É ASSIM QUE OS EXECUTIVOS DE RÁDIO NO BRASIL VEEM OS CONHECEDORES DE ROCK.
Os empresários de rádio que investem em rock são muito preconceituosos.
Recusam-se a trabalhar uma equipe de conhecedores e apreciadores do gênero.
Acham que conhecedor de rock é sempre motoqueiro malvado com jaqueta de couro.
Por isso, preferem contratar pessoas bonitas e animadinhas, que não entendem de rock mas, aos olhos dos executivos de rádio, são mais aceitáveis para o mercado.
Isso é uma grande hipocrisia.
Afinal, os empresários de rádio veem jaqueta de couro onde não existe, e rejeitam pessoas que tenham profundos conhecimentos de rock.
E põem jaqueta de couro em locutores engraçadinhos que estão mais preocupados em contar piadas e dizer gírias, ou então se limitam a usar suas vozes afetadíssimas para ler os textos que lhe entregam, sem acrescentar coisa alguma, como leitores de bula com vozes de animadores de festas infantis.
Leem informações sobre bandas como Joy Division e Dead Kennedys sem entender bulhufas do que estão lendo.
Os executivos alegam que os locutores engraçadinhos são "mais profissionais", que as "rádios rock" funcionam melhor com locução afetada etc etc etc.
O comercialismo de certas rádios que se dizem "especializadas em rock" contradiz a própria natureza do rock, que em seus melhores momentos contraria e desafia o comercialismo.
Fala-se nisso porque hoje uma FM do Rio de Janeiro, que nunca teve a ver originalmente com o rock, faz 39 anos hoje.
A Rádio Cidade, que um dia foi pioneira numa linguagem de FM, agora desempenha um papel ridículo de pegar carona no prestígio dos outros (leia-se Fluminense FM, por exemplo).
Ela agora renega a data original de 1977, se limitando a considerar apenas o 10 de Março de 2014, para evitar futuras cobranças quando chegar o aniversário de 40 anos, em 2017.
A Cidade mantém o nome original, investe em radialistas pop e programas de besteirol meramente pop (incluindo o nada roqueiro futebol), e no entanto renega sua própria história.
Só mantém a única caraterística que ficou intata daquele Primeiro de Maio de 1977: o hit-parade.
Que ficou ainda mais radicalmente "irrit-pareide", repetindo músicas e restringindo a divulgação de intérpretes importantes a uma ou duas músicas.
A Rádio Cidade é uma amostra do que NÃO deve ser uma rádio de rock.
Aceitar uma rádio dessas só para "firmar o rock no mercado" é um tiro no pé.
É como se, numa competição, deixássemos o trapaceiro ganhar primeiro para depois os competidores mais talentosos disputarem o vice-campeonato.
O rock não vai firmar mercado por causa de uma rádio canastrona que, pelo jeito, despreza 99,99% do que se faz de rock no Brasil e no mundo.
Não adianta os roqueiros autênticos se contentarem em ser coadjuvantes ou figurantes de um mercado midiático dominado por locutores tresloucados e locutoras alucinadas que não entendem de rock em troca de vinda de bandas gringas ao Rio de Janeiro todo ano.
Isso porque o rock não será valorizado, devido à maneira preconceituosa que a Rádio Cidade trata o público roqueiro, como se fosse um bando de idiotas que ouvem barulheira qualquer nota e só gostam de besteirol e blockbusters de terror ou aventura.
Ver os roqueiros autênticos no Rio de Janeiro entregarem antenas e microfones para quem não saca bulhufas de rock, deixando o gênero nas mãos de meros "aventureiros" radiofônicos, é humilhante.
É abrir mão da natural rebeldia do rock. É se comportar feito carneirinho feliz em ver o lobo tomando conta do rebanho.
E nesse Rio de Janeiro que deu ao país Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro, não se sabe quem é que se tornou menos rebelde.
Os roqueiros autênticos que aceitam de forma bovina a supremacia da Rádio Cidade ou a equipe não-roqueira de "aventureiros" radiofônicos representando um segmento musical que não entendem nem gostam.
Daqui a pouco vão dizer que o Rio de Janeiro é o túmulo do rock.
Os empresários de rádio que investem em rock são muito preconceituosos.
Recusam-se a trabalhar uma equipe de conhecedores e apreciadores do gênero.
Acham que conhecedor de rock é sempre motoqueiro malvado com jaqueta de couro.
Por isso, preferem contratar pessoas bonitas e animadinhas, que não entendem de rock mas, aos olhos dos executivos de rádio, são mais aceitáveis para o mercado.
Isso é uma grande hipocrisia.
Afinal, os empresários de rádio veem jaqueta de couro onde não existe, e rejeitam pessoas que tenham profundos conhecimentos de rock.
E põem jaqueta de couro em locutores engraçadinhos que estão mais preocupados em contar piadas e dizer gírias, ou então se limitam a usar suas vozes afetadíssimas para ler os textos que lhe entregam, sem acrescentar coisa alguma, como leitores de bula com vozes de animadores de festas infantis.
Leem informações sobre bandas como Joy Division e Dead Kennedys sem entender bulhufas do que estão lendo.
Os executivos alegam que os locutores engraçadinhos são "mais profissionais", que as "rádios rock" funcionam melhor com locução afetada etc etc etc.
O comercialismo de certas rádios que se dizem "especializadas em rock" contradiz a própria natureza do rock, que em seus melhores momentos contraria e desafia o comercialismo.
Fala-se nisso porque hoje uma FM do Rio de Janeiro, que nunca teve a ver originalmente com o rock, faz 39 anos hoje.
A Rádio Cidade, que um dia foi pioneira numa linguagem de FM, agora desempenha um papel ridículo de pegar carona no prestígio dos outros (leia-se Fluminense FM, por exemplo).
Ela agora renega a data original de 1977, se limitando a considerar apenas o 10 de Março de 2014, para evitar futuras cobranças quando chegar o aniversário de 40 anos, em 2017.
A Cidade mantém o nome original, investe em radialistas pop e programas de besteirol meramente pop (incluindo o nada roqueiro futebol), e no entanto renega sua própria história.
Só mantém a única caraterística que ficou intata daquele Primeiro de Maio de 1977: o hit-parade.
Que ficou ainda mais radicalmente "irrit-pareide", repetindo músicas e restringindo a divulgação de intérpretes importantes a uma ou duas músicas.
A Rádio Cidade é uma amostra do que NÃO deve ser uma rádio de rock.
Aceitar uma rádio dessas só para "firmar o rock no mercado" é um tiro no pé.
É como se, numa competição, deixássemos o trapaceiro ganhar primeiro para depois os competidores mais talentosos disputarem o vice-campeonato.
O rock não vai firmar mercado por causa de uma rádio canastrona que, pelo jeito, despreza 99,99% do que se faz de rock no Brasil e no mundo.
Não adianta os roqueiros autênticos se contentarem em ser coadjuvantes ou figurantes de um mercado midiático dominado por locutores tresloucados e locutoras alucinadas que não entendem de rock em troca de vinda de bandas gringas ao Rio de Janeiro todo ano.
Isso porque o rock não será valorizado, devido à maneira preconceituosa que a Rádio Cidade trata o público roqueiro, como se fosse um bando de idiotas que ouvem barulheira qualquer nota e só gostam de besteirol e blockbusters de terror ou aventura.
Ver os roqueiros autênticos no Rio de Janeiro entregarem antenas e microfones para quem não saca bulhufas de rock, deixando o gênero nas mãos de meros "aventureiros" radiofônicos, é humilhante.
É abrir mão da natural rebeldia do rock. É se comportar feito carneirinho feliz em ver o lobo tomando conta do rebanho.
E nesse Rio de Janeiro que deu ao país Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro, não se sabe quem é que se tornou menos rebelde.
Os roqueiros autênticos que aceitam de forma bovina a supremacia da Rádio Cidade ou a equipe não-roqueira de "aventureiros" radiofônicos representando um segmento musical que não entendem nem gostam.
Daqui a pouco vão dizer que o Rio de Janeiro é o túmulo do rock.
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