O PM REFORMADO, RONNIE LESSA, E O ARSENAL DE ARMAS ATRIBUÍDO A ELE E APREENDIDO NO MÉIER.
Existe pistolagem no Rio de Janeiro e ela é representada, sobretudo, pelas milícias.
Dois ex-policiais foram presos acusados de participação no atentado que matou a vereadora Marielle Franco e o motorista, Anderson Gomes, no bairro do Estácio, Rio de Janeiro, há cerca de um ano.
Os criminosos são o motorista de um dos carros usados no atentado, Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, e o atirador de Marielle e Anderson, Ronnie Lessa de 48 anos.
Élcio foi expulso da Polícia Militar em 2016, acusado de fazer segurança ilegal para uma casa de jogos de azar no Rio de Janeiro.
Mas Ronnie é o que mais chama a atenção. Policial aposentado por invalidez, ele é dono de uma academia de ginástica no Rio das Pedras, bairro controlado por milicianos e que fica no entorno da Estrada Velha de Jacarepaguá.
A aposentadoria se deu porque Lessa, em 2009, foi ferido em um atentado a bomba em Rocha Miranda, na capital fluminense, em virtude de uma disputa entre facções criminosas.
Em 1998, Lessa recebeu homenagem na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), por "bons serviços prestados como policial militar", e tal moção foi solicitada pelo então deputado estadual Pedro Fernandes, já falecido.
Pedro era avô de Pedro Fernandes Neto, hoje secretário de Educação do governador fluminense Wilson Witzel.
O que chama a atenção, no entanto, é que Lessa foi detido no condomínio Vivendas, na Barra da Tijuca, próximo da residência do presidente Jair Bolsonaro, numa mesma rua.
Aparentemente não há, pelo menos segundo dados oficiais, relações entre Lessa e Bolsonaro, mas existe um dado suspeito que pode render investigação.
A filha de Lessa teria namorado um dos filhos mais novos de Jair, e este fato foi comprovado, mas as investigações podem vir para verificar se os respectivos pais tiveram alguma relação de amizade.
A confirmação se deu pelo delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Ginilton Lages, em conversa gravada por um repórter não identificado.
Embora o nome do filho de Bolsonaro não fosse mencionado no diálogo, ele corresponde a Jair Renan Bolsonaro, de 20 anos.
A grande suspeita da amizade entre os dois é reforçada pela academia de ginástica em Rio das Pedras acima citada.
Afinal, Rio das Pedras é reduto de milicianos que serviu de esconderijo do ex-policial Fabrício Queiroz, amigo da família Bolsonaro e envolvido em movimentações financeiras atípicas que favoreceram, entre outros, Flávio Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O chefe das milícias de Rio das Pedras é o ex-capitão do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais, grupo de elite da Polícia Militar fluminense) Adriano Nóbrega, ainda foragido.
Ronnie Lessa atuou no BOPE com Adriano e não teria um negócio instalado em Rio das Pedras se não fosse por autorização do antigo parceiro.
Para completar essa teia, o governador Witzel disse que Lessa e Élcio podem vir a fazer delação premiada, o que complicará mais as coisas no Rio de Janeiro.
E diante dos 363 dias de vida mansa de Ronnie Lessa, ele continuará tendo direito à aposentadoria, que é paga no valor bruto de quase R$ 8.200.
Isso significa que, por ano (12 meses mais o 13º salário), Lessa recebe atualmente um valor próximo a R$ 106.500.
Em tempos de reforma da Previdência, que pauperizará ainda mais os trabalhadores, transformando a aposentadoria (se houver) em micharia, é uma bolada e tanto.
E muita coisa ainda vai ser revelada no caso Marielle Franco, com a prisão de dois fortes acusados no envolvimento no atentado que abalou todo o Brasil.
E tudo isso ocorrendo dentro de um Rio de Janeiro que antes era sinônimo de modernidade e que, sucumbindo a um provincianismo doentio, virou reduto da pistolagem contemporânea das milícias.
Existe pistolagem no Rio de Janeiro e ela é representada, sobretudo, pelas milícias.
Dois ex-policiais foram presos acusados de participação no atentado que matou a vereadora Marielle Franco e o motorista, Anderson Gomes, no bairro do Estácio, Rio de Janeiro, há cerca de um ano.
Os criminosos são o motorista de um dos carros usados no atentado, Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, e o atirador de Marielle e Anderson, Ronnie Lessa de 48 anos.
Élcio foi expulso da Polícia Militar em 2016, acusado de fazer segurança ilegal para uma casa de jogos de azar no Rio de Janeiro.
Mas Ronnie é o que mais chama a atenção. Policial aposentado por invalidez, ele é dono de uma academia de ginástica no Rio das Pedras, bairro controlado por milicianos e que fica no entorno da Estrada Velha de Jacarepaguá.
A aposentadoria se deu porque Lessa, em 2009, foi ferido em um atentado a bomba em Rocha Miranda, na capital fluminense, em virtude de uma disputa entre facções criminosas.
Em 1998, Lessa recebeu homenagem na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), por "bons serviços prestados como policial militar", e tal moção foi solicitada pelo então deputado estadual Pedro Fernandes, já falecido.
Pedro era avô de Pedro Fernandes Neto, hoje secretário de Educação do governador fluminense Wilson Witzel.
O que chama a atenção, no entanto, é que Lessa foi detido no condomínio Vivendas, na Barra da Tijuca, próximo da residência do presidente Jair Bolsonaro, numa mesma rua.
Aparentemente não há, pelo menos segundo dados oficiais, relações entre Lessa e Bolsonaro, mas existe um dado suspeito que pode render investigação.
A filha de Lessa teria namorado um dos filhos mais novos de Jair, e este fato foi comprovado, mas as investigações podem vir para verificar se os respectivos pais tiveram alguma relação de amizade.
A confirmação se deu pelo delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Ginilton Lages, em conversa gravada por um repórter não identificado.
Embora o nome do filho de Bolsonaro não fosse mencionado no diálogo, ele corresponde a Jair Renan Bolsonaro, de 20 anos.
A grande suspeita da amizade entre os dois é reforçada pela academia de ginástica em Rio das Pedras acima citada.
Afinal, Rio das Pedras é reduto de milicianos que serviu de esconderijo do ex-policial Fabrício Queiroz, amigo da família Bolsonaro e envolvido em movimentações financeiras atípicas que favoreceram, entre outros, Flávio Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O chefe das milícias de Rio das Pedras é o ex-capitão do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais, grupo de elite da Polícia Militar fluminense) Adriano Nóbrega, ainda foragido.
Ronnie Lessa atuou no BOPE com Adriano e não teria um negócio instalado em Rio das Pedras se não fosse por autorização do antigo parceiro.
Para completar essa teia, o governador Witzel disse que Lessa e Élcio podem vir a fazer delação premiada, o que complicará mais as coisas no Rio de Janeiro.
E diante dos 363 dias de vida mansa de Ronnie Lessa, ele continuará tendo direito à aposentadoria, que é paga no valor bruto de quase R$ 8.200.
Isso significa que, por ano (12 meses mais o 13º salário), Lessa recebe atualmente um valor próximo a R$ 106.500.
Em tempos de reforma da Previdência, que pauperizará ainda mais os trabalhadores, transformando a aposentadoria (se houver) em micharia, é uma bolada e tanto.
E muita coisa ainda vai ser revelada no caso Marielle Franco, com a prisão de dois fortes acusados no envolvimento no atentado que abalou todo o Brasil.
E tudo isso ocorrendo dentro de um Rio de Janeiro que antes era sinônimo de modernidade e que, sucumbindo a um provincianismo doentio, virou reduto da pistolagem contemporânea das milícias.
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