MANIFESTANTES NA SEDE DA REDE GLOBO NO DIA 22 DE JANEIRO DE 2018.
De repente, "fantasmas" de 1963-1964 voltam a assombrar, mais de 50 anos depois.
Aparentemente, um grupo de manifestantes, de uma organização chamada Levante Popular da Juventude, foi fazer um protesto contra a Rede Globo e a Operação Lava Jato.
À primeira vista, tudo bem intencionado, com discursos e até um manifesto a favor de Lula e contra os desembargadores do TRF-4 que o julgarão, amanhã.
O lema do protesto, expresso numa faixa colocada em frente à sede da Globo, na Rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, diz: "Globo condena Lula. Povo enfrenta a Globo".
O grande problema é que o "prato principal" da manifestação é o "funk", ritmo que não seria o sucesso de hoje se não fosse a Rede Globo.
Lembremos de 2003-2005: tudo que era veículo e atração da Rede Globo difundia o "funk", empurrando o ritmo para tudo quanto era público.
Não era apropriação da Globo sobre o "funk" nem o enfrentamento do "funk" no cenário da grande mídia. Não eram rivais se enfrentando, eram parceiros se aliando para um propósito espúrio.
O "funk" glamouriza a pobreza, domestica o povo pobre e desvia a agenda das esquerdas para assuntos mais importantes, colocando-os em segundo plano ou subordinando-os ao entetenimento funqueiro.
É histórica a parceria dos funqueiros com as Organizações Globo: Som Livre, a extinta 98 FM / Beat 98, o apoio de Xuxa quando era contratada pela emissora e o apoio decisivo de Luciano Huck.
Detalhe 1: Luciano Huck continua apoiando o "funk". Foi escolhido por Rômulo Costa para ser o "embaixador do funk" no Brasil.
O mesmo Rômulo Costa que se fantasiou de esquerdista, fingiu apoiar Lula e Dilma naquela estranha manifestação de 17 de abril de 2016.
Quando o assunto é "funk", as esquerdas mordem a isca. Infelizmente o coração mole dos esquerdistas acolhe e adere a qualquer oportunista que projetar imagens de gente pobre sorrindo.
O "funk" é originário de Miami, através do miami bass, um ritmo surgido em reduto de imigrantes cubanos anti-castristas. É o ritmo que faz a cabeça dos chamados "pobres de direita" da Flórida.
O vínculo do "funk carioca" com a CIA não é boato, é fato, confirmado pela menção de Hermano Vianna, maior propagandista do gênero, do apoio da Fundação Ford à tese que resultou no livro O Mundo Funk Carioca.
O antropólogo também está à frente do Instituto Overmundo, patrocinado pela Soros Management Fund, de George Soros, que, como a Fundação Ford, colaboram com o Departamento de Estado dos EUA, do qual a CIA é subordinada.
E o "funk" usa um jargão próprio da Teoria da Dependência de Fernando Henrique Cardoso, a "periferia", e defende uma visão ufanista da favela, fazendo uma apologia muito estranha à pobreza, à ignorância e ao atraso.
O "funk" sempre foi um Cavalo de Troia que a própria plutocracia, da CIA à Rede Globo, empurrava para as classes populares e os movimentos progressistas.
A manifestação de 17 de abril de 2016, ao se reduzir a um "baile funk", aliviou o tom do protesto e permitiu que o povo, distraído com o "pancadão", deixasse os oposicionistas votarem o "Fora Dilma" na Câmara dos Deputados.
O uso do "funk" em manifestações "de esquerda", inclusive contra a mesma Globo que contribuiu diretamente pelo crescimento do gênero, lembra muito 1963-1964.
Naquela época, os Fuzileiros Navais, liderados pelo sinistro Cabo Anselmo, fizeram o mesmo discurso dos funqueiros de hoje.
O mesmo vitimismo e aquele mesmo "marxismo de Washington" que Cabo Anselmo pensava, semelhante ao de MC Leonardo nos últimos dez anos.
Desviou-se o foco das reformas de base de João Goulart, que, diferente das do governo Michel Temer, sinalizavam benefícios às classes populares.
Os militares de baixa patente vieram com pautas secundárias como o direito de voto a sargentos e casamento de praças.
Pautas válidas mas que foram superestimadas, postas acima, por exemplo, da reforma agrária e do limite de remessa de lucros das empresas estrangeiras instaladas no Brasil.
No "funk", é a mesma coisa, a respeito da causa LGBT ou da sensualidade feminina. Se bem que o "funk" trabalha essas pautas da pior forma possível, e ainda investe no ufanismo das favelas.
Depois se descobriu que Cabo Anselmo colaborava com a CIA. O "funk" também, mas falta o reconhecimento oficial por parte das esquerdas, ainda deslumbradas com o gênero.
Quanto ao aparente protesto contra a Rede Globo pelo Levante Popular da Juventude, há dois dados estranhos que sugerem que o grupo seja uma espécie de "MBL do B".
Primeiro, no dia 31 de março de 2017, enquanto os movimentos populares protestavam no Centro do Rio, o LPJ fazia manifestação separada, no Jardim Botânico.
Num contexto em que os movimentos sociais precisavam se unir, um grupo fez protesto separado dos demais. Escrevi texto a respeito.
Segundo, é o timing desta manifestação, logo na véspera do julgamento de Lula.
Afinal, apesar de ser "justamente" um protesto contra o julgamento a ocorrer na quarta-feira, pode soar como um pretexto para os manifestantes, usando um "funk" (a prata da casa da Globo) como gancho para o protesto, desviar o foco para outros problemas.
O "funk" é usado por movimentos supostamente de esquerda para forjar polêmica e desviar o debate, porque se discute o "funk" e não os problemas sociais.
É isso que Cabo Anselmo fez: desviar o foco. Discutiu-se mais as reivindicações particulares dos pracinhas do que as reivindicações maiores das classes populares.
Resultado: a sociedade ficou distraída e os oficiais aproveitaram isso para denunciar a quebra de hierarquia militar e permitir, assim, que os tanques viessem para impor a ditadura militar.
Hoje o medo é que, como no 17 de Abril, quando os esquerdistas rebolaram o "funk" enquanto o Congresso Nacional iniciava a expulsão de Dilma Rousseff do poder, o mesmo ocorra esta semana.
O medo de que o pessoal continue rebolando o "funk" no momento em que condenarem Lula em segunda instância.
É como disse o Didi Mocó, no auge dos Trapalhões: "Rede Globo... Funk!".
De repente, "fantasmas" de 1963-1964 voltam a assombrar, mais de 50 anos depois.
Aparentemente, um grupo de manifestantes, de uma organização chamada Levante Popular da Juventude, foi fazer um protesto contra a Rede Globo e a Operação Lava Jato.
À primeira vista, tudo bem intencionado, com discursos e até um manifesto a favor de Lula e contra os desembargadores do TRF-4 que o julgarão, amanhã.
O lema do protesto, expresso numa faixa colocada em frente à sede da Globo, na Rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, diz: "Globo condena Lula. Povo enfrenta a Globo".
O grande problema é que o "prato principal" da manifestação é o "funk", ritmo que não seria o sucesso de hoje se não fosse a Rede Globo.
Lembremos de 2003-2005: tudo que era veículo e atração da Rede Globo difundia o "funk", empurrando o ritmo para tudo quanto era público.
Não era apropriação da Globo sobre o "funk" nem o enfrentamento do "funk" no cenário da grande mídia. Não eram rivais se enfrentando, eram parceiros se aliando para um propósito espúrio.
O "funk" glamouriza a pobreza, domestica o povo pobre e desvia a agenda das esquerdas para assuntos mais importantes, colocando-os em segundo plano ou subordinando-os ao entetenimento funqueiro.
É histórica a parceria dos funqueiros com as Organizações Globo: Som Livre, a extinta 98 FM / Beat 98, o apoio de Xuxa quando era contratada pela emissora e o apoio decisivo de Luciano Huck.
Detalhe 1: Luciano Huck continua apoiando o "funk". Foi escolhido por Rômulo Costa para ser o "embaixador do funk" no Brasil.
O mesmo Rômulo Costa que se fantasiou de esquerdista, fingiu apoiar Lula e Dilma naquela estranha manifestação de 17 de abril de 2016.
Quando o assunto é "funk", as esquerdas mordem a isca. Infelizmente o coração mole dos esquerdistas acolhe e adere a qualquer oportunista que projetar imagens de gente pobre sorrindo.
O "funk" é originário de Miami, através do miami bass, um ritmo surgido em reduto de imigrantes cubanos anti-castristas. É o ritmo que faz a cabeça dos chamados "pobres de direita" da Flórida.
O vínculo do "funk carioca" com a CIA não é boato, é fato, confirmado pela menção de Hermano Vianna, maior propagandista do gênero, do apoio da Fundação Ford à tese que resultou no livro O Mundo Funk Carioca.
O antropólogo também está à frente do Instituto Overmundo, patrocinado pela Soros Management Fund, de George Soros, que, como a Fundação Ford, colaboram com o Departamento de Estado dos EUA, do qual a CIA é subordinada.
E o "funk" usa um jargão próprio da Teoria da Dependência de Fernando Henrique Cardoso, a "periferia", e defende uma visão ufanista da favela, fazendo uma apologia muito estranha à pobreza, à ignorância e ao atraso.
O "funk" sempre foi um Cavalo de Troia que a própria plutocracia, da CIA à Rede Globo, empurrava para as classes populares e os movimentos progressistas.
A manifestação de 17 de abril de 2016, ao se reduzir a um "baile funk", aliviou o tom do protesto e permitiu que o povo, distraído com o "pancadão", deixasse os oposicionistas votarem o "Fora Dilma" na Câmara dos Deputados.
O uso do "funk" em manifestações "de esquerda", inclusive contra a mesma Globo que contribuiu diretamente pelo crescimento do gênero, lembra muito 1963-1964.
Naquela época, os Fuzileiros Navais, liderados pelo sinistro Cabo Anselmo, fizeram o mesmo discurso dos funqueiros de hoje.
O mesmo vitimismo e aquele mesmo "marxismo de Washington" que Cabo Anselmo pensava, semelhante ao de MC Leonardo nos últimos dez anos.
Desviou-se o foco das reformas de base de João Goulart, que, diferente das do governo Michel Temer, sinalizavam benefícios às classes populares.
Os militares de baixa patente vieram com pautas secundárias como o direito de voto a sargentos e casamento de praças.
Pautas válidas mas que foram superestimadas, postas acima, por exemplo, da reforma agrária e do limite de remessa de lucros das empresas estrangeiras instaladas no Brasil.
No "funk", é a mesma coisa, a respeito da causa LGBT ou da sensualidade feminina. Se bem que o "funk" trabalha essas pautas da pior forma possível, e ainda investe no ufanismo das favelas.
Depois se descobriu que Cabo Anselmo colaborava com a CIA. O "funk" também, mas falta o reconhecimento oficial por parte das esquerdas, ainda deslumbradas com o gênero.
Quanto ao aparente protesto contra a Rede Globo pelo Levante Popular da Juventude, há dois dados estranhos que sugerem que o grupo seja uma espécie de "MBL do B".
Primeiro, no dia 31 de março de 2017, enquanto os movimentos populares protestavam no Centro do Rio, o LPJ fazia manifestação separada, no Jardim Botânico.
Num contexto em que os movimentos sociais precisavam se unir, um grupo fez protesto separado dos demais. Escrevi texto a respeito.
Segundo, é o timing desta manifestação, logo na véspera do julgamento de Lula.
Afinal, apesar de ser "justamente" um protesto contra o julgamento a ocorrer na quarta-feira, pode soar como um pretexto para os manifestantes, usando um "funk" (a prata da casa da Globo) como gancho para o protesto, desviar o foco para outros problemas.
O "funk" é usado por movimentos supostamente de esquerda para forjar polêmica e desviar o debate, porque se discute o "funk" e não os problemas sociais.
É isso que Cabo Anselmo fez: desviar o foco. Discutiu-se mais as reivindicações particulares dos pracinhas do que as reivindicações maiores das classes populares.
Resultado: a sociedade ficou distraída e os oficiais aproveitaram isso para denunciar a quebra de hierarquia militar e permitir, assim, que os tanques viessem para impor a ditadura militar.
Hoje o medo é que, como no 17 de Abril, quando os esquerdistas rebolaram o "funk" enquanto o Congresso Nacional iniciava a expulsão de Dilma Rousseff do poder, o mesmo ocorra esta semana.
O medo de que o pessoal continue rebolando o "funk" no momento em que condenarem Lula em segunda instância.
É como disse o Didi Mocó, no auge dos Trapalhões: "Rede Globo... Funk!".
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