparente autocrítica pela metade, pois, quando assumiu o atual mandato, preferiu viajar ao exterior. Se tovesse evitado tamanha aventura, as "colheitas" teriam sido bem melhores para nosso país em reconstrução.
A vida não gira em números, estatísticas, encenações, discursos, opiniões, nem em outros recursos comunicativos quegiram em torno do marketing pessoal do presidente. Realidade dita não é realidade vivida, e as belas narrativas do governo Lula não encontram concordância segura com a vida cotidiana.
Porexemplo, no caso da população em situação de rua, nem parece que o governo mudou. Esse povo quase não vê televisão, mas quer saber se há alguma esperança para ele. E tudo fica namesma, como se, para essa população, pouco importando se é em Santa Cecília, em São Paulo, na Candelária, no Rio de Janeiro, na Av. Amaral Peixoto em Niterói ou na Rua Carlos Gomes em Salvador, e por aí vai, o Brasil parece como se Jair Bolsonaro ainda presidisse o Brasil.
Lula não pode agir em função de seu mito e ele achou que fosse fácil esticar o leque de seu grupo de apoio, seja para fora do seu espectro ideológico, seja para fora do território brasileiro, como se isso fosse fazer crescer o respaldo ao presidente do Brasil.
Em vez disso, o apoio caiu. E as viagens supérfluas foram criticadas pelos antipetistas como atos de desperdício de dinheiro público. Nunca na História do nosso país um presidente ofereceu, de graça, tanta munição para seus opositores.
Lula é vítima de sua impulsividade. Ele não gosta de fazer autocrítica nem de ouvir conselhos. O que lhe dá vontade de fazer ninguém consegue tirar de sua cabeça. Lula primeiro erra para depois ver os estragos que causou.
O mal de Lula é que ele deseja fazer tudo de uma vez e promover a reconstrução do país com clima de festa. Não dá para fazer tais coisas. Nosso país está deteriorado não apenas pelo bolsonarismo ou pelo lavajatismo, mas por um sistema de valores vigente, pelo menos, desde a ditadura militar. Muitos valores retrógrados de 50 anos atrás são hoje vendidos como "relíquias vintage", só para sentir o drama. O entulho de outrora recebe o tratamento de ouro encontrado em uma mina.
Se temos um quadro assim, em que até as esquerdas se rendem a "médiuns" de direita publicando mensagens para "alegrar o dia", e exaltam cantores bregas ultraconservadores, então o processo de reconstrução e recuperação do Brasil se torna muitíssimo difícil.
Lula adiou a posse de ministros para promover um festival de música. Lula desistiu até do combate imediato da fome para viajar para o exterior. Não trouxe avanços concretos e seguros para a vida dos brasileiros, mas criou polêmicas sem necessidade nos discursos no exterior, com Lula caprichando na pose de grande orador para fazer bonito nas enciclopédias do futuro.
Mas Lula não faz bonito no que é mais importante: cuidar dos brasileiros. Se ele é o novo "pai dos pobres", torna-se um pai muito ausente, se limitando a canetadas e cerimônias para dizer que "não abandonou o Brasil". Com seus erros e contradições, Lula não somente abandonou o país como sua oposição política cresce, para o desespero do presidente e seus aliados e apoiadores diretos.
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