A grande mídia está decadente. Globo, Veja, Folha, Estadão, Isto É, Band, Jovem Pan, Transamérica, 89 FM e congêneres.
Tomada de um surto reacionário, a grande mídia ficou estúpida de vez.
Quer julgar o mundo com seus umbigos, numa sociedade em que muitos definem qualquer roubada como "marxismo".
Sem ler uma vírgula de um livro de Karl Marx.
A sociedade brasileira solidária a essa histeria anti-PT ficou estúpida e burra.
Passou a opinar mal, cometendo gafes sérias.
Que o PT errou, que Lula e Dilma erraram, que José Dirceu e José Genoíno erraram, tudo bem.
Mas daí a despejar calúnia e comentários furiosos, criando comentários levianos contra o esquerdismo, não dá.
Uma coisa é criticar, fazer oposição, dizer que Dilma Rousseff, por exemplo, cometeu uma medida equivocada.
Outra coisa é dizer que Karl Marx inventou os movimentos fascistas no mundo ou que o PT causou o incêndio criminoso num circo em Niterói, 55 anos atrás.
A idiotização das pessoas é tanta que qualquer assalto a banco agora é chamado de "marxismo".
Sem ler uma vírgula de um livro de Karl Marx.
A imbecilização toma conta dos anti-petistas psicóticos que jornalistas passaram a cometer verdadeiras gafes, verdadeiras burrices.
Certa vez, o jornalista Ricardo Noblat havia descrito o protesto de atores no Festival de Cinema em Cannes de "golpe em Paris".
Quis fazer uma ironia - Noblat está solidário ao governo Michel Temer - e cometeu um grande "mico".
Jornalistas da Globo News, um canal de notícias, supostamente marcado pela visão objetiva da realidade, cometeram também das suas.
Quando a causa de Dilma Rousseff é ganha, os jornalistas da Globo News fazem cara de choro.
Quando a causa da presidenta hoje afastada é perdida, os jornalistas só faltam ficarem pulando de alegria, em frente às câmeras.
Mas não é só a Globo, evidentemente, que apronta suas trapalhadas, sobretudo a partir da nova novela das oito, o Jornal Nacional.
A mídia restante também mantém sua postura ultraconservadora e reaça. Com algumas ressalvas.
A Folha, mesmo com seu reacionarismo, no entanto tenta manter uma compostura.
O Estadão parece viver na República Velha. Só é "objetiva" quando trabalha uma visão favorável ao direitismo político que defende.
Mas a Veja é que se supera, na sua máquina de produzir calúnia.
É ela, juntamente com a Globo, que hipnotiza os brasileiros a odiar o PT.
Uma histeria que toma conta nas mídias sociais, com as pessoas expressando com raiva burra seu anti-petismo.
O que a Veja faz com Lula é de uma monstruosidade sem tamanho.
Que se critique o Lula, vá lá. Que se discorde dele, vá lá. Vale até dizer que os governos dele foram fracos, não atenderam as expectativas ou que não agradam uma parcela da sociedade.
Mas inventar desaforos não dá.
Os brasileiros têm mania de preciosismo e escondem seus chiliques pessoais.
Eles poderiam dizer apenas que gostam disso ou não gostam daquilo, em vez de inventar preciosismos aqui e ali.
Como no breganejo, que eles preferem dizer que é "genial" em vez de dizer apenas que gostam do gênero.
Ou em relação ao PT, que preferem dizer que é "entidade criminosa" em vez de afirmar que seu projeto político não lhes agrada.
Dessa forma, as pessoas ficam cada vez mais burras e estúpidas. Cometem gafes, surtam, demonstram seu lado sórdido e mesquinho.
São essas pessoas que vão pagar as contas da festa do impeachment e do governo de Michel Temer.
Vão pagar o preço caro da manipulação midiática em ruínas, com a Globo perdendo Ibope e a Veja acumulando pilhas de revistas encalhadas.
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