Há uma pressão furiosa da grande mídia e da sociedade associada para que Lula nem chegue perto das campanhas presidenciais de 2018.
É o mesmo processo que derrubou o governo Dilma Rousseff.
Pouco importam os discursos coerentes e os argumentos de gente ligada ao governo.
José Eduardo Cardozo, Gleisi Hoffman, a defesa de Dilma no Senado, o discurso de Lula hoje.
A grande mídia, teimosa, tapa os ouvidos e fecha os olhos. E berra contra Lula e companhia, pedindo todo tipo de condenação.
Ontem Lula fez uma entrevista coletiva e um discurso.
Entre outras coisas, pediu respeito para ele e sua família e criticou a falta de investigações sobre o helicóptero de Zezé Perrella, que teria sido usado para tráfico de cocaína.
Perrella, como o amigo Aécio Neves, é senador mineiro, também votou pelo impeachment definitivo de Dilma Rousseff.
Ironizando a postura do procurador Deltan Dallagnol de "não ter provas, mas ter convicção" sobre o suposto crime de Lula, o ex-presidente declarou que a Polícia Federal tem provas do crime de Perrella, mas não tem convicção.
Ironizando seu antecessor na Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso, Lula disse que a reunião do G-8, grupo dos oito países mais industrializados do mundo, é "tudo aquilo que o sociólogo sonhava em participar".
Lula anunciou que vai entrar com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público, contra os dois procuradores, Deltan Dallagnol e Roberson Pozzebon.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin, acusou de "juízo de valor" a declaração de Dallagnol de que Lula é o "comandante máximo", "grande general" e "maestro" do esquema de corrupção da Petrobras.
Foi algo feito sem provas, com linguagem nada jurídica, apesar do verniz técnico que mal conseguia disfarçar o caráter simplório e risível dos esquemas criados no Power Point.
É provável que a entrevista coletiva de Lula e o seu respectivo discurso tendem a não surtir efeitos concretos.
A grande mídia e seu consórcio político-jurídico a que está associada querem porque querem ver o PT fora do poder, de preferência extinto para sempre.
O que significa que Lula e Dilma demonstram que sabem cair de cabeça erguida, enquanto a plutocracia envergonhada fica com os louros do poder reconquistado.
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