Pular para o conteúdo principal

"BUMBUM TANTÃ" NÃO VAI SALVAR A CIÊNCIA NEM CURAR A PANDEMIA


A imbecilização cultural dominante na sociedade lacração há muito contamina as esquerdas.

A preocupante unanimidade em torno da música "Bum Bum Tan Tan", de MC Fioti chegou a níveis estratosféricos. Nunca se passou tanto pano numa ruindade musical.

A palhaçada do "Bum Bum Tan Tan" foi tal que, de graça, atribuiu-se a MC Fioti "poderes" de "salvador da humanidade", "remédio para a Covid-19" e, pasmem, até como "historiador", pois atribuiu-se o suposto "hino da vacina" a um "retrato fiel (sic) da sociedade brasileira".

E muita gente boa caiu nesse papo furado de que "Bum Bum Tan Tan" é "uma lição de História do Brasil". Preocupante uma bobagem dessas se tornar unanimidade nacional.

Daqui a pouco nem será preciso se vacinar, porque o pessoal vai achar que basta ouvir "Bum Bum Tan Tan", mesmo em "bailes funk" hiper-aglomerados, que se vai curar da Covid-19. Cloroquina bolsonarista é pinto.

As esquerdas domesticadas e imbecilizadas pela intelectualidade "bacana" que supostamente exalta o povo pobre, mas dentro de uma visão caricatural compartilhada pelos barões da Rede Globo e da Folha de São Paulo, apelaram demais.

Todo mundo falando bem do tal do "Bum Bum Tan Tan", tratando o MC Fioti como não só a "salvação da humanidade" como a "salvação contra a Covid-19".

Pretensiosismo igual nem mesmo meia-hora de solos de bateria de banda de rock progressivo conseguem manifestar. Papo-cabeças mais interessantes e menos aborrecedores já haviam sido dados por muito bicho-grilo nos tempos do desbunde hippie.

Ouvi parte da música do MC Fioti. É simplesmente pavorosa, horrível. A letra, muito boba, com MC Fioti pedindo "super-poderes" e tudo. Patético.

"Mas é a criatividade das periferias". O pessoal sabe, realmente, o que é a música das periferias? O pessoal ouviu Jackson do Pandeiro, Cartola, Nelson Cavaquinho?

Isso que se entende como "cultura das periferias" nos últimos tempos é o intragável brega-popularesco que aborda o povo pobre de maneira caricatural.

Fácil bater palmas para um pobre rebaixado a uma caricatura "feliz" e "ingênua" nos programas de auditório da televisão.

Espetacularização da pobreza? Bota na conta de Regina Casé, que leva a culpa sozinha assim como João de Deus leva a culpa por mais de 130 anos de deturpação do Espiritismo brasileiro, inclusive atitudes piores adotadas desde 1932!

É como se, no caso da Máfia, se prendesse o office-boy que colabora com os mafiosos. Sardinhas a serviço de tubarões que permanecem livres, leves e soltos.

No caso da espetacularização da pobreza, eu enumerei os maiores responsáveis no meu livro Esses Intelectuais Pertinentes....

Este livro é baseado em muita pesquisa jornalística e traz revelações. Não são fake news nem cópias de textos publicados na Internet, e eu analiso as próprias ideias dos intelectuais envolvidos, que não deixam de "falar" nele, ainda que sejam alvos de meus questionamentos.

Mas se até as esquerdas, seguindo a manada de "isentões" de centro-direita e de bolsomínions "arrependidos mas nem tanto", estão perdidas nas florestas para colorir, ninguém quer ler o livro.

Paciência. Nessas selvas descolorizadas, bonecos de Minecraft, cavaleiros medievais, vampiros estudantis, youtubers de terceiro escalão e neurolinguistas especialistas em "f***-se" são a fauna que deixa desnorteada essa nação lacradora que não sabe o caminho de volta para a realidade.

Daí que a falta de leitura e o (verdadeiro) preconceito que livros como Esses Intelectuais Pertinentes... (disponível na Amazon) é o retrato de um país imbecilizado no qual o ato de ler livros torna-se uma forma de fuga, e não de busca, do Saber.

A coisa chegou ao ponto do já estranho grupo União da Juventude Socialista lançar um vídeo grosseiro falando do sucesso do MC Fioti.

Uma mulher com aspectos de mulher-fruta, siliconada e com pircim (piercing) no umbigo, balançando os glúteos dentro daquela coreografia padrão É O Tchan que o "funk", no caminho inverso da "Dança do Tamanduá Africano" (ver filme Namorada de Aluguel), "transformou" em "dança étnica".

Junto a essa coreografia terrível do padrão "na boquinha da garrafa", há cartões com as frases "Viva a Ciência" e "Viva o SUS".

Nada que uma dançarina do É O Tchan, apoiadora direta ou indireta de Bolsonaro (seja virando policial ou namorando tenista bolsomínion), não tenha feito.

Muito constrangedor, muito idiotizante. Vergonha alheia mesmo.

Eu já tenho dúvidas se a UJS realmente coloca em prática o marxismo que supostamente aprende em seus cursos.

O grupo é muito estranho. A UJS esteve entre os envolvidos no Levante Popular da Juventude, naquele risível protesto supostamente contra a Rede Globo usando "funk", em 2016.

A UJS mais parece um puxadinho da plateia do Caldeirão do Huck, em muitos momentos. O próprio Luciano Huck também finge ser socialista, várias vezes.

Primeiro, porque o grupo não participou dos demais protestos populares que ocorreram na Av. Pres. Vargas, no Rio de Janeiro, naquele dia.

Segundo, porque os manifestantes tocaram o "funk", ritmo que, na verdade, é um subproduto da aliança entre DJs ambiciosos com Roberto Marinho e seus filhotes.

Eu já denunciei, jornalisticamente falando, os envolvimentos da Liga do Funk e de Rômulo Costa com os envolvidos no golpe de 2016, com provas e informações verídicas, e ninguém deu a mínima.

As esquerdas médias, lacradoras e domesticadas, pelo jeito só combatem as fake news quando lhes soam desagradáveis. Quando alguém fala das alianças do "funk" com a Globo e a Folha, essas esquerdas tapam os ouvidos e ficam esnobando, arrogantes.

E olha que, enquanto o quinta-colunista Rômulo Costa, dono da Furacão 2000 e de um olhar cínico semelhante ao de Michael Sullivan, brincava de ser marxista naquele "cavalo de Troia" que foi o "baile funk" de 17 de abril de 2016, ele era sogro de ninguém menos que Antônia Fontenelle.

(Aliás, "Cavalo de Troia" ou "Eguinha Pocotó de Troia"?)

Socialite e não-socialista, Antônia Fontenelle era ardente defensora do golpe contra Dilma Rousseff e hoje é uma das que batem o pé em favor de Jair Bolsonaro. Ela já se separou de Jonathan Costa, filho de Rômulo, mas em 2016 ela era esposa dele e golpista de carteirinha.

Ver Rômulo Costa fazendo parcerias com golpistas um ano após fingir-se de apoiador de Dilma Rousseff é chocante para quem acha que o empresário-DJ, um dos mais ricos do Rio de Janeiro, é um evangélico cujo "santo de devoção" seria o Ernesto Che Guevara.

Daí que as pessoas tapam os ouvidos, mesmo. Não querem saber da realidade. Fogem correndo para os memes inócuos do WhatsApp, com Jair Bolsonaro oferecendo leite condensado para quem quiser brincar com ele nas redes sociais.

E essas esquerdas tão idiotizadas se esquecem que aumentam os moradores de ruas, as falências das empresas, da Petrobras ao restaurante popular da esquina, passando pelo fim das filiais brasileiras da Ford e da Sony, estão produzindo milhões e milhões de desempregados.

Claro, para quem se ocupa de "bumbum tantã" não sabe a realidade de um pai de família, humilhado e deprimido, chegar em casa e dizer para sua mulher e sua meia-dúzia de filhos: "Perdi meu emprego. Só vou receber salário mais um mês e acabou".

E as pessoas iludidas com o "Bum Bum Tan Tan" de MC Fioti, achando que esse sucesso vai salvar a ciência, curar a pandemia e trazer os cientistas brasileiros de volta ao nosso país.

Grande tolice. Retardamento mental sem limites. Coisa de quem tem glúteos ensandecidos, mesmo. Talvez a música tivesse sido menos infeliz se mudasse o título para "Bum Bum Dão Dão".

É claro que isso não vai salvar a ciência, até porque os apoiadores de MC Fioti nem estão aí para o que realmente significa o trabalho duro dos cientistas e pesquisadores da vacina.

Além disso, fica parecendo coisa de gado digital falando da boca para fora, esse negócio de dizer "viva a Ciência" depois de ouvir o tal do "bumbum tantã".

Até porque o sucesso funqueiro passará, como castelo de areia tragado pelo mar, e cairá no esquecimento e, com isso, nossos cientistas continuarão recebendo o mesmo desprezo da sociedade, principalmente dos que hoje apoiam o MC Fioti.

Portanto, deixemos de hipocrisia. A realidade é mais crua do que a nação lacração imagina.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FUNQUEIROS, POBRES?

As notícias recentes mostram o quanto vale o ditado "Quem nunca comeu doce, quando come se lambuza". Dois funqueiros, MC Daniel e MC Ryan, viraram notícias por conta de seus patrimônios de riqueza, contrariando a imagem de pobreza associada ao gênero brega-popularesco, tão alardeada pela intelectualidade "bacana". Mc Daniel recuperou um carrão Land Rover avaliado em nada menos que R$ 700 mil. É o terceiro assalto que o intérprete, conhecido como o Falcão do Funk, sofreu. O último assalto foi na Zona Sul do Rio de Janeiro. Antes de recuperar o carro, a recompensa prometida pelo funqueiro foi oferecida. Já em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, outro funqueiro, MC Ryan, teve seu condomínio de luxo observado por uma quadrilha de ladrões que queriam assaltar o famoso. Com isso, Ryan decidiu contratar seguranças armados para escoltá-lo. Não bastasse o fato de, na prática, o DJ Marlboro e o Rômulo Costa - que armou a festa "quinta coluna" que anestesiou e en

FIQUEMOS ESPERTOS!!!!

PESSOAS RICAS FANTASIADAS DE "GENTE SIMPLES". O momento atual é de muita cautela. Passamos pelo confuso cenário das "jornadas de junho", pela farsa punitivista da Operação Lava Jato, pelo golpe contra Dilma Rousseff, pelos retrocessos de Temer, pelo fascismo circense de Bolsonaro. Não vai ser agora que iremos atingir o paraíso com Lula nem iremos atingir o Primeiro Mundo em breve. Vamos combinar que o tempo atual nem é tão humanitário assim. Quem obteve o protagonismo é uma elite fantasiada de gente simples, mas é descendente das velhas elites da Casa Grande, dos velhos bandeirantes, dos velhos senhores de engenhos e das velhas oligarquias latifundiárias e empresariais. Só porque os tataranetos dos velhos exterminadores de índios e exploradores do trabalho escravo aceitam tomar pinga em birosca da Zona Norte não significa que nossas elites se despiram do seu elitismo e passaram a ser "povo" se misturando à multidão. Tudo isso é uma camuflagem para esconder

DEMOCRACIA OU LULOCRACIA?

  TUDO É FESTA - ANIMAÇÃO DE LULA ESTÁ EM DESACORDO COM A SOBRIEDADE COM QUE SE DEVE TER NA VERDADEIRA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL. AQUI, O PRESIDENTE DURANTE EVENTO DA VOLKSWAGEN DO BRASIL. O que poucos conseguem entender é que, para reconstruir o Brasil, não há clima de festa. Mesmo quando, na Blumenau devastada pela trágica enchente de 1983, se realizou a primeira Oktoberfest, a festa era um meio de atrair recursos para a reconstrução da cidade catarinense. Imagine uma cirurgia cujo paciente é um doente em estado terminal. A equipe de cirurgiões não iria fazer clima de festa, ainda mais antes de realizar a operação. Mas o que se vê no Brasil é uma situação muito bizarra, que não dá para ser entendida na forma fácil e simplória das narrativas dominantes nas redes sociais. Tudo é festa neste lulismo espetaculoso que vemos. Durante evento ocorrido ontem, na sede da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, Lula, já longe do antigo líder sindical de outros tempos, mais parecia um showm

VIRALATISMO MUSICAL BRASILEIRO

  "DIZ QUE É VERDADE, QUE TEM SAUDADE .." O viralatismo cultural brasileiro não se limita ao bolsonarismo e ao lavajatismo. As guerras culturais não se limitam às propagandas ditatoriais ou de movimentos fascistas. Pensar o viralatismo cultural, ou culturalismo vira-lata, dessa maneira é ver a realidade de maneira limitada, simplista e com antolhos. O que não foi a campanha do suposto "combate ao preconceito", da "santíssima trindade" pró-brega Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna senão a guerra cultural contra a emancipação real do povo pobre? Sanches, o homem da Folha de São Paulo, invadindo a imprensa de esquerda para dizer que a pobreza é "linda" e que a precarização cultural é o máximo". Viralatismo cultural não é só Bolsonaro, Moro, Trump. É"médium de peruca", é Michael Sullivan, é o É O Tchan, é achar que "Evidências" com Chitãozinho e Xororó é um clássico, é subcelebridade se pavoneando

FOMOS TAPEADOS!!!!

Durante cerca de duas décadas, fomos bombardeados pelo discurso do tal "combate ao preconceito", cujo repertório intelectual já foi separado no volume Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , para o pessoal conhecer pagando menos pelo livro. Essa retórica chorosa, que alternava entre o vitimismo e a arrogância de uma elite de intelectuais "bacanas", criou uma narrativa em que os fenômenos popularescos, em boa parte montados pela ditadura militar, eram a "verdadeira cultura popular". Vieram declarações de profunda falsidade, mas com um apelo de convencimento perigosamente eficaz: termos como "MPB com P maiúsculo", "cultura das periferias", "expressão cultural do povo pobre", "expressão da dor e dos desejos da população pobre", "a cultura popular sem corantes ou aromatizantes" vieram para convencer a opinião pública de que o caminho da cultura popular era através da bregalização, partindo d

ALEGRIA TÓXICA DO É O TCHAN É CONSTRANGEDORA

O saudoso Arnaldo Jabor, cineasta, jornalista e um dos fundadores do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC - UNE), era um dos críticos da deterioração da cultura popular nos últimos tempos. Ele acompanhava a lucidez de tanta gente, como Ruy Castro e o também saudoso Mauro Dias que falava do "massacre cultural" da música popularesca. Grandes tempos e últimos em que se destacava um pensamento crítico que, infelizmente, foi deixado para trás por uma geração de intelectuais tucanos que, usando a desculpa do "combate ao preconceito" para defender a deterioração da cultura popular.  O pretenso motivo era promover um "reconhecimento de grande valor" dos sucessos popularescos, com todo aquele papo furado de representar o "espírito de uma época" e "expressar desejos, hábitos e crenças de um povo". Para defender a música popularesca, no fundo visando interesses empresariais e políticos em jogo, vale até apelar para a fal

PUBLICADO 'ESSA ELITE SEM PRECONCEITOS (MAS MUITO PRECONCEITUOSA)'

Está disponível na Amazon o livro Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , uma espécie de "versão de bolso" do livro Esses Intelectuais Pertinentes... , na verdade quase isso. Sem substituir o livro de cerca  de 300 páginas e análises aprofundadas sobre a cultura popularesca e outros problemas envolvendo a cultura do povo pobre, este livro reúne os capítulos dedicados à intelectualidade pró-brega e textos escritos após o fechamento deste livro. Portanto, os dois livros têm suas importâncias específicas, um não substitui o outro, podendo um deles ser uma opção de menor custo, por ter 134 páginas, que é o caso da obra aqui divulgada. É uma forma do público conhecer os intelectuais que se engajaram na degradação cultural brasileira, com um etnocentrismo mal disfarçado de intelectuais burgueses que se proclamavam "desprovidos de qualquer tipo de preconceito". Por trás dessa visão "sem preconceitos", sempre houve na verdade preconceitos de cl

LULA, O MAIOR PELEGO BRASILEIRO

  POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, LULA DE 2022 ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE FERNANDO COLLOR O QUE DO LULA DE 1989. A recente notícia de que o governo Lula decidiu cortar verbas para bolsas de estudo, educação básica e Farmácia Popular faz lembrar o governo Collor em 1991, que estava cortando salários e ameaçando privatizar universidades públicas. Lula, que permitiu privatização de estradas no Paraná, virou um grande pelego político. O Lula de 2022 está mais próximo do Fernando Collor de 1989 do que o próprio Lula naquela época. O Lula de hoje é espetaculoso, demagógico, midiático, marqueteiro e agrada com mais facilidade as elites do poder econômico. Sem falar que o atual presidente brasileiro está mais próximo de um político neoliberal do que um líder realmente popular. Eu estava conversando com um corretor colega de equipe, no meu recém-encerrado estágio de corretagem. Ele é bolsonarista, posição que não compartilho, vale lembrar. Ele havia sido petista na juventude, mas quando decidiu votar em Lul

MAIS DECEPÇÃO DO GOVERNO LULA

Governo Lula continua decepcionando. Três casos mostram isso e se tratam de fatos, não mentiras plantadas por bolsonaristas ou lavajatistas. E algo bastante vergonhoso, porque se trata de frustrações dos movimentos sociais com a indiferença do Governo Federal às suas necessidades e reivindicações. Além de ter havido um quarto caso, o dos protestos de professores contra os cortes de verbas para a Educação, descrito aqui em postagem anterior, o governo Lula enfrenta protestos dos movimentos indígenas, da comunidade científica e dos trabalhadores sem terra, lembrando que o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) já manifestou insatisfação com o governo e afirmou que iria protestar contra ele. O presidente Lula, ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, assinou, no último dia 18, a demarcação de apenas duas terras para se destinarem a ser reservas indígenas, quando era prometido um total de seis. Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT) foram beneficiadas pelo document

O ETARISTA E NADA DEMOCRÁTICO MERCADO DE TRABALHO

É RUIM O MERCADO DISCRIMINAR POR ETARISMO, AINDA MAIS QUANDO O BRASIL HOJE É GOVERNADO POR UM IDOSO. O mercado de trabalho, vamos combinar, é marcado pela estupidez, como se vê na equação maluca de combinar pouca idade e longa experiência, quando se exige experiência comprovada em carteira assinada até para coisas simples como fazer cafezinho. O drama também ocorre quando recrutadores de "oficinas de ideias" não conseguem discernir reportagem de stand up comedy  e contratam comediantes para cargos de Comunicação, enganados pelas lorotas contadas por esses humoristas sobre uma hipotética carreira jornalística, longa demais para suas idades e produtiva demais para permitir uma carreira paralela ou simultânea a gente que, com carreira na comédia, precisa criar e ensaiar esquetes de piadas. Também vemos, nos concursos públicos, questões truncadas e prolixas - que, muitas vezes mal elaboradas, nem as bancas organizadoras conseguem entender - , em provas com gabaritos com margem de