DOMINGÃO DO FAUSTÃO - Fausto Silva recebendo o grupo É O Tchan, cuja linguagem "do povão" o apresentador pediu para a força-tarefa da Operação Lava Jato se adequar.
Fausto Silva confirmou que entrou em contato com Sérgio Moro.
O apresentador também confirmou o teor da conversa, elogiando a atuação pessoal de Moro, o desempenho da Operação Lava Jato e pedindo aos procuradores a falarem a "linguagem do povão".
Fausto Silva é conhecido pelo perfil popularesco mais ou menos light.
Quando a intelectualidade "bacana" atuou na campanha da bregalização, através da falácia do "combate ao preconceito" de 2005, Tati Quebra-Barraco, um dos carros-chefes, não aparecia no Domingão do Faustão.
Ela era um nome mais trash para o contexto do programa. Mas Tati era blindada pelo resto da mídia venal, mesmo a Folha de São Paulo do auge da gestão Otávio Frias Filho.
Não que o Domingão do Faustão fosse um primor de sofisticação do brega, à maneira do kitsch descrito nos livros de Umberto Eco.
Mas é porque em 2005 o programa tentava soar mais "família", e o programa já foi visado por baixarias anteriores, como o "sushi erótico" e o "Latininho".
Todavia, o Domingão do Faustão chegou a promover o concurso da "nova loura do Tchan".
O É O Tchan é um dos ícones do machismo popularesco, dos mais grotescos. Mas também foi um dos primeiros nomes blindados pela intelectualidade "bacana", através do trabalho "pioneiro" do acadêmico baiano Milton Moura, em 1996.
O Domingão do Faustão é um dos veículos que contribuem para a bregalização do Brasil, dentro do perímetro da chamada mídia hegemônica.
Sabemos que, fora desse perímetro, temos, por exemplo, a atuação de Pedro Alexandre Sanches, o "filho da Folha", nos seus passeios pelas redações da mídia de esquerda.
Essa atuação na mídia esquerdista foi um artifício que intelectuais pró-brega fizeram para tentar calar as vozes opositoras desse processo voraz de comercialismo na música brasileira e na cultura popular em geral.
Era um meio de silenciar quem falasse mal, nas esquerdas, da bregalização cultural, diante da falácia de que questioná-la era "preconceito elitista".
Mas esse assunto já foi descrito em outras oportunidades.
O que se quer saber é até que ponto podem se encontrar a campanha da justiça seletiva da Operação Lava Jato com a bregalização que a intelectualidade festiva queria impor ao Brasil.
Fausto Silva é um elo de ligação. Ele era peça-chave para perpetuar a geração neo-brega que fazia sucesso na década de 1990 por conta de rádios "populares" controladas por políticos ou por oligarquias empresariais e latifundiárias poderosas.
Faustão contribuía até para "novilíngua" - processo de empobrecimento linguístico (vide 1984 de George Orwell) visando dominar a população com "novas" expressões - patenteando a gíria "galera", assim como Luciano Huck e Tutinha patentearam a gíria "balada".
Fausto ajudava também a "emepebizar" o brega, dando um verniz de luxo para a "geração 90" dos bregas que dominaram as rádios na Era Collor e na Era FHC (Fernando Henrique Cardoso).
Daí que nomes como Alexandre Pires, Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano, Exaltasamba e Aviões do Forró eram tratados como dublês de emepebistas pela verborragia bajulatória de Faustão.
Ficamos perguntando se a imbecilização cultural foi um modo de anestesiar a população pobre ou de classe trabalhadora para abrir o caminho para o anti-petismo.
As Organizações Globo popularizaram o "funk", inserindo o ritmo em tudo quanto é veículo e programa, inclusive da Rede Globo.
As esquerdas foram enganadas pensando que o "funk" se popularizou naturalmente.
Tudo isso foi para desviar as classes populares da mobilização social, sob a engenhosa retórica do "combate ao preconceito".
Tirando elas dessa mobilização - sob a falácia de que o "mau gosto cultural" já era um "ativismo", sob o pretexto da "provocatividade" - , abriu-se caminho para a Operação Lava Jato e os "coxinhas".
Ver que o apresentador que promoveu o concurso da "nova loura do Tchan" é o mesmo que aconselhou Deltan Dallagnol e companhia a falarem a "linguagem do povão" pode parecer coincidência.
Talvez seria melhor investigarmos também a intelectualidade "bacana" que quis bregalizar o país, dentro do princípio de que "cultura fraca gera povo fraco".
Fausto Silva confirmou que entrou em contato com Sérgio Moro.
O apresentador também confirmou o teor da conversa, elogiando a atuação pessoal de Moro, o desempenho da Operação Lava Jato e pedindo aos procuradores a falarem a "linguagem do povão".
Fausto Silva é conhecido pelo perfil popularesco mais ou menos light.
Quando a intelectualidade "bacana" atuou na campanha da bregalização, através da falácia do "combate ao preconceito" de 2005, Tati Quebra-Barraco, um dos carros-chefes, não aparecia no Domingão do Faustão.
Ela era um nome mais trash para o contexto do programa. Mas Tati era blindada pelo resto da mídia venal, mesmo a Folha de São Paulo do auge da gestão Otávio Frias Filho.
Não que o Domingão do Faustão fosse um primor de sofisticação do brega, à maneira do kitsch descrito nos livros de Umberto Eco.
Mas é porque em 2005 o programa tentava soar mais "família", e o programa já foi visado por baixarias anteriores, como o "sushi erótico" e o "Latininho".
Todavia, o Domingão do Faustão chegou a promover o concurso da "nova loura do Tchan".
O É O Tchan é um dos ícones do machismo popularesco, dos mais grotescos. Mas também foi um dos primeiros nomes blindados pela intelectualidade "bacana", através do trabalho "pioneiro" do acadêmico baiano Milton Moura, em 1996.
O Domingão do Faustão é um dos veículos que contribuem para a bregalização do Brasil, dentro do perímetro da chamada mídia hegemônica.
Sabemos que, fora desse perímetro, temos, por exemplo, a atuação de Pedro Alexandre Sanches, o "filho da Folha", nos seus passeios pelas redações da mídia de esquerda.
Essa atuação na mídia esquerdista foi um artifício que intelectuais pró-brega fizeram para tentar calar as vozes opositoras desse processo voraz de comercialismo na música brasileira e na cultura popular em geral.
Era um meio de silenciar quem falasse mal, nas esquerdas, da bregalização cultural, diante da falácia de que questioná-la era "preconceito elitista".
Mas esse assunto já foi descrito em outras oportunidades.
O que se quer saber é até que ponto podem se encontrar a campanha da justiça seletiva da Operação Lava Jato com a bregalização que a intelectualidade festiva queria impor ao Brasil.
Fausto Silva é um elo de ligação. Ele era peça-chave para perpetuar a geração neo-brega que fazia sucesso na década de 1990 por conta de rádios "populares" controladas por políticos ou por oligarquias empresariais e latifundiárias poderosas.
Faustão contribuía até para "novilíngua" - processo de empobrecimento linguístico (vide 1984 de George Orwell) visando dominar a população com "novas" expressões - patenteando a gíria "galera", assim como Luciano Huck e Tutinha patentearam a gíria "balada".
Fausto ajudava também a "emepebizar" o brega, dando um verniz de luxo para a "geração 90" dos bregas que dominaram as rádios na Era Collor e na Era FHC (Fernando Henrique Cardoso).
Daí que nomes como Alexandre Pires, Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano, Exaltasamba e Aviões do Forró eram tratados como dublês de emepebistas pela verborragia bajulatória de Faustão.
Ficamos perguntando se a imbecilização cultural foi um modo de anestesiar a população pobre ou de classe trabalhadora para abrir o caminho para o anti-petismo.
As Organizações Globo popularizaram o "funk", inserindo o ritmo em tudo quanto é veículo e programa, inclusive da Rede Globo.
As esquerdas foram enganadas pensando que o "funk" se popularizou naturalmente.
Tudo isso foi para desviar as classes populares da mobilização social, sob a engenhosa retórica do "combate ao preconceito".
Tirando elas dessa mobilização - sob a falácia de que o "mau gosto cultural" já era um "ativismo", sob o pretexto da "provocatividade" - , abriu-se caminho para a Operação Lava Jato e os "coxinhas".
Ver que o apresentador que promoveu o concurso da "nova loura do Tchan" é o mesmo que aconselhou Deltan Dallagnol e companhia a falarem a "linguagem do povão" pode parecer coincidência.
Talvez seria melhor investigarmos também a intelectualidade "bacana" que quis bregalizar o país, dentro do princípio de que "cultura fraca gera povo fraco".
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