O Supremo Tribunal Federal havia determinado, assim que Dilma Rousseff foi declarada definitivamente afastada do Governo Federal, o fim da classificação indicativa nas programações de TV.
Algumas desculpas foram usadas para isso.
Trabalheira para editar novelas e programas exibidos no período diurno, redução de audiência, relações complicadas com anunciantes e blablablá.
Outro pretexto foi evitar a cobrança de multas que estaria causando prejuízo para as redes de televisão.
Diante disso, a programação foi liberada.
E isso é irônico, porque um filme como Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, foi classificado pelo truculento ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, como indicado para maiores de 18 anos.
Houve reações negativas e Moraes, como de praxe em todo o governo comandado pelo PMDB, recuou e estabeleceu a idade mínima para 16 anos.
Mas os programas Cidade Alerta e Brasil Urgente mostram violência adoidado, com a criançada chegando na escola e pronto.
As telenovelas mostram cenas de violência, sexo, tantas baixarias.
Anos atrás, houve um caso surreal sobre baixarias midiáticas.
Havia a campanha do Congresso Nacional contra as baixarias da televisão, que tinha um serviço de denúncias na Internet e tudo.
De repente, a intelectualidade "bacana" foi exaltar uma figura tipo Tati Quebra-Barraco, um dos primeiros símbolos da blindagem midiática através do "funk".
Era todo aquele papo "socializante" do "funk", elaborado por jornalistas da Folha de São Paulo e O Globo e por executivos da Rede Globo.
Mas que foi, durante anos, empurrado goela abaixo para a mídia esquerdista, sob a desculpa de que era "expressão do povo pobre".
Os esforços pelo combate à baixaria foram árduos, mas tudo ficou em vão com as baixarias de Tati Quebra-Barraco e companhia.
A intelectualidade "bacana" dava um jeito para fazer apologia às baixarias.
Se havia baixaria no "pagodão" baiano, no "funk", no "forró eletrônico" etc, a culpa era toda do Gregório de Matos, morto há mais de 300 anos.
Se as dançarinas do É O Tchan mostravam seus glúteos para o close da câmera, é porque os glúteos são "paixão nacional" dos brasileiros.
Se havia pedofilia e pornografia infantil nos "bailes funk" e nos eventos de "pagodão" baiano, é porque isso era a "iniciação sexual" das jovens pobres.
Se o "proibidão" falava de violência, era "reflexo da realidade das favelas".
Era essa a hipocrisia de vários intelectuais que vinham dos porões da Folha, Globo e PSDB para sujar as páginas da mídia progressista com suas visões da "periferia" (termo lançado por Fernando Henrique Cardoso).
E essas apologias todas consolidaram a baixaria que seduz multidões, se aproveitando da ignorância e da baixa formação educacional.
Agora, fala-se que as baixarias na TV são "a vontade do povo" e o "interesse das emissoras de TV".
Uma visão mercadológica, que não tem a ver com cidadania, mas com público hipnotizado e persuadido a ter maus instintos para garantir lucros fáceis aos executivos da mídia patronal.
A intelectualidade "bacana" queria que isso fosse visto como "realidade progressista".
E hoje é o STF partidarizado que ajuda esse mercado selvagem dos baixos instintos que alimenta crimes e tantos abusos.
É a partir da consagração dessas baixarias que existem gente matando, estuprando e roubando.
Triste comunicação que faz reciclar essa realidade ruim. A baixaria acaba sendo vista, erroneamente, como um "bom exemplo" para o grande público.
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