O senador Magno Malta (PR-ES), da "bancada da Bíblia" e um dos apoiadores do governo Michel Temer, é tido como um dos supostos defensores da "moral e dos bons costumes".
É um dos idealizadores, junto ao advogado Miguel Najib, do projeto Escola Sem Partido, que pretende não debater a realidade mas preservar a religiosidade existente nas famílias brasileiras.
Sabe-se que a ESP não quer que o professor seja um transmissor de conhecimento nem incentivador do raciocínio crítico dos alunos, mas apenas cumpridor de um projeto pedagógico inócuo e pouco educativo.
Mas Magno Malta, também pastor evangélico, tem um longo histórico de corrupção.
Conforme demonstrou a Operação Sanguessuga, entre 2006 e 2007, Malta esteve envolvido com a chamada "máfia das ambulâncias".
Malta foi indiciado, na época, pela Polícia Federal, por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, num esquema que destinava emendas orçamentárias à compra superfaturada de ambulâncias.
Ele recebeu de presente um Fiat Ducato para apresentar a emenda para a compra de ambulâncias que seriam depois vendidas ao chefe da "máfia dos sanguessugas", Luiz Antônio Vedoin.
Outro escândalo foi reportado pelo Correio Braziliense, em abril de 2009.
Segundo o jornal, Malta, como membro da CPI da Pedofilia, viajaria para a Índia para participar, entre os dias 03 e 06 de dezembro de 2008, de um fórum contra a pornografia infantil.
No entanto, o senador e seu servidor, José Augusto Santana, passaram os dias 01, 02, 07 e 08 daquele mês num hotel em Dubai, nos Emirados Árabes, recebendo um depósito, cada um, de R$ 7,2 mil, bancado pelo Congresso Nacional.
Recentemente, e-mails sugerem um possível novo escândalo envolvendo Magno Malta.
As mensagens envolveram o presidente da empresa Cozinhas Itatiaia, Victor Costa, seu filho e então gerente financeiro, Daniel Costa, e Hugo Gabrich, que era assessor da fabricante de móveis para cozinha.
Segundo as mensagens, em 2013, Magno Malta teria recebido dinheiro em valor não declarado e viajado nos aviões da empresa.
Os envolvidos estariam combinando com o gabinete de Magno Malta o lançamento de uma emenda no Congresso Nacional para incluir o financiamento de armários de cozinha em programas do Minha Casa, Minha Vida, que não preveem tal tarefa.
Malta nega vários desses escândalos, apesar dos fortes indícios.
Isso mostra o quanto o moralismo sem moral dos políticos que derrubaram Dilma Rousseff é bastante escandaloso, sobretudo vindo de gente que diz zelar pelos "valores cristãos".
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