Depois dos incêndios na floresta da Amazônia, o Amazonas vive outra tragédia, que é a da superlotação nos hospitais e na falta de oxigênio que causou a morte de inúmeros pacientes por asfixia.
A situação é de pânico, com familiares sofrendo muita dor, vendo seus parentes e amigos morrendo sem que algo seja feito.
E ainda mais quando a Covid-19 vive sua segunda onda, fazendo o Brasil ultrapassar a marca dos 200 mil mortos.
É duro. Há poucos dias, a Ford decidiu deixar o Brasil, depois de 101 anos atuando como importante filial na América Latina.
A Sony, indústria japonesa famosa por aparelhos eletrônicos e que controla o espólio fonográfico e cinematográfico-televisivo da CBS/Columbia, também deixou o Brasil. Não fabrica mais CDs e agora sai do mercado brasileiro e, na Europa, vai investir em carros elétricos.
Com desfecho menos radical, a rede estadunidense de lojas de roupas Forever 21 fechou 11 lojas no Brasil, devido à recuperação judicial no país de origem, mas também sentindo a pressão da situação caótica do nosso país.
E, também de maneira menos radical, a também estadunidense General Mills, dona da marca Yoki, fechou uma de suas fábricas, em Nova Prata, no interior do Rio Grande do Sul.
Curiosamente, comprei um saco de pipocas Yoki para o lanche daqui de casa, e mentalizei os demitidos da empresa.
São reflexos de um governo totalmente irresponsável que é o de Jair Bolsonaro, cujos eleitores devem ter tratado as urnas como se fossem brinquedo.
Afinal, não foi por falta de aviso que se alertou sobre o desastre que seria Bolsonaro presidindo o país.
O Brasil está sendo destruído, desmoralizado pelo resto do mundo.
E as pessoas morrendo de fome, de problemas de saúde, de falta de atendimento, com muitos dos problemas crônicos já antigos e anteriores a Bolsonaro, mas agravados por ele.
E ele ainda esnoba a Covid-19, prefere a duvidosa cloroquina do que a vacina contra o Coronavírus, e ele conta ainda com uma legião de idiotas que o apoiam incondicionalmente.
E os brasileiros não-bolsonaristas, à direita ou à esquerda, impotentes em uma união adequada para derrubar o presidente.
As esquerdas, que esqueceram as pautas trabalhistas, tão caras em tempos de caos e pandemia de hoje, têm a mania de furar a bolha sempre do lado errado, como naquele cacoete da pessoa que quer estourar o calo que não deve ser estourado, senão causa infecção.
Os esquerdistas preferem sempre se aliar com quem não deve, como alguém que chama de amigo o primeiro estranho que lhe pagar uma rodada de cerveja.
A situação está gravíssima. Brasileiros morrendo por diversos motivos. Famílias sofrendo tragédias traumatizantes. Fome, doença, violência e outras barbaridades ocorrendo sem controle.
O colapso nos hospitais de Manaus é mais um capítulo dessa situação dramática do Brasil e deveríamos pensar em soluções e divulgá-las e praticá-las de maneira integrada.
Como fazer isso? Não sei. Mas debate existe justamente para que se proponham soluções, ainda que elas pareçam desconhecidas para muita gente.
Vendo as esquerdas ainda perdidas em 2002, achando que o governo Jair Bolsonaro é a mesma moleza da crise de Fernando Henrique Cardoso e que, por isso, basta se aliar com o primeiro direitista que prometa a paz mundial, é sinal que a coisa está feia.
Enquanto isso, os obituários só crescem nesse quadro necropolítico do bolsonarismo. Este blogue manifesta toda a solidariedade às vítimas de feminicídios, coronavírus, desemprego, colapso em hospitais etc etc etc etc. Lamentável.
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