A apresentadora da Rede Gospel de Televisão, Keila Lima, contou ao podicaste Tagarelando a sua experiência com o alcoolismo, que contribuiu para sua demissão da Rede Record, em 2005. Com bastante autocrítica, ela descreveu sua infeliz situação.
Ex-jornalista do programa da Record, Note e Anote, Keila disse que, em sua rotina diária, bebia, por dia, cerca de dez garrafinhas de vodca, uma garrafa de vinho e duas latas de cerveja em média. O consumo era constante e fez com que um diretor da atual Record TV desse um aviso duro para a profissional, conforme ela falou na entrevista:
"O meu chefe [disse]: 'Keila, vou te mandar embora porque você vai morrer. Enquanto você tiver dinheiro você vai morrer, então vou deixar você sem dinheiro para ver se você para [de beber]'".
Keila, a princípio, não tinha noção do consumo de álcool que ingeria. Só percebeu depois de ir ao médico. Ela resolveu iniciar o combate ao seu vício, depois que foi avisada de que, se continuasse bebendo, não teria mais que cinco anos de vida.
A apresentadora afirma que, no podicaste, esse depoimento não foi planejado, pois ela falou sobre o assunto em diversas ocasiões: "É algo que eu já tinha falado várias vezes. Nunca escondi o tempo em que eu bebi, e bebia bastante [...] Naquele momento, eu achei que era o ideal para se falar".
Concluindo a conversa, Keila destacou:
"Como se (beber álcool) fosse algo muito normal. Nós precisamos entender, e é por isso que eu estou aqui falando com você, nós precisamos entender que não se sabe quem é que pode ser um dependente ou não. E muitas vezes a gente não tem noção, a gente não percebe que está bebendo demais".
O depoimento, que viralizou e esteve entre os temas mais vistos no Google, cai como luva num momento de hedonismo doentio do Brasil atual, no contexto da "sociedade do amor" que está preocupada no consumismo de emoções e mercadorias, incluindo o consumo de cerveja em quantidades diluvianas.
É, portanto, um grande alerta, principalmente para as pessoas bem de vida que vivem esse hedonismo desenfreado e que, quando estão com sede, não vão para um bebedouro tomar água, mas gastam seu dinheiro fácil com cerveja, sob a desculpa de pararem para um papinho descontraído.
Lembremos que a "lourinha gelada", por exemplo, e "tudo de ruim". A cerveja desidrata, causa depressão após uma sensação temporária de euforia, prejudica parte da atividade cerebral e causa câncer. Sem falar que engorda, aumenta a incidência de diabetes e causa infarto. E tem gente achando que beber álcool, principalmente cerveja, é sinônimo de liberdade e felicidade.
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