JAIR BOLSONARO E DAMARES ALVES ERRAM ADOIDADO, E PAULO GUEDES VAI PLANEJANDO A VENDA DE NOSSAS EMPRESAS PARA O EXTERIOR.
A coleção de escândalos do governo Jair Bolsonaro revela o lado ruim da banalização do erro.
Anteontem, Jair Bolsonaro, sob o pretexto de criticar o Carnaval, publicou um vídeo de baixarias pornográficas.
Ontem, o presidente fez um discurso rápido (especialidade dele) no 211º Aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro.
Eis o que disse o "mito":
"A segunda missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia e a liberdade. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer” (sic).
Em uma só declaração, ele cometeu dois erros. Um, de português, se referindo a Forças Armadas no singular, dentro daquele terrível modo de falar do ex-capitão.
Outro, é bem mais grave: o de dizer que democracia e a liberdade só existirão se for da vontade das Forças Armadas.
Isso é sério. É ameaça de golpe, sugerida por palavras sutis. Uma declaração dessas é perigosa.
O vice-presidente e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, os generais Antônio Hamilton Mourão e Augusto Heleno, disseram que a declaração do presidente "foi mal interpretada".
Mas a declaração é ambígua. E nenhum democrata de verdade diria isso. Um democrata diria que o compromisso das Forças Armadas seria proteger a democracia, e não o contrário.
O governo Bolsonaro foi uma sucessão de desastres e nenhum acerto foi feito até agora.
Sua figura e a de seus ministros, entre eles a da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves, são marcadas por inúmeros desastres.
A banalização do erro é tanta que, infelizmente, errar virou "receita de sucesso".
Até um conhecido "médium de peruca", pioneiro da literatura fake que virou pretenso símbolo de "dedicação ao próximo" (nos mesmos moldes de Luciano Huck, hoje), passou também a ser consagrado "no limite de suas imperfeições".
O Brasil virou um picadeiro para pessoas arrivistas viverem seus quinze minutos de fama cometendo erros que variam de gafes a homicídios, passando por esquemas de desvio de dinheiro público e valentonismo (bullying).
Depois de tamanha farra, as pessoas, sem se arrepender de verdade - elas só "assumem seus erros" como desculpa para não perder vantagens e privilégios conquistados - , vão depois bancar as "certinhas", dentro daquele prisma de "imperfeição humana".
Enquanto pessoas erradas e encrenqueiras viram ídolos e efeitos manada seguem valentões a humilhar os outros na Internet, a sociedade brasileira de repente passou a sentir vergonha de pessoas corretas.
O ex-presidente Lula está preso e o saudoso pedagogo Paulo Freire é tratado por uma parcela de brasileiros como "vergonha para o Brasil", só porque ajudava adultos a aprender não só a ler e escrever, mas a pensar criticamente a vida.
Enquanto isso, há criminosos que viram youtubers e se tornam subcelebridades "lacradoras" de redes sociais.
A banalização do erro criou até uma espécie, o QUENUNCA.
Não é ainda uma denominação oficial, mas o nome "quenunca" ainda vai repercutir, e muito.
O termo se baseia naquele clichê surrado: "Quem nunca erra?".
É aquela visão preconceituosa que mede a simplicidade de uma pessoa pela grande quantidade de erros cometidos, às vezes pela qualidade dos mesmos, ou seja, a sua gravidade.
Ou seja, ser "gente como a gente" é o mesmo do que ter um mínimo considerável de sordidez humana.
Ou, na melhor das hipóteses, bancar o estúpido de uma forma ou de outra.
Daí que a ideia do pseudo-nerd pegou no Brasil, de tal forma que os verdadeiros nerds não se consideram mais nerds.
Nerd não é mais aquele excluído social de personalidade estranha, mas o viciado em Internet que, frequentemente, está mais para os valentões que espancavam os nerds do passado.
O valentão se comporta como um débil mental e se acha o "maior nerd". Triste isso.
Mas a verdade é que, independente de serem valentões ou não, os quenuncas são uma grande praga.
Muitos quenuncas são aqueles que apoiaram a atriz Letícia Sabatella quando ela se embriagou em uma noite, mas a abandonaram quando ela assumiu causa progressista, a ponto de vários deles a xingarem quando ela esteve em Curitiba, certa vez.
Os quenuncas serão a bola da vez e o termo repercutirá, com certeza. Até para denunciarmos a banalização do erro que anda fazendo a vaidade idiotizada de muita gente.
E o governo Jair Bolsonaro é o que mais representa os quenuncas e seu universo rasteiro de gafes, atrocidades, humilhações contra outrem etc.
Através dos quenuncas, errar deixou de ser humano. Errar passou a ser "animal".
A coleção de escândalos do governo Jair Bolsonaro revela o lado ruim da banalização do erro.
Anteontem, Jair Bolsonaro, sob o pretexto de criticar o Carnaval, publicou um vídeo de baixarias pornográficas.
Ontem, o presidente fez um discurso rápido (especialidade dele) no 211º Aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro.
Eis o que disse o "mito":
"A segunda missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia e a liberdade. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer” (sic).
Em uma só declaração, ele cometeu dois erros. Um, de português, se referindo a Forças Armadas no singular, dentro daquele terrível modo de falar do ex-capitão.
Outro, é bem mais grave: o de dizer que democracia e a liberdade só existirão se for da vontade das Forças Armadas.
Isso é sério. É ameaça de golpe, sugerida por palavras sutis. Uma declaração dessas é perigosa.
O vice-presidente e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, os generais Antônio Hamilton Mourão e Augusto Heleno, disseram que a declaração do presidente "foi mal interpretada".
Mas a declaração é ambígua. E nenhum democrata de verdade diria isso. Um democrata diria que o compromisso das Forças Armadas seria proteger a democracia, e não o contrário.
O governo Bolsonaro foi uma sucessão de desastres e nenhum acerto foi feito até agora.
Sua figura e a de seus ministros, entre eles a da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves, são marcadas por inúmeros desastres.
A banalização do erro é tanta que, infelizmente, errar virou "receita de sucesso".
Até um conhecido "médium de peruca", pioneiro da literatura fake que virou pretenso símbolo de "dedicação ao próximo" (nos mesmos moldes de Luciano Huck, hoje), passou também a ser consagrado "no limite de suas imperfeições".
O Brasil virou um picadeiro para pessoas arrivistas viverem seus quinze minutos de fama cometendo erros que variam de gafes a homicídios, passando por esquemas de desvio de dinheiro público e valentonismo (bullying).
Depois de tamanha farra, as pessoas, sem se arrepender de verdade - elas só "assumem seus erros" como desculpa para não perder vantagens e privilégios conquistados - , vão depois bancar as "certinhas", dentro daquele prisma de "imperfeição humana".
Enquanto pessoas erradas e encrenqueiras viram ídolos e efeitos manada seguem valentões a humilhar os outros na Internet, a sociedade brasileira de repente passou a sentir vergonha de pessoas corretas.
O ex-presidente Lula está preso e o saudoso pedagogo Paulo Freire é tratado por uma parcela de brasileiros como "vergonha para o Brasil", só porque ajudava adultos a aprender não só a ler e escrever, mas a pensar criticamente a vida.
Enquanto isso, há criminosos que viram youtubers e se tornam subcelebridades "lacradoras" de redes sociais.
A banalização do erro criou até uma espécie, o QUENUNCA.
Não é ainda uma denominação oficial, mas o nome "quenunca" ainda vai repercutir, e muito.
O termo se baseia naquele clichê surrado: "Quem nunca erra?".
É aquela visão preconceituosa que mede a simplicidade de uma pessoa pela grande quantidade de erros cometidos, às vezes pela qualidade dos mesmos, ou seja, a sua gravidade.
Ou seja, ser "gente como a gente" é o mesmo do que ter um mínimo considerável de sordidez humana.
Ou, na melhor das hipóteses, bancar o estúpido de uma forma ou de outra.
Daí que a ideia do pseudo-nerd pegou no Brasil, de tal forma que os verdadeiros nerds não se consideram mais nerds.
Nerd não é mais aquele excluído social de personalidade estranha, mas o viciado em Internet que, frequentemente, está mais para os valentões que espancavam os nerds do passado.
O valentão se comporta como um débil mental e se acha o "maior nerd". Triste isso.
Mas a verdade é que, independente de serem valentões ou não, os quenuncas são uma grande praga.
Muitos quenuncas são aqueles que apoiaram a atriz Letícia Sabatella quando ela se embriagou em uma noite, mas a abandonaram quando ela assumiu causa progressista, a ponto de vários deles a xingarem quando ela esteve em Curitiba, certa vez.
Os quenuncas serão a bola da vez e o termo repercutirá, com certeza. Até para denunciarmos a banalização do erro que anda fazendo a vaidade idiotizada de muita gente.
E o governo Jair Bolsonaro é o que mais representa os quenuncas e seu universo rasteiro de gafes, atrocidades, humilhações contra outrem etc.
Através dos quenuncas, errar deixou de ser humano. Errar passou a ser "animal".
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