Cada vez mais decepcionante, o governo Lula marcou mais um ponto contra. Seu programa educacional desmontado, a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, foi um dos projetos premiados pelo World Summit for Information Society 2024 (Cúpula Mundial pela Sociedade da Informação 2024), realizado pela Organização das Nações Unidas.
O projeto prometido pelo presidente Lula em seu atual mandato pretendia democratizar a Internet nas escolas e tornar a rede mundial de computadores uma ferramenta importante para o aprendizado nas escolas públicas. O projeto iria também levar a Internet e a Informática para comunidades carentes e regiões sem acesso a essas ferramentas.
O Governo Federal iria custear os equipamentos e a conexão, o que iria agilizar na aplicação de recursos para o programa. No entanto, Lula e seus ministros, Camilo Santana, da Educação, e Juscelino Filho, das Comunicações, decidiram por um programa mais fragmentado, deixando os recursos para Estados e municípios, sem a garantia de implantar seus trabalhos em prazo adequado. Também o treinamento de professores estará a cargo das esferas estadual e municipal. Com esse modelo, há o risco dos equipamentos chegarem com atraso nas escolas.
O projeto-piloto do programa, que ganhou o nome de Aprender Conectado, custou R$ 32 milhões, recursos obtidos a partir do total de R$ 3,1 bilhões que o governo Lula arrecadou pelo leilão da tecnologia 5G da Internet. Nesta etapa, não apenas professores mas também 30,7 mil alunos de escolas de dez municípios nas cinco regiões brasileiras foram contemplados por essa experiência inicial.
Embora a mudança de custeio para os âmbitos estadual e municipal visassem ampliar o número de escolas atendidas, por meio da licitação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, a fragmentação do programa também periga causar um desempenho desigual, pois os Estados correm o risco de não terem a mesma agilidade e pontualidade na execução do programa, previsto para durar até o fim do mandato atual de Lula.
Dessa maneira, o governo Lula decepciona mais uma vez preferindo o pragmatismo do que a inteira dedicação a causas referentes à Educação e ao Trabalho. O interior do Brasil será o mais prejudicado, pois com a fragmentação do programa, o Governo Federal deixa de coordenar totalmente o programa, permitindo que interesses políticos regionais possam sabotar o projeto, impedindo o desenvolvimento do aprendizado dos alunos através da integração entre Educação e Informática.
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