Vivemos uma crise sem precedentes no Brasil.
Eu faço hoje 48 anos e nunca imaginei encarar um cenário tão vergonhoso hoje.
No país em que sociopatas acham que podem fazer o que querem, só porque estão em casa diante do computador ou celular e podem ofender quem quer que seja, seu "mito" anda cometendo gafes.
A visita de Jair Bolsonaro - o qual me recuso a compartilhar o aniversário - aos EUA é, na melhor das hipóteses, VERGONHOSA.
A mídia empresarial tenta minimizar as coisas.
Tenta fazer crer que a visita foi benéfica para o Brasil, seja em aspectos econômicos ou geopolíticos.
Grande engano. Até a proposta de incluir o Brasil nas organizações OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e OTAN (Organização Tratado do Atlântico Norte) estão longe do que deveria ser.
Afinal, o Brasil só entrará nessas organizações, através de Bolsonaro, como um vassalo dos EUA.
Vivemos um contexto de banalização do erro e abusos do hedonismo juvenil e adulto.
Depois do sonho populista do hedonismo da bregalização, do silicone, da tatuagem e da curtição, se tem o pesadelo trazido pelos sociopatas, eles também hedonistas à sua maneira.
Eles acham que podem fazer o que querem, e aí eles ofendem e agridem os outros, fazem represálias, criam blogues de ofensas, fazem campanhas difamatórias usando os amigos e seguidores como "efeito manada" (adesão induzida).
E ainda elegemum sujeito como Jair Bolsonaro.
Só que essas pessoas também pagam a conta por esse recreio abusivo. O agressor da Internet, que se acha triunfante em tudo, depois acaba sendo o desgraçado, a "vidraça" que se desentende até com aqueles que lhe foram seus aliados mais fiéis.
Quem planta vento, colhe tempestade, e no caso do cenário político, grande lições podem ser colhidas.
Afinal, o governo Jair Bolsonaro é um desastre. Nada de positivo foi implantado pelo governo, que nem de longe criou aquele clima de esperança que mesmo os piores governos parecem inspirar quando se iniciam.
O governo virou uma versão amalucada do governo Michel Temer, e, como o macrocosmo do microcosmo, o "mito" vive como um sociopata político.
No último Carnaval, Bolsonaro foi saudado por dois palavrões, um adjetivo (c******) e um pedido ("vai tomar no..."), algo que os sociopatas acabam recebendo um dia.
O sociopata, em primeiro momento, age com agressões aos outros fazendo um ar triunfante de quem acha que ele hoje vai ofender sua vítima e, no dia seguinte, vai receber o Nobel da Paz.
Não. O sociopata é surpreendido por bombardeios de críticas, sobretudo de parceiros nas redes sociais que se sentiram traídos por diversos motivos.
Afinal, existe o "dia seguinte" e aquela campanha difamatória com efeito manada, em que o agressor consegue juntar para si aqueles que o seguem ou lhe são colegas em comunidades nas redes sociais, dificilmente o fará o sujeito mais popular do pedaço.
Afinal, depois daquela difamação bem sucedida, o líder das difamações depois discute com seus "braços-direitos", acaba sendo traído, discute vantagens e privilégios e ainda leva bronca de quem foi enganado.
Tem muita gente que não é necessariamente agressora, mas que embarca numa campanha de valentonismo por pensar que o agressor é apenas "um rapaz divertido e engraçado".
Depois, a pessoa que pegou carona nas ofensas, por boa-fé (ingenuidade), sofre as consequências, é cobrada dos amigos sobre por que decidiu participar das agressões morais, e sente um grande peso na consciência por isso.
Há uma ilusão por parte dos valentões, sejam digitais, políticos, midiáticos etc, de que podem falar besteira ou agredir os outros e ainda se darem bem com isso.
Não. Há muito agressor digital que perde um dia inteiro apagando as mensagens ofensivas que publicou, e em certos casos implora para um ex-amigo e outrora colega de ofensas a outrem para apagar as mensagens ofensivas.
"Não dá, não. Não vou apagar. Guardei e já gravei em CD. Manterei comigo mesmo. Se apelar, publico tudo de vez", dirá o "braço-direito" do valentão.
"Peraí, cara! A gente brigou feio, é verdade! Mas cara, aquele blogue que eu fiz contra aquele outro eu apaguei, dizem que tem cópia até na Polícia Federal, p****!", dirá o valentão traído.
"Pois é, você quis agredir. Ficou agredindo, dando réplica, tréplica etc, achando que era o rei e aí você brigou comigo porque eu lhe pedi uma vantagem e você não me deu", responderá o outro.
Há mil surpresas e os valentões digitais também recebem bombardeios de agressões e críticas.
No governo Jair Bolsonaro, os retrocessos sociais levados às últimas consequências não conseguem manter o presidente, seus filhos e aliados em consciência tranquila.
Ver que os pitboys Carlos, Eduardo e Flávio, que pareciam ameaçadores, são ridicularizados pela opinião pública e chamados de "bolsomínions" para baixo, é sinal de que valentia demais traz problema.
É certo que o Brasil está numa situação deplorável, um país grande que se tornou mesquinho e medíocre, que se deixou jogar no abismo.
Mas também aqueles que se achavam triunfantes nas agressões digitais e na defesa fervorosa do pior para o Brasil e os brasileiros estão agora apanhando nas redes sociais.
Aos poucos, pessoas que entravam nas redes sociais para ofender os outros e organizar campanhas coletivas de valentonismo digital agora estão com medo.
Afinal, chega sempre o dia em que esses truculentos entram nas redes sociais para ler mensagens furiosas contra eles, agora assustados com a reviravolta de suas valentias.
E isso quando Jair Bolsonaro começa a ter uma queda livre de popularidade. Que presente de aniversário ele recebe, que é a sua decadência política, depois de fazer o papel de baba-ovo de Donald Trump.
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