Como se não bastasse o desgaste de sua imagem pessoal se agravar nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro ainda cometeu uma grande falta de educação.
Ele cancelou uma reunião com o ministro das Relações Exteriores do governo francês, Jean-Yves Le Drian, porque queria... cortar o cabelo.
O "compromisso" de Jair não chamou a atenção pelo penteado, bastante semelhante com um certo político austríaco de deprimente lembrança. E que aliás teve foto registrada com ele no barbeiro.
Chamou a atenção pelo motivo fútil com que foi cancelado um encontro com autoridade estrangeira.
E não se trata de um "petista" ou "comunista": Jean-Yves é ministro do governo do neoliberal Emmanuel Macron.
Mas mesmo que fosse um encontro político não pode envolver ideologia alguma.
Se o presidente fosse Lula e, digamos, Celso Amorim fosse nosso ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves seria recebido com toda consideração, fosse qual fosse qualquer divergência.
Encontros assim envolvem acordos diversos, e poderiam também reforçar parcerias comerciais.
Bolsonaro teve divergências com Macron e a chanceler alemã Angela Merkel, na reunião do G-20, por causa de questões ambientais relacionadas à Amazônia.
Ver que Macron e Merkel, neoliberais, têm essa preocupação, e o Bolsonaro, que diz ter o Brasil "acima de tudo" como seu lema, não.
A imprensa francesa noticiou a furada de Bolsonaro com o ministro francês, e os comentários, evidentemente, não são bons.
Matéria do UOL deu detalhes sobre a péssima repercussão, o que só piora a imagem negativa que o "mito" tem no exterior.
Por enquanto o governo Bolsonaro ainda está em pé, mas seu perecimento é certo.
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