Hoje o Tribunal Superior Eleitoral irá julgar as irregularidades de campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer nas campanhas presidenciais de 2014.
Quer dizer, começa o processo de preparação para o julgamento da chapa eleitoral.
Nesse cenário político completamente doido, no sentido debiloide e psicopata do termo, o processo demorou para ser julgado.
Temos uma República desgovernada, depois que Dilma Rousseff foi expulsa do poder por uma acusação infundada.uma prática que todo presidente fez com muita naturalidade.
Com a ascensão do temeroso presidente, uma avalanche de retrocessos sociais foram despejadas no povo brasileiro.
O congelamento das verbas públicas e a terceirização para atividades-fim vão, juntas, provocar uma catástrofe no cotidiano dos brasileiros.
Os efeitos serão devastadores. Serviços públicos mais precários, emprego reduzido a um "bico".
E Michel Temer ainda torcendo para que continue elegível, se caso tivesse o mandato cassado.
Nem é preciso dizer que há muita confusão até mesmo nos trabalhos do Judiciário.
A demora no julgamento da chapa presidencial, em cerca de três anos, e toda uma manobra que mais parece favorecer os interesses plutocráticos.
Temer e Dilma são acusados de abuso de poder econômico, esquema de propinas e de corrupção.
A ação que será julgada foi movida pela chapa rival derrotada no segundo turno, composta por Aécio Neves, candidato à Presidência da República, e seu vice, Aloysio Nunes Ferreira.
Por ironia do destino, o governo Michel Temer acolheu o projeto político do PSDB e tem Aloysio como atual ministro das Relações Exteriores.
Aécio apareceu, com muita animação, na posse de Temer como presidente interino, em maio de 2016.
Coisas do jogo político. Aécio processa a chapa Dilma-Temer, participa de um jogo-de-cena coletivo para derrubar a presidenta e depois transforma o vice em seu aliado.
Quanto ao julgamento, ele está previsto para ter quatro sessões.
Um dos ministros do TSE, Herman Benjamin, é o relator do processo e iniciará a primeira sessão, às nove horas, lendo o resumo de seu relatório de mil páginas sobre o processo.
Haverá também manifestações dos advogados envolvidos e do Ministério Público Eleitoral, e os ministros do TSE, em seguida, darão seu voto concordando ou não com o parecer do relator.
Um advogado do PSDB deve apresentar a denúncia que deu origem ao processo.
Os ministros do TSE envolvidos no julgamento são, em ordem de votação:
1) Herman Benjamin, relator, ministro do Supremo Tribunal de Justiça nomeado para o TSE.
2) Napoleão Nunes Maia, ministro do Supremo Tribunal de Justiça nomeado para o TSE.
3) Henrique Neves, jurista, que pode ser substituído por Admar Gonzaga, escolhido por Michel Temer, se o processo se arrastar até 16 de abril, dia em que o relator deixará o TSE.
4) Luciana Lossio, jurista, que deixará o TSE em 05 de maio, substituída por Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, outro da lista de Temer.
5) Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal.
6) Rosa Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal.
7) Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do TSE.
Uma coisa maluca deve ser observada.
Michel Temer já é um impedido político, condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo por abuso de poder econômico.
Ele havia feito doações a candidatos a deputados pelo PMDB, em valor superior ao autorizado por lei, na campanha de 2014.
O TRE paulista proibiu Temer de concorrer a qualquer cargo político por oito anos, contados a partir da sentença, dada em 2015.
Mas, no caso do julgamento da chapa Dilma-Temer, o presidente temeroso mantém os direitos políticos.
Temer pode até ser cassado, mas tem chance de voltar à Presidência da República numa eleição indireta, votada pelo Congresso Nacional, este cada vez mais desprezando a vontade popular.
A alegação é que, no raciocínio do TSE, Temer mantém os direitos políticos garantidos.
Aí não dá para entender, pois o TRE de São Paulo é subordinado ao TSE, na hierarquia dos tribunais eleitorais.
O TRE paulista agiu correto e o TSE parece estar "viajando" se esquecendo do impedimento de Temer.
Mas isso é só uma das mil doideiras do cenário político brasileiro de hoje.
Que causa vergonha no mundo inteiro e fez o Brasil despencar no cartaz mundial.
Todavia, essa doideira permite que os brasileiros médios vão para as praias, praças, e, acima de tudo, shopping centers, estádios de futebol e bares e boates como se vivessem o melhor dos tempos.
Dá para entender? O Brasil parece ter virado um hospício!
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