PROSTITUIÇÃO EM UMA OBRA DO PAC EM RONDÔNIA.
Alcoolismo de idosos, prostituição de mulheres, comércio de produtos piratas e contrabandeados, trabalho informal.
A realidade dura e dramática das populações pobres foi durante anos defendida por um discurso "positivo" de intelectuais influentes, considerados "bacanas" num contexto em que há o anti-intelectualismo contra gente que realmente pensa pelo Brasil.
A desculpa era mostrar o "mundo maravilhoso das periferias" e, durante muito tempo, aceitar esse quadro miserável era tido como "romper o preconceito".
A intelectualidade "bacana" trabalhava o mito da "pobreza linda", num discurso envolvente que, pasmem, foi durante muito tempo tido como "libertário".
Isso criava diferentes imagens das classes populares na mídia de esquerda.
Lendo textos políticos da Caros Amigos, Carta Capital e Revista Fórum, entre outros, se via um povo pobre lutando bravamente contra a opressão e não se subordinando a esquemas de dominação.
Mas, quando eram textos de Cultura, a coisa era outra.
A influência de gente como Pedro Alexandre Sanches e MC Leonardo fazia com que se mostrasse um povo pobre resignado com sua situação, se consolando com o consumismo de uma "cultura" difundida por barões da mídia locais.
Essa "cultura" hipermidiática e mercantilista o povo pobre tinha que tomar como "sua".
A única "transgressão" era comportamental. Como se fosse "desnecessário" lutar por reforma agrária ou por direitos trabalhistas, bastando apenas "incomodar" com o "mau gosto".
Mera lateralidade, até porque "transgressões" em âmbito lúdico ou sexual não são necessariamente pautas progressistas e são secundárias no ativismo popular.
Em compensação, o discurso intelectual dominante dizia para o povo sentir "orgulho da pobreza", porque é "seu ideal de vida".
Era exaltada a pirataria, a prostituição, a embriaguez tida como "consoladora" dos problemas da vida, e a aceitação da pobreza era defendida pelo discurso intelectual como se fosse algo "libertário".
Isso era vendido, mesmo na imprensa esquerdista, como se fosse um "projeto progressista de cultura popular".
Mas, vendo com mais atenção, era uma campanha de persuasão muito perigosa.
Era forçar o povo pobre a aceitar a pobreza, e, com isso, aceitar projetos equivalentes aos que se vê hoje no Plano Temer, a tal "Ponte para o Futuro" que é uma pinguela para o passado.
A perda dos direitos trabalhistas, o trabalho desgastante e mal remunerado, a aposentadoria tardia e praticamente póstuma, tudo isso parecia estar em jogo.
As populações pobres se distraíam com a "cultura" que os barões da mídia lhe atribuíam como "sua" e se resignavam com uma situação contraditória de pobreza e consumismo.
O povo pobre tinha a falsa impressão de que o "mau gosto" era sua causa libertária. Qualidade de vida não lhes vinha ao caso.
Essa pregação, feita pelos intelectuais "mais legais do país", era para o povo pobre ficar feliz em sua situação, para assim a plutocracia agir para derrubar governos progressistas e impor pautas amargas que destroem conquistas e reivindicações populares.
Diante do estrago que fizeram, os intelectuais "bacanas" ou se calaram ou mudaram de assunto. Enquanto isso, o povo sofre, sofre...
Alcoolismo de idosos, prostituição de mulheres, comércio de produtos piratas e contrabandeados, trabalho informal.
A realidade dura e dramática das populações pobres foi durante anos defendida por um discurso "positivo" de intelectuais influentes, considerados "bacanas" num contexto em que há o anti-intelectualismo contra gente que realmente pensa pelo Brasil.
A desculpa era mostrar o "mundo maravilhoso das periferias" e, durante muito tempo, aceitar esse quadro miserável era tido como "romper o preconceito".
A intelectualidade "bacana" trabalhava o mito da "pobreza linda", num discurso envolvente que, pasmem, foi durante muito tempo tido como "libertário".
Isso criava diferentes imagens das classes populares na mídia de esquerda.
Lendo textos políticos da Caros Amigos, Carta Capital e Revista Fórum, entre outros, se via um povo pobre lutando bravamente contra a opressão e não se subordinando a esquemas de dominação.
Mas, quando eram textos de Cultura, a coisa era outra.
A influência de gente como Pedro Alexandre Sanches e MC Leonardo fazia com que se mostrasse um povo pobre resignado com sua situação, se consolando com o consumismo de uma "cultura" difundida por barões da mídia locais.
Essa "cultura" hipermidiática e mercantilista o povo pobre tinha que tomar como "sua".
A única "transgressão" era comportamental. Como se fosse "desnecessário" lutar por reforma agrária ou por direitos trabalhistas, bastando apenas "incomodar" com o "mau gosto".
Mera lateralidade, até porque "transgressões" em âmbito lúdico ou sexual não são necessariamente pautas progressistas e são secundárias no ativismo popular.
Em compensação, o discurso intelectual dominante dizia para o povo sentir "orgulho da pobreza", porque é "seu ideal de vida".
Era exaltada a pirataria, a prostituição, a embriaguez tida como "consoladora" dos problemas da vida, e a aceitação da pobreza era defendida pelo discurso intelectual como se fosse algo "libertário".
Isso era vendido, mesmo na imprensa esquerdista, como se fosse um "projeto progressista de cultura popular".
Mas, vendo com mais atenção, era uma campanha de persuasão muito perigosa.
Era forçar o povo pobre a aceitar a pobreza, e, com isso, aceitar projetos equivalentes aos que se vê hoje no Plano Temer, a tal "Ponte para o Futuro" que é uma pinguela para o passado.
A perda dos direitos trabalhistas, o trabalho desgastante e mal remunerado, a aposentadoria tardia e praticamente póstuma, tudo isso parecia estar em jogo.
As populações pobres se distraíam com a "cultura" que os barões da mídia lhe atribuíam como "sua" e se resignavam com uma situação contraditória de pobreza e consumismo.
O povo pobre tinha a falsa impressão de que o "mau gosto" era sua causa libertária. Qualidade de vida não lhes vinha ao caso.
Essa pregação, feita pelos intelectuais "mais legais do país", era para o povo pobre ficar feliz em sua situação, para assim a plutocracia agir para derrubar governos progressistas e impor pautas amargas que destroem conquistas e reivindicações populares.
Diante do estrago que fizeram, os intelectuais "bacanas" ou se calaram ou mudaram de assunto. Enquanto isso, o povo sofre, sofre...
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