O governo Temer já lançou uma campanha que deve animar os "coxinhas".
Um vídeo da campanha do Governo Federal, que a princípio será divulgado a partir de outubro, foi apresentado em reunião do presidente Michel Temer e sua equipe.
Nele aparece a palavra "Brasil", na parte inferior da tela, numa área vermelha. Em seguida, uma voz em off declara "Vamos tirar o Brasil do vermelho" e a palavra sobe para uma área azul.
Em seguida, surge a expressão "ordem e progresso", lema central do governo Temer.
A ideia é dizer ao público que o Brasil pretende sair da crise, simbolizada pela expressão "no vermelho", que é o tom da campanha publicitária, ainda a ser finalizada.
Mas existe também um trocadilho: "vermelho" é uma cor associada ao esquerdismo. É a cor da bandeira do PT, partido da ex-presidenta Dilma Rousseff.
E isso é uma faca de dois gumes, porque empolgará os anti-petistas e a grande mídia associada.
Todavia, a peça publicitária irá estimular os protestos anti-Temer.
Pode até surgir na Internet mensagens como "minha realidade não é azul" ou "minha vida continua no vermelho".
Temer pretende fazer reformas que irão extinguir ou reduzir muitos benefícios dos trabalhadores, sob a desculpa de promover o ajuste fiscal e melhorar as finanças do Brasil.
Temer demonstrou que quer cortar gastos nas áreas sociais e prevê centenas de bilhões de verbas que não serão investidas em Saúde, Educação e Assistência Social.
Mas vai aumentar gastos com o Judiciário, com os políticos aliados e com a mídia solidária.
Corta uma merreca que financiava blogues progressistas, mas vai despejar bilhões de reais para anabolizar a mídia truculenta, sobretudo as Organizações Globo.
E aí vemos o espírito do governo Temer num texto de divulgação de "melhorias" no ensino de português.
Em duas frases, foi praticado um vício muito comum de pessoas que não estão acostumadas a escrever em português impecável ou escrevem "impulsionados" pela fala.
O de separar sujeito e predicado com uma vírgula.
Achando que, só por fazer pausa na respiração ao falar, se pode separar um sujeito do predicado com uma vírgula.
Os textos foram assinalados na imagem acima, originalmente publicada pelo Estadão.
Com essa gafe, o governo Temer já recebeu uma baita "nota vermelha", jargão que os professores usam para definir notas baixas que levam à reprovação no ano letivo.
Isso mostra o quanto o temeroso governo erra, quando promete acertar.
Se bem que a reforma educacional reduzirá o ensino a um processo meramente tecnocrático.
Como em todo governo conservador.
O povo brasileiro, diante disso, permanecerá "no vermelho". No sentido econômico do termo, pelo menos.
Comentários
Postar um comentário