Em grande perigo se encontra o Brasil.
Um governo confuso, cheio de escândalos, gafes e medidas retrógradas e arbitrárias, que apesar de interino quer se promover como "definitivo".
E isso é preocupante. E a sociedade conservadora já usou hashtag na Internet com o título "Avante Temer".
Brasil temeroso esse. E cujos retrocessos políticos têm seus principais culpados.
Eduardo Cunha, Aécio Neves e Gilmar Mendes são os mentores dessa armação ilimitada.
Como um "coringa" desse jogo de cartas marcadas, tem-se Jair Bolsonaro.
Tais pessoas tiveram participação decisiva no golpe, articulando o apoio "popular" e "jurídico" a esse processo fraudulento.
Um processo aberto pela votação de 367 deputados federais, em boa parte envolvidos em crimes dos mais diversos tipos.
E ainda tem gente querendo dizer que os 367 votos estão acima dos 54 milhões de votos jogados no lixo, com o afastamento de Dilma Rousseff.
Uma coleção de incidentes, alguns lamentáveis de tão retrógrados, outros preocupantes de tão ameaçadores e outros mais risíveis de tão ridículos, marcou o começo do governo Michel Temer.
Um governo que começou mal e, por isso, demonstra não ter chances de dar certo.
#AvanteTemer ou #AvanteEduardoCunha e #AvanteAécioNeves?
O governo Michel Temer é um mashup das pautas-bomba de Eduardo Cunha com o programa de governo do candidato derrotado à Presidência da República, Aécio Neves, lançado em 2014.
A agressividade de Cunha e o cafajestismo de Aécio.
Com o tempero demagógico e com manias de desmentimento do PMDB carioca de Eduardo Paes.
O PMDB carioca decide "por cima", com medidas autoritárias e retrógradas, e usa alegações falsamente técnicas para tentar convencer (em vão) de que agem "pelo interesse público".
O governo Temer tem também esse cacoete, até porque o modus operandi é do PMDB carioca.
Que lançou Eduardo Cunha para a Câmara Federal, sob promessas de "moralidade" no contexto de um Estado do Rio de Janeiro em decadência vertiginosa, em verdadeira queda livre existencial.
O mundo todo fala que o governo Michel Temer é golpista.
Mas Temer e seus aliados dizem que foi um governo instituído "dentro da legalidade democrática".
E aí Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, vai jantar com Michel Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente interino da República.
Muito estranho. Isso fere a imparcialidade que deveria haver no Poder Judiciário.
Mas, em se tratando de Gilmar Mendes, faz sentido.
Ele, que chamou os jornalistas de "cozinheiros" - ele prefere os jornalistas da mídia reacionária, que compartilham de suas causas sombrias - , é uma espécie de tucano fantasiado de membro do Judiciário.
Ele transformou o Poder Judiciário numa espécie de sucursal do PSDB.
E foi apoiar Michel Temer como um "tucano de toga" apoiando o vice que traiu Dilma Rousseff.
Gilmar usou como desculpa a alegação que queria apenas "pedir verbas para o Tribunal Superior Eleitoral".
É pura conversa para boi dormir.
Um encontro desses nunca teria acontecido desta forma.
Se fosse pedir verbas, bastava mandar um ofício e nada mais.
Mas um jantar entre amigos?
O cafajestismo de Gilmar Mendes, que mal consegue esconder seu jeito cínico, é muito claro nos seus gestos e atitudes.
Ele foi visitar Temer porque era mais uma comemoração do golpe que fizeram.
Ou de algum acordo para tentar abafar essa grave crise que atinge o governo.
Uma coisa é certa.
É um encontro que fere a democracia, a legalidade e a independência dos três poderes.
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