ROGER DALTREY E PETE TOWNSHEND, FUNDADORES REMANESCENTES DA BANDA SURGIDA EM 1963.
Os roqueiros autênticos estão felizes.
The Who, a banda britânica mais importante da década de 1960 depois dos Beatles e dos Rolling Stones, finalmente irá se apresentar no Brasil.
Será em março e abril de 2017 e fará parte da turnê de despedida, intitulada The Who Hits 50!, comemorativa dos 50 anos da banda responsável por clássicos como "My Generation", "Behind Blue Eyes" e "Magic Bus".
A banda tem como membros originais são Pete Townshend, guitarrista, vocalista e principal compositor, e Roger Daltrey, vocalista principal e eventual guitarrista, mais outros dois músicos que tomaram o lugar dos falecidos Keith Moon, baterista, e John Entwistle, baixista.
Antes da turnê brasileira, o Who se apresentará no Desert Trip, na Califórnia, EUA, um evento de rock clássico que terá a presença de Neil Young, Bob Dylan, Paul McCartney, Roger Waters e Rolling Stones.
A nata da nata.
O grande problema é a cultura rock do Brasil.
Tão desqualificada quanto o governo de Michel Temer.
Afinal, ela foi rebaixada à representatividade duvidosa de FMs comerciais como 89 FM, de São Paulo, e Rádio Cidade, do Rio de Janeiro, cujo desempenho como rádios de rock é, na melhor das hipóteses, risível.
A Rádio Cidade, sobretudo, usa o lema do "rock de verdade" sem que tenha uma viva alma na equipe da rádio que tenha um mínimo de envolvimento com rock.
A Rádio Cidade opera com "sobras" de radialistas que trabalhavam na emissora quando ela se chamava Jovem Pan e outros que devem ter sido sobra da popularesca FM O Dia.
A 89 FM tem até alguns especialistas roqueiros, como Roberto Maia (ex-Brasil 2000), mas virou FM debiloide quando passou a enfatizar programas humorísticos e contar com locutores ainda mais histéricos.
Isso sem falar que, ideologicamente, a 89 FM virou a "revista Veja" das rádios rock.
Uma espécie de irmãzinha junkie da Jovem Pan FM, a ponto dos nomes de seus coordenadores respectivos, Tatola e Tutinha, serem tão sonoros entre si como se os dois fossem membros de uma dupla "sertaneja".
Quanto ao Who, os produtores da 89 e Cidade garantiram que ODEIAM a banda.
Aliás, que banda mesmo de rock que eles gostam? Mamonas Assassinas? Creed? Bloodhound Gang?
As duas rádios anteciparam Globo, Veja e Estadão no rancor midiático.
A Cidade, por exemplo, atuava com "ódioradialismo", com seus produtores e adeptos pedindo o fim do Poder Legislativo e, mais recentemente, participando das passeatas contra Dilma.
Eu vi o Facebook da Rádio Cidade no dia 13 de março passado, dia dos protestos pelo "Fora Dilma", e a página estava inativa.
Todos foram para a rua dançar o rock do "Pato da Firjan" (o "Pato da Fiesp" carioca).
A 89 já trabalha a mesma cartilha da Jovem Pan, emplacando um humorístico na Rede TV! e depois deve jogar programa de debates provavelmente com Roger, Lobão e o headbanger fascista Nando Moura, da banda Pandora 101.
Talvez com Rodrigo Constantino e Danilo Gentili como convidados.
Se deixarem, Nando Moura tira Andreas Kisser da 89, quando este perceber que poderá se concentrar nos seus compromissos de músico.
E aí 89 e Cidade manifestam seu ódio ao Who por dois motivos.
Um porque acham o som da banda "do tempo da vovozinha", apostando na reacionária visão de que rock antigo é rock ruim, que só é adotada na estúpida mídia brasileira.
Outro, porque as iniciais de Pete Townshend deixam os caras da 89 e da Cidade irados (no sentido literal do termo), por lembrar algo que já desperta a fúria de Merval Pereira, Olavo de Carvalho e companhia.
Daí um produtor usando o nome de Roger Strauss, da Rádio Cidade (provavelmente um carioca filiado ao PSDB), afirmou, com sua linguagem de "pupilo da mídia golpista", que odeia Who e Led Zeppelin (cujo nome foi batizado pelo saudoso Keith Moon).
Além disso, os reaças da 89 e Cidade odeiam a Fluminense FM, saudosa rádio de Niterói que tinha o Who como um de seus símbolos.
A Fluminense FM era operada por vários produtores e radialistas filhos de amigos de João Goulart.
E a 89 FM recebeu injeções de verbas públicas durante o governo Fernando Collor e a Rádio Cidade, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Estavam sumidas do dial mas foram ressuscitadas para virarem não só as rádios oficiais da Artplan mas também para desviar a rebeldia juvenil para um enfoque mais conservador.
Foram as duas "rádios rock" que serviram como núcleos originais dos que depois passaram a integrar os Revoltados On Line e o Movimento Brasil Livre.
Não bastassem tocarem só hit-parade, as duas FMs são rádios rock de kimta katiguria.
Daí que vai ser complicado a 89 e a Cidade patrocinarem as apresentações do Who nos respectivos lugares.
Da mesma forma que será complicado tocar mais de uma única música ou duas do Who.
Ainda mais, encarar canções como "Won't Get Fooled Again", que mais parece um recado às duas rádios.
Os roqueiros não querem ser novamente enganados por essas duas rádios.
Os roqueiros autênticos estão felizes.
The Who, a banda britânica mais importante da década de 1960 depois dos Beatles e dos Rolling Stones, finalmente irá se apresentar no Brasil.
Será em março e abril de 2017 e fará parte da turnê de despedida, intitulada The Who Hits 50!, comemorativa dos 50 anos da banda responsável por clássicos como "My Generation", "Behind Blue Eyes" e "Magic Bus".
A banda tem como membros originais são Pete Townshend, guitarrista, vocalista e principal compositor, e Roger Daltrey, vocalista principal e eventual guitarrista, mais outros dois músicos que tomaram o lugar dos falecidos Keith Moon, baterista, e John Entwistle, baixista.
Antes da turnê brasileira, o Who se apresentará no Desert Trip, na Califórnia, EUA, um evento de rock clássico que terá a presença de Neil Young, Bob Dylan, Paul McCartney, Roger Waters e Rolling Stones.
A nata da nata.
O grande problema é a cultura rock do Brasil.
Tão desqualificada quanto o governo de Michel Temer.
Afinal, ela foi rebaixada à representatividade duvidosa de FMs comerciais como 89 FM, de São Paulo, e Rádio Cidade, do Rio de Janeiro, cujo desempenho como rádios de rock é, na melhor das hipóteses, risível.
A Rádio Cidade, sobretudo, usa o lema do "rock de verdade" sem que tenha uma viva alma na equipe da rádio que tenha um mínimo de envolvimento com rock.
A Rádio Cidade opera com "sobras" de radialistas que trabalhavam na emissora quando ela se chamava Jovem Pan e outros que devem ter sido sobra da popularesca FM O Dia.
A 89 FM tem até alguns especialistas roqueiros, como Roberto Maia (ex-Brasil 2000), mas virou FM debiloide quando passou a enfatizar programas humorísticos e contar com locutores ainda mais histéricos.
Isso sem falar que, ideologicamente, a 89 FM virou a "revista Veja" das rádios rock.
Uma espécie de irmãzinha junkie da Jovem Pan FM, a ponto dos nomes de seus coordenadores respectivos, Tatola e Tutinha, serem tão sonoros entre si como se os dois fossem membros de uma dupla "sertaneja".
Quanto ao Who, os produtores da 89 e Cidade garantiram que ODEIAM a banda.
Aliás, que banda mesmo de rock que eles gostam? Mamonas Assassinas? Creed? Bloodhound Gang?
As duas rádios anteciparam Globo, Veja e Estadão no rancor midiático.
A Cidade, por exemplo, atuava com "ódioradialismo", com seus produtores e adeptos pedindo o fim do Poder Legislativo e, mais recentemente, participando das passeatas contra Dilma.
Eu vi o Facebook da Rádio Cidade no dia 13 de março passado, dia dos protestos pelo "Fora Dilma", e a página estava inativa.
Todos foram para a rua dançar o rock do "Pato da Firjan" (o "Pato da Fiesp" carioca).
A 89 já trabalha a mesma cartilha da Jovem Pan, emplacando um humorístico na Rede TV! e depois deve jogar programa de debates provavelmente com Roger, Lobão e o headbanger fascista Nando Moura, da banda Pandora 101.
Talvez com Rodrigo Constantino e Danilo Gentili como convidados.
Se deixarem, Nando Moura tira Andreas Kisser da 89, quando este perceber que poderá se concentrar nos seus compromissos de músico.
E aí 89 e Cidade manifestam seu ódio ao Who por dois motivos.
Um porque acham o som da banda "do tempo da vovozinha", apostando na reacionária visão de que rock antigo é rock ruim, que só é adotada na estúpida mídia brasileira.
Outro, porque as iniciais de Pete Townshend deixam os caras da 89 e da Cidade irados (no sentido literal do termo), por lembrar algo que já desperta a fúria de Merval Pereira, Olavo de Carvalho e companhia.
Daí um produtor usando o nome de Roger Strauss, da Rádio Cidade (provavelmente um carioca filiado ao PSDB), afirmou, com sua linguagem de "pupilo da mídia golpista", que odeia Who e Led Zeppelin (cujo nome foi batizado pelo saudoso Keith Moon).
Além disso, os reaças da 89 e Cidade odeiam a Fluminense FM, saudosa rádio de Niterói que tinha o Who como um de seus símbolos.
A Fluminense FM era operada por vários produtores e radialistas filhos de amigos de João Goulart.
E a 89 FM recebeu injeções de verbas públicas durante o governo Fernando Collor e a Rádio Cidade, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Estavam sumidas do dial mas foram ressuscitadas para virarem não só as rádios oficiais da Artplan mas também para desviar a rebeldia juvenil para um enfoque mais conservador.
Foram as duas "rádios rock" que serviram como núcleos originais dos que depois passaram a integrar os Revoltados On Line e o Movimento Brasil Livre.
Não bastassem tocarem só hit-parade, as duas FMs são rádios rock de kimta katiguria.
Daí que vai ser complicado a 89 e a Cidade patrocinarem as apresentações do Who nos respectivos lugares.
Da mesma forma que será complicado tocar mais de uma única música ou duas do Who.
Ainda mais, encarar canções como "Won't Get Fooled Again", que mais parece um recado às duas rádios.
Os roqueiros não querem ser novamente enganados por essas duas rádios.
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