É assustadora a frequência de mulheres solteiras, solitárias ou celibatárias que se apegam ao misticismo religioso e ao ocultismo em geral.
Podia ser uma mera coincidência, não fosse um contexto muito estranho que as envolve.
Afinal, elas são exageradamente místicas, seguem o Espiritismo brasileiro como religião ou, se não a seguem, abraçam esta seita de maneira "descompromissada", sem o chamado vínculo institucional.
Nas redes sociais, elas exageram nas postagens sobre misticismo, ocultismo, publicação das mensagens tenebrosas do "médium de peruca" - dessas que apelam para o oprimido aceitar sua própria desgraça, visando "recompensas divinas" - ou, se não a exageram, sempre investem nesses delírios da fé cega.
Isso porque essa fé cega e deslumbrada sempre vem, mesmo quando a maioria das postagens nas redes sociais envolvem viagens, fotos "sensuais" da respectiva celibatária ou TBT de algum momento feliz no passado.
Elas também capricham na positividade tóxica e, de vez em quando, recomendam a leitura de algum livro fake "mediúnico", a psicografake, ou pinturas "mediúnicas" igualmente fake, que nem de longe lembram o estilo do artista a que se atribui a tal "autoria espiritual".
Tudo evocando um universo de "muita positividade", sempre com sorrisos ou poses serenas, embora fotos sensuais também sejam permitidas.
Afinal, essas "noviças" pós-modernas rompem com os protocolos do celibato religioso: vão para a praia exibirem suas formas de biquíni, vão para churrascos ao som de "pagode romântico" e passeiam no parque ou no bosque com os filhos de casamentos desfeitos.
Tudo pode parecer natural, mas não é. Até porque conta com muitas estranhezas.
Vivemos num contexto em que antigas solteironas como as atrizes Susana Pires, Fernanda Paes Leme e Giovanna Lancelotti estão namorando. E que Britney Spears está prestes a se tornar, definitivamente, uma mulher casada. E quando atrizes consideradas "menos atraentes" vivem casamentos estáveis.
Nunca foi tão fácil uma mulher famosa arrumar namorado ou marido e ter relações estáveis.
Mas o mais absurdo é que, entre essas mulheres "espiritualizadas", há aquelas com histórico de serem namoradeiras e até de emendar um casamento atrás de outro.
De repente, é só mencionar nome de algum "médium", participar de filme "espírita" ou postar frases de "médiuns" nas redes sociais para, em seguida, as palavras "namorado" e "marido" desaparecerem, como num estalo, de seus vocabulários pessoais.
Por que será?
Alegar "liberdade" não vale, até porque são moças consideradas, por muitos, atraentes - não para mim, que deixei o Espiritismo brasileiro para sempre - , têm a beleza padrão "princesas da Disney" e potencialmente poderiam ter a vida amorosa bastante movimentada.
Só que essas moças, até pouco tempo atrás namoradeiras, agora ficam até cinco anos ou mais "encalhadas", supostamente "felizes consigo mesmas", sem aparecer com um único namorado, de vez em quando só aparecendo com outros rapazes quando estes são só "meros amiguinhos".
Essas moças têm amigas casadas, convivem em eventos sociais com potenciais pretendentes, mas parece que nada acontece com essas moças dotadas de muito misticismo.
Já tem gente até perguntando se essas celibatárias são tão "espiritualizadas" que agora namoram fantasmas ou se elas estão muito ocupadas se alimentando com "luz".
De qualquer maneira, é muito estranha a solteirice dessas moças, já que não há contexto algum que as faça ficarem solitárias por muito tempo.
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