Hoje é o dia em que se lembra da tragédia do navio Titanic, que se chocou com um iceberg há exatos 105 anos, em 1912, matando milhares de pessoas.
O que temos, neste dia, no Brasil, é uma série de delações atingindo a maior parte do cenário político brasileiro, tanto nas esquerdas quanto no direitismo.
A delação da Odebrecht, a partir do executivo Marcelo Odebrecht, é apelidada de "delação do fim do mundo" por conta de tantos vazamentos.
Embora a tragédia política seja simbólica, representa, sim, um momento de insegurança no Brasil.
Mas também revela o grau de corrupção política que atingiu o Brasil.
Muitas dessas delações podem ser discutíveis, mas já provocam um desgaste na plutocracia política que comanda o Brasil desde maio.
Toda a nata do PSDB está incluída, mas as delações também desgastam o PT, não apenas os ex-presidentes Lula e Dilma, mas também senadores como Lindbergh Farias e Gleisi Hoffman.
A impressão que se tem é que um ciclo de pouco mais de 25 anos de cenários políticos será inteiramente derrubado.
Ou, pelo menos, os desgastes se tornam tão profundos, se não resultarem em ocasos políticos.
O grande risco é a abertura de espaço para "aventureiros" da política, como empresários, militantes fascistas e pastores evangélicos.
Daí a insegurança em que vive o país, não por conta da revelação de escândalos políticos, mas porque eles já ocorriam antes.
E a situação se torna mais insegura quando pessoas estão desinformadas da gravidade da situação e saem para as ruas felizes da vida.
Desde que o governo Temer começou, passei a ficar preocupado com a despreocupação das pessoas.
A alegria delas me entristece, não porque não gosto ou sinto inveja da felicidade delas, mas porque não é momento para ficar feliz diante da catástrofe política em andamento.
O momento hoje é de apreensão, por mais possível que pareça, para muitos, a luz no fim do túnel.
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