35 ANOS SEPARAM AS PASSEATAS FASCISTAS PRÓ-LAVA JATO E PRÓ-BOLSONARO (2019) E A CAMPANHA PELAS ELEIÇÕES DIRETAS E REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS (1984).
O "Domingo Sem Lei" da micareta (e do pagamento de mico) fascista foi, sem dúvida, um evento marcado pelo seguinte aspecto.
A adesão, digamos, "popular", foi caindo e até quem compareceu não via a hora de voltar para casa ou fugir, sob a desculpa de que irá almoçar, e almoço aos domingos, para muita gente, é quase um ritual religioso, que concorre com as missas.
Isso porque o baixo astral reinava nos discursos inflamados dos bolsonaristas solidários a Sérgio Moro, alvo de denúncias escandalosas trazidas pelo The Intercept.
Viraram chatos de galocha, porque não faz sentido eles ficarem defendendo figuras tão decadentes como Jair Bolsonaro e Sérgio Moro, que já perdem o apoio até de anti-petistas moderados.
É certo que Bolsonaro e Moro ainda são blindados e, politicamente, o governo do "mito" ainda respira sem aparelhos.
Mas isso também não significa que este governo está em alta.
A vergonha com que Jair Bolsonaro representou, sendo deslocado e reduzido quase a um figurante na reunião do G-20 é notória.
Ainda mais quando o respeitado Glenn Greenwald, longe de ser o "petralha gay" do imaginário reaça que aqui se expressa, é bem melhor ouvido e lido e suas informações repercutem de maneira surpreendente.
Dá até pena ver os reaças da Internet substituindo o Sistema Solar pelo Sistema Umbilical.
Seus umbigos se tornam agora os centros do universo, pouco importa o mundo, pouco importa a realidade, pouco importa a lógica, pouco importa tudo o que não agrada a esses bolsomínions.
Para eles, nem que Jesus venha lhes dizer que estão errados, eles darão ouvidos. Vão chamar Jesus de "traíra petista", dentro daquela conhecida paranoia anti-esquerda que possuem.
Eles estão muito irritados porque a realidade nem sempre é aquela que lhes agrada, e isso os deixa furiosos.
São como crianças mimadas. "A realidade é só aquilo que eu penso e acredito. Se isso não ocorre, então f****!", costumam dizer.
Achar que um juiz pode acumular funções de advogado de acusação, de delegado de província, de tira de Hollywood e policial estereotipado e fazer das leis o que ele quiser, é um grande absurdo.
Mas eles aceitam que Moro rasgue a Constituição Federal e as leis e os princípios do Direito. A desculpa usada é que são "casos excepcionais". O pretexto: tirar o PT do poder.
Só que isso é anti-democrático. Os bolsomínions não têm o direito de falar em favor do povo, em defesa da democracia, porque o que eles defendem é um projeto autoritário.
As marchas pró-Moro já expressam um ódio às instituições e à legalidade, e pedem o fim do Supremo Tribunal Federal, o que é um absurdo.
Como também foi absurdo o desejo de "rebeldes" de pouco tempo atrás de ver extinto o Congresso Nacional.
É claro que existem magistrados e parlamentares que adotam atos extremamente lamentáveis.
Mas não significa que se deseje o fim do Judiciário e do Legislativo. Isso seria o caos, e defender o fim das instituições é promover a desordem.
É por isso que as "minifestações" pró-Moro nunca serão como os movimentos das Diretas Já, ocorridos há 35 anos. Por várias razões.
Primeiro, pelo caráter mesquinho das marchas pró-Moro, pró-Bolsonaro e pró-causa golpista que vier aí.
Segundo, por serem manifestações das elites e sem o verdadeiro caráter popular.
Terceiro, porque são manifestações decadentes, que tendem a perder adesões até porque são movidas pela raiva e por uma catarse inicial que, de rotineira, começa a cansar.
Quarto, porque esses eventos causam péssima repercussão no mundo inteiro e os participantes acabam fazendo papel de idiotas, ainda mais quando agem com arrogância contra o mundo e em favor deles mesmos.
Quinto, porque os reacionários que hoje desfilam orgulhosos defendendo Moro, Bolsonaro e companhia passarão para a posteridade com a pior imagem que deixarão como legado para a História do Brasil.
No calor do momento, é fácil sentir orgulho pelas gafes que comete e reagir com rispidez até contra as mais valiosas advertências.
Mas o tempo é um juiz infinitamente melhor que Sérgio Moro. E ele mostrará o quanto as marchas reacionárias dos últimos tempos serão vistas como eventos vergonhosos e extremamente lamentáveis.
Os reaças que vão às ruas hoje terão, no futuro, vergonha de sair de casa até para ir à padaria ou à farmácia (talvez para comprar remessas de Rivotril).
O "Domingo Sem Lei" da micareta (e do pagamento de mico) fascista foi, sem dúvida, um evento marcado pelo seguinte aspecto.
A adesão, digamos, "popular", foi caindo e até quem compareceu não via a hora de voltar para casa ou fugir, sob a desculpa de que irá almoçar, e almoço aos domingos, para muita gente, é quase um ritual religioso, que concorre com as missas.
Isso porque o baixo astral reinava nos discursos inflamados dos bolsonaristas solidários a Sérgio Moro, alvo de denúncias escandalosas trazidas pelo The Intercept.
Viraram chatos de galocha, porque não faz sentido eles ficarem defendendo figuras tão decadentes como Jair Bolsonaro e Sérgio Moro, que já perdem o apoio até de anti-petistas moderados.
É certo que Bolsonaro e Moro ainda são blindados e, politicamente, o governo do "mito" ainda respira sem aparelhos.
Mas isso também não significa que este governo está em alta.
A vergonha com que Jair Bolsonaro representou, sendo deslocado e reduzido quase a um figurante na reunião do G-20 é notória.
Ainda mais quando o respeitado Glenn Greenwald, longe de ser o "petralha gay" do imaginário reaça que aqui se expressa, é bem melhor ouvido e lido e suas informações repercutem de maneira surpreendente.
Dá até pena ver os reaças da Internet substituindo o Sistema Solar pelo Sistema Umbilical.
Seus umbigos se tornam agora os centros do universo, pouco importa o mundo, pouco importa a realidade, pouco importa a lógica, pouco importa tudo o que não agrada a esses bolsomínions.
Para eles, nem que Jesus venha lhes dizer que estão errados, eles darão ouvidos. Vão chamar Jesus de "traíra petista", dentro daquela conhecida paranoia anti-esquerda que possuem.
Eles estão muito irritados porque a realidade nem sempre é aquela que lhes agrada, e isso os deixa furiosos.
São como crianças mimadas. "A realidade é só aquilo que eu penso e acredito. Se isso não ocorre, então f****!", costumam dizer.
Achar que um juiz pode acumular funções de advogado de acusação, de delegado de província, de tira de Hollywood e policial estereotipado e fazer das leis o que ele quiser, é um grande absurdo.
Mas eles aceitam que Moro rasgue a Constituição Federal e as leis e os princípios do Direito. A desculpa usada é que são "casos excepcionais". O pretexto: tirar o PT do poder.
Só que isso é anti-democrático. Os bolsomínions não têm o direito de falar em favor do povo, em defesa da democracia, porque o que eles defendem é um projeto autoritário.
As marchas pró-Moro já expressam um ódio às instituições e à legalidade, e pedem o fim do Supremo Tribunal Federal, o que é um absurdo.
Como também foi absurdo o desejo de "rebeldes" de pouco tempo atrás de ver extinto o Congresso Nacional.
É claro que existem magistrados e parlamentares que adotam atos extremamente lamentáveis.
Mas não significa que se deseje o fim do Judiciário e do Legislativo. Isso seria o caos, e defender o fim das instituições é promover a desordem.
É por isso que as "minifestações" pró-Moro nunca serão como os movimentos das Diretas Já, ocorridos há 35 anos. Por várias razões.
Primeiro, pelo caráter mesquinho das marchas pró-Moro, pró-Bolsonaro e pró-causa golpista que vier aí.
Segundo, por serem manifestações das elites e sem o verdadeiro caráter popular.
Terceiro, porque são manifestações decadentes, que tendem a perder adesões até porque são movidas pela raiva e por uma catarse inicial que, de rotineira, começa a cansar.
Quarto, porque esses eventos causam péssima repercussão no mundo inteiro e os participantes acabam fazendo papel de idiotas, ainda mais quando agem com arrogância contra o mundo e em favor deles mesmos.
Quinto, porque os reacionários que hoje desfilam orgulhosos defendendo Moro, Bolsonaro e companhia passarão para a posteridade com a pior imagem que deixarão como legado para a História do Brasil.
No calor do momento, é fácil sentir orgulho pelas gafes que comete e reagir com rispidez até contra as mais valiosas advertências.
Mas o tempo é um juiz infinitamente melhor que Sérgio Moro. E ele mostrará o quanto as marchas reacionárias dos últimos tempos serão vistas como eventos vergonhosos e extremamente lamentáveis.
Os reaças que vão às ruas hoje terão, no futuro, vergonha de sair de casa até para ir à padaria ou à farmácia (talvez para comprar remessas de Rivotril).
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