PEDRO ALEXANDRE SANCHES, O ALUNO-MODELO DE OTÁVIO FRIAS FILHO, E GUSTAVO ALONSO, QUE SENTE SAUDADES DO "MILAGRE BRASILEIRO".
Evidentemente, muita gente anda desprevenida no país. Vulnerável às mesmas armadilhas que, em outros tempos, seriam facilmente identificáveis, vide por exemplo o projeto Jornalismo das Américas do Centro Knight que não passa de uma reedição do mesmo projeto "interamericano" comandado pela CIA e pelo Departamento de Estado dos EUA.
Essa armadilha não só foi ignorada que houve um conhecido blogueiro de esquerda que achou que a cidade de Austin, no Texas, na verdade um Estado bastante conservador dos EUA, reduto do Partido Republicano, era um "pólo de esquerdismo" só por causa do famigerado projeto de "imprensa democrática" movido pelo ex-Veja Rosenthal Calmon Alves.
Atualmente, temos uma intelectualidade cultural que tenta sabotar os debates sobre cultura popular e defender a visão dos "coronéis" e chefões do mercado midiático. Tentam renegar seu vínculo com os barões da mídia, até fazem falsos ataques a direitistas da moda, mas no fundo são colaboradores free lancer - vulgo "frilas" - do mais ferrenho poderio midiático.
E aí vejo Pedro Alexandre Sanches em seus textos. Nos últimos anos, o bom aluno de Otávio Frias Filho estava defendendo a bregalização cultural dentro da gororobização da música brasileira, misturando tropicalistas e pós-tropicalistas menos conhecidos com o que havia liderado as paradas de sucesso no passado e no presente.
Por pesquisas próprias e análise de argumentos, e não por "não ir com a cara do cara", como se poderia dizer, eu percebi que as ideias de Sanches se casavam com as do historiador estadunidense Francis Fukuyama, aquele do "fim da História". Para Sanches, a ideia é decretar o fim da MPB e transformar a música brasileira num grande McDonalds instalado na entrada de uma favela.
Num país marcado pelo provincianismo e pela desinformação, pelo "jeitinho brasileiro" e pela "memória curta", Sanches e seus amiguinhos - como Eduardo Nunomura e um Gustavo Alonso saudoso da Era Médici, embora tenha nascido bem depois - se impõem como "intelectuais de esquerda" num país sem tradição de esquerdismo, pois o que se tem aí é só rascunho.
Lá fora, intelectuais não medem palavras para contestar a imbecilização das classes populares, a supremacia de subcelebridades e o quase monopólio da mediocrização cultural, sem medir escrúpulos de derrubar listas de paradas de sucesso.
Mas aqui, intelectuais se dizem "de esquerda" defendendo valores próprios do mais histérico neoliberalismo e, recentemente, Pedro Sanches, Gustavo Alonso, Eduardo Nunomura e outros estavam discutindo por que há tanta rejeição à "música sertaneja".
Eles estão tristinhos por que a música coronelista que trata o público que nem gado não é levada a sério. Ficam tentando convencer os esquerdistas de que o latifúndio musical do "sertanejo", patrocinado por grandes proprietários de terras e políticos associados, tem o seu valor no "libertário folclore" transbrasileiro.
Eles vivem no seu planeta pseudo-esquerdista se esquecendo que até Zezé di Camargo & Luciano - que a intelligentzia acreditava terem sido "neozapatistas" culturais - viraram tucanos, num contexto em que a Joelma Calypso teve surtos homofóbicos e MC Guimê aparecia feliz da vida na capa da ultrarreacionária Veja.
Ou talvez esses caras se autoproclamem "esquerdistas" por uma simples libido juvenil. Mas foi dessa maneira que nasceram os Olavo de Carvalho de amanhã. Esse é o medo. Enquanto têm a esperança de ver as classes populares transformadas em domesticados consumistas, Pedro Alexandre Sanches posa de "esquerdista" tranquilamente. Quando a ilusão acabar, nascerá o direitista de amanhã.
Evidentemente, muita gente anda desprevenida no país. Vulnerável às mesmas armadilhas que, em outros tempos, seriam facilmente identificáveis, vide por exemplo o projeto Jornalismo das Américas do Centro Knight que não passa de uma reedição do mesmo projeto "interamericano" comandado pela CIA e pelo Departamento de Estado dos EUA.
Essa armadilha não só foi ignorada que houve um conhecido blogueiro de esquerda que achou que a cidade de Austin, no Texas, na verdade um Estado bastante conservador dos EUA, reduto do Partido Republicano, era um "pólo de esquerdismo" só por causa do famigerado projeto de "imprensa democrática" movido pelo ex-Veja Rosenthal Calmon Alves.
Atualmente, temos uma intelectualidade cultural que tenta sabotar os debates sobre cultura popular e defender a visão dos "coronéis" e chefões do mercado midiático. Tentam renegar seu vínculo com os barões da mídia, até fazem falsos ataques a direitistas da moda, mas no fundo são colaboradores free lancer - vulgo "frilas" - do mais ferrenho poderio midiático.
E aí vejo Pedro Alexandre Sanches em seus textos. Nos últimos anos, o bom aluno de Otávio Frias Filho estava defendendo a bregalização cultural dentro da gororobização da música brasileira, misturando tropicalistas e pós-tropicalistas menos conhecidos com o que havia liderado as paradas de sucesso no passado e no presente.
Por pesquisas próprias e análise de argumentos, e não por "não ir com a cara do cara", como se poderia dizer, eu percebi que as ideias de Sanches se casavam com as do historiador estadunidense Francis Fukuyama, aquele do "fim da História". Para Sanches, a ideia é decretar o fim da MPB e transformar a música brasileira num grande McDonalds instalado na entrada de uma favela.
Num país marcado pelo provincianismo e pela desinformação, pelo "jeitinho brasileiro" e pela "memória curta", Sanches e seus amiguinhos - como Eduardo Nunomura e um Gustavo Alonso saudoso da Era Médici, embora tenha nascido bem depois - se impõem como "intelectuais de esquerda" num país sem tradição de esquerdismo, pois o que se tem aí é só rascunho.
Lá fora, intelectuais não medem palavras para contestar a imbecilização das classes populares, a supremacia de subcelebridades e o quase monopólio da mediocrização cultural, sem medir escrúpulos de derrubar listas de paradas de sucesso.
Mas aqui, intelectuais se dizem "de esquerda" defendendo valores próprios do mais histérico neoliberalismo e, recentemente, Pedro Sanches, Gustavo Alonso, Eduardo Nunomura e outros estavam discutindo por que há tanta rejeição à "música sertaneja".
Eles estão tristinhos por que a música coronelista que trata o público que nem gado não é levada a sério. Ficam tentando convencer os esquerdistas de que o latifúndio musical do "sertanejo", patrocinado por grandes proprietários de terras e políticos associados, tem o seu valor no "libertário folclore" transbrasileiro.
Eles vivem no seu planeta pseudo-esquerdista se esquecendo que até Zezé di Camargo & Luciano - que a intelligentzia acreditava terem sido "neozapatistas" culturais - viraram tucanos, num contexto em que a Joelma Calypso teve surtos homofóbicos e MC Guimê aparecia feliz da vida na capa da ultrarreacionária Veja.
Ou talvez esses caras se autoproclamem "esquerdistas" por uma simples libido juvenil. Mas foi dessa maneira que nasceram os Olavo de Carvalho de amanhã. Esse é o medo. Enquanto têm a esperança de ver as classes populares transformadas em domesticados consumistas, Pedro Alexandre Sanches posa de "esquerdista" tranquilamente. Quando a ilusão acabar, nascerá o direitista de amanhã.
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