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MINISTRO DO PLANEJAMENTO PLANEJA SALVAR SUA PELE E BARRAR "LAVA-JATO"


Em uma conversa de mais de uma hora, o senador licenciado e ministro do Planejamento do governo Michel Temer, Romero Jucá, negociou com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, um pacto político para conter o avanço da Operação Lava-Jato.

A informação foi revelada pela imprensa hoje de manhã e partiu de uma gravação que está nas mãos da Procuradoria Geral da República.

Romero Jucá já é considerado réu no esquema de cobrança de propinas da Petrobras, foco de investigação (embora tendenciosa) da Operação Lava-Jato. Outros ministros de Michel Temer foram indiciados sob a mesma acusação.

Na conversa, cujos detalhes podem ser obtidos aqui, Sérgio está preocupado com a intenção do procurador Rodrigo Janot de investigar políticos do PMDB e outros envolvidos no referido esquema de corrupção.

Aflito, Sérgio pede para Jucá pensar num jeito de evitar que "todo mundo 'desça'" (seja condenado), numa saída para evitar que tais envolvidos, como os próprios interlocutores, tenham sua investigação nas mãos do juiz paranaense Sérgio Moro.

Entre vários detalhes, Jucá menciona a necessidade de um "pacto nacional" do governo Michel Temer "com tudo", inclusive o Supremo Tribunal Federal. Sérgio comenta a sugestão dizendo que, com isso, "parava tudo" e a Operação Lava-Jato "delimitava" até onde chegou, se encerrando nesse ponto.

Jucá foi um dos maiores articuladores do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Sua dedicação a esse objetivo, no Senado Federal, era comparável ao de Eduardo Cunha, outro réu da Operação Lava-Jato, quando era presidente da Câmara dos Deputados, cargo do qual foi afastado.

Isso mostra a que veio o governo ilegítimo do presidente interino Michel Temer.

Um interino que mexe demais no programa de governo da República.

Mexe como um inquilino que ordena a reforma total da casa e a troca de imóveis, enquanto o dono da casa passa os meses fora.

E já está sofrendo uma séria crise, com protestos em várias partes do país.

Com muito mais gente que os "coxinhas" que foram de verde e amarelo protestarem contra Dilma.

Muita coisa vai acontecer nesse governo temeroso.

A crise acabou... de começar.

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