PROTESTO NA PRAÇA ARARIBOIA, EM FRENTE À ESTAÇÃO DAS BARCAS, EM NITERÓI.
Hoje é o dia de Greve Geral contra as reformas do governo Michel Temer.
É um grande protesto popular contra as reformas trabalhista, previdenciária e da terceirização.
Insensível ao povo, Michel Temer, que se gaba de sua baixa popularidade, quer derrubar conquistas históricas tão duramente conquistadas pelas classes populares.
Quer forçar o trabalhador a ganhar menos, trabalhar mais e se aposentar, provavelmente, no Dia de São Nunca.
Será terrível, e Temer não conhece o drama que muitas famílias terão com isso.
Trabalhador aumentando a carga horária só para juntar dinheiro para comprar um remédio caro.
A sociedade se iludiu com o aparato "moderado" de Michel Temer e das promessas de "medidas técnicas" e "capacidade administrativa" de sua equipe de "notáveis".
A "boa sociedade", que militou pelo "Fora Dilma", acreditava que o Brasil entraria no paraíso e que a prosperidade viria com "mais sacrifícios" como estes impostos pelas reformas temerosas.
Tinha gente até mais feliz do que o normal, nas mídias sociais ou nas ruas.
Pessoas se falando nas ruas como se vivessem os dias mais felizes de suas vidas. E isso com a sombra da tragédia se formando ao seu lado.
No Rio de Janeiro, então, já se reclama da crise sócio-cultural dos próprios cariocas de classe média.
Gente que fala demais sobre futebol e não sente o fedor dos caminhões de lixo passando pelas ruas.
Na Internet se comenta que em Salvador os caminhões de lixo têm mecanismos de evitar transmitir mau cheiro e recebem boa manutenção.
E o Rio de Janeiro, "vanguarda" da modernidade brasileira, têm caminhões disparando fedor por todos os lados.
"Capital" do Sul/Sudeste, o Rio de Janeiro vive uma crise causada pela própria sociedade conservadora, pragmatista, fisiológica e corporativista que se formou desde 1990.
A partir desses valores, construiu-se o cenário político nacional que tivemos.
Afinal, os cariocas elegeram Eduardo Cunha, antes um político inexpressivo, depois um deputado prepotente, hoje um corrupto preso ameaçando "botar a boca no trombone".
Eduardo Cunha antecipou, como presidente da Câmara dos Deputados, o programa político do governo de Michel Temer, seu antigo aliado e colega do PMDB.
Ou seja, o Rio de Janeiro elegeu Cunha que encampou a causa das reformas trabalhista, previdenciária e da terceirização.
E aí a antiga capital do país, tão tida como "moderna", ameaça extinguir oficialmente a Lei Áurea e adiar o Sete de Setembro para o Quatro de Julho.
A Lei Áurea e a oficialização do Dia da Independência, pelo Parlamento brasileiro - o "grito do Ipiranga" foi apenas uma simbologia - , foram feitos num Rio de Janeiro que queria andar para frente.
Hoje temos um Rio de Janeiro que caminha para trás.
Um Rio de Janeiro que trocou Bossa Nova, Leila Diniz, Fluminense FM e samba dos morros por "funk", Solange Gomes, Rádio Cidade (hoje web radio) e sambrega.
Um Rio de Janeiro mais para as ruínas do Palace II do que para a imponência do Palácio Gustavo Capanema.
Um Rio que tinha, em 1959, o saudoso paulista Luís Carlos Miele com seu senso de humor em videoteipe inaugurando a TV Continental.
Hoje tem o também paulista (mas num outro contexto, mais infeliz), Luciano Huck, com seu jeito sem graça, tentando salvar a Rede Globo.
Voltando à greve, o Brasil piorou depois da saída de Dilma Rousseff.
De 11,2 milhões de desempregados, Temer fez aumentar três milhões. São hoje 14,2 milhões, e até pouco tempo atrás, eram 13,2 milhões.
E isso quando as empresas que apoiam Temer já terceirizam e precarizam por antecipação o mercado de trabalho, em moldes próximos a um engodo profissional.
Um engodo que mistura trabalho informal, prestação de serviço (originalmente a tarefa da terceirização de atividades-meio) e escravidão.
E cuja aposentadoria, diante desse trabalho degradado e desgastante, será praticamente um sonho de contos de fadas.
A Greve Geral pode até estar aquém das expectativas, embora houvesse um esforço de haver maior adesão possível.
Espera-se que ela seja a primeira das manifestações. Até porque os retrocessos do governo Temer parecem terem vindo para ficar, e tentarão sobreviver à saída do temeroso governante.
O jeito é impedir que essa sina terrível aconteça, e que manifestações como as de hoje se repitam na próxima segunda e mais adiante.
Temos que responder aos MBL da vida que também sabemos pressionar.
De que adianta um protesto de um dia, ou protestos "de vez em quando", que dominam os noticiários de um dia e "morrem" no dia seguinte?
Os retrocessos estão aí, e, se o povo não for às ruas hoje, no sentido da mobilização, o povo irá às ruas amanhã, no sentido do desemprego, do despejo, da miséria extrema.
Daqui a pouco haverá disputa por moradia até nas calçadas e nas áreas debaixo de pontes.
Daí a Greve Geral ser um bom começo para iniciar uma série de rebeliões populares.
Hoje é o dia de Greve Geral contra as reformas do governo Michel Temer.
É um grande protesto popular contra as reformas trabalhista, previdenciária e da terceirização.
Insensível ao povo, Michel Temer, que se gaba de sua baixa popularidade, quer derrubar conquistas históricas tão duramente conquistadas pelas classes populares.
Quer forçar o trabalhador a ganhar menos, trabalhar mais e se aposentar, provavelmente, no Dia de São Nunca.
Será terrível, e Temer não conhece o drama que muitas famílias terão com isso.
Trabalhador aumentando a carga horária só para juntar dinheiro para comprar um remédio caro.
A sociedade se iludiu com o aparato "moderado" de Michel Temer e das promessas de "medidas técnicas" e "capacidade administrativa" de sua equipe de "notáveis".
A "boa sociedade", que militou pelo "Fora Dilma", acreditava que o Brasil entraria no paraíso e que a prosperidade viria com "mais sacrifícios" como estes impostos pelas reformas temerosas.
Tinha gente até mais feliz do que o normal, nas mídias sociais ou nas ruas.
Pessoas se falando nas ruas como se vivessem os dias mais felizes de suas vidas. E isso com a sombra da tragédia se formando ao seu lado.
No Rio de Janeiro, então, já se reclama da crise sócio-cultural dos próprios cariocas de classe média.
Gente que fala demais sobre futebol e não sente o fedor dos caminhões de lixo passando pelas ruas.
Na Internet se comenta que em Salvador os caminhões de lixo têm mecanismos de evitar transmitir mau cheiro e recebem boa manutenção.
E o Rio de Janeiro, "vanguarda" da modernidade brasileira, têm caminhões disparando fedor por todos os lados.
"Capital" do Sul/Sudeste, o Rio de Janeiro vive uma crise causada pela própria sociedade conservadora, pragmatista, fisiológica e corporativista que se formou desde 1990.
A partir desses valores, construiu-se o cenário político nacional que tivemos.
Afinal, os cariocas elegeram Eduardo Cunha, antes um político inexpressivo, depois um deputado prepotente, hoje um corrupto preso ameaçando "botar a boca no trombone".
Eduardo Cunha antecipou, como presidente da Câmara dos Deputados, o programa político do governo de Michel Temer, seu antigo aliado e colega do PMDB.
Ou seja, o Rio de Janeiro elegeu Cunha que encampou a causa das reformas trabalhista, previdenciária e da terceirização.
E aí a antiga capital do país, tão tida como "moderna", ameaça extinguir oficialmente a Lei Áurea e adiar o Sete de Setembro para o Quatro de Julho.
A Lei Áurea e a oficialização do Dia da Independência, pelo Parlamento brasileiro - o "grito do Ipiranga" foi apenas uma simbologia - , foram feitos num Rio de Janeiro que queria andar para frente.
Hoje temos um Rio de Janeiro que caminha para trás.
Um Rio de Janeiro que trocou Bossa Nova, Leila Diniz, Fluminense FM e samba dos morros por "funk", Solange Gomes, Rádio Cidade (hoje web radio) e sambrega.
Um Rio de Janeiro mais para as ruínas do Palace II do que para a imponência do Palácio Gustavo Capanema.
Um Rio que tinha, em 1959, o saudoso paulista Luís Carlos Miele com seu senso de humor em videoteipe inaugurando a TV Continental.
Hoje tem o também paulista (mas num outro contexto, mais infeliz), Luciano Huck, com seu jeito sem graça, tentando salvar a Rede Globo.
Voltando à greve, o Brasil piorou depois da saída de Dilma Rousseff.
De 11,2 milhões de desempregados, Temer fez aumentar três milhões. São hoje 14,2 milhões, e até pouco tempo atrás, eram 13,2 milhões.
E isso quando as empresas que apoiam Temer já terceirizam e precarizam por antecipação o mercado de trabalho, em moldes próximos a um engodo profissional.
Um engodo que mistura trabalho informal, prestação de serviço (originalmente a tarefa da terceirização de atividades-meio) e escravidão.
E cuja aposentadoria, diante desse trabalho degradado e desgastante, será praticamente um sonho de contos de fadas.
A Greve Geral pode até estar aquém das expectativas, embora houvesse um esforço de haver maior adesão possível.
Espera-se que ela seja a primeira das manifestações. Até porque os retrocessos do governo Temer parecem terem vindo para ficar, e tentarão sobreviver à saída do temeroso governante.
O jeito é impedir que essa sina terrível aconteça, e que manifestações como as de hoje se repitam na próxima segunda e mais adiante.
Temos que responder aos MBL da vida que também sabemos pressionar.
De que adianta um protesto de um dia, ou protestos "de vez em quando", que dominam os noticiários de um dia e "morrem" no dia seguinte?
Os retrocessos estão aí, e, se o povo não for às ruas hoje, no sentido da mobilização, o povo irá às ruas amanhã, no sentido do desemprego, do despejo, da miséria extrema.
Daqui a pouco haverá disputa por moradia até nas calçadas e nas áreas debaixo de pontes.
Daí a Greve Geral ser um bom começo para iniciar uma série de rebeliões populares.
Comentários
Postar um comentário