O grande fracasso do comício do Dia do Trabalhador, ontem, no bairro de Itaquera, São Paulo, com o encontro do presidente Lula com as centrais sindicais, mostra que o proletariado se sente abandonado pelo chefe da nação. Lula tentou amenizar, dizendo que o ato foi “mal convocado”. Disse, apontando para uma mulher idosa na plateia, que se necessário iria ficar conversando com essa “senhora maravilhosa”.
Lula tentou agradar as classes trabalhadoras. Na véspera, anunciou que o Governo Federal abriu 2,2 milhões de vagas de empregos com carteira assinada nos últimos doze meses, mas depois corrigiu para 1,6 milhões. O salário mínimo de R$ 1.412 foi exaltado por membros do governo, apesar de ter sido um aumento mixuruca que, no próximo ano, está previsto para ser de R$ 1.502.
Lula também prometeu isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos e falou que a desoneração da folha de pagamento será para favorecer os trabalhadores e não os mais ricos. O evento ocorrido na Arena Corinthians serviu também para Lula manifestar apoio à candidatura de Guilherme Boulos para a Prefeitura de São Paulo.
Tudo em vão. Afinal, o ceticismo e a desconfiança dos trabalhadores é grande e fala-se que os dados sobre o aumento de emprego foram uma maquiagem e que, na realidade, houve o contrário, o desemprego é que aumentou. E a democratização dos critérios de contratação de mão de obra ainda não ocorreu, tomado pelo etarismo, pelos preconceitos estéticos e até por coisas estúpidas como contratar comediantes de estandape (stand up) para cargos de Jornalismo, ocorrem, afligindo quem está à procura de um trabalho.
E como Lula, com suas alianças espúrias, com suas concessões à direita mais intensas, atua com seu estranho clima de festa num momento de reconstrução do Brasil, os brasileiros já perderam a confiança no presidente brasileiro que, mais uma vez, mostrou sua impopularidade. Também, o proletariado não tem mais paciência em aceitar promessas mirabolantes do presidente pelego.
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