Muito estranho voltarem a falar em "funk carioca" nesses momentos em que o governo Dilma Rousseff provavelmente caminha para um fim.
Muito estranho que, diante da histeria do impeachment, funqueiros peguem carona no que restam de manifestações para salvar o governo democraticamente eleito por 54 milhões de brasileiros.
O "funk" estava tranquilo no establishment e o discurso pseudo-ativista estava em baixa.
Mas aí foi Dilma Rousseff ser ameaçada de impeachment para os funqueiros de repente virarem "ativistas de última hora".
Coincidência?
O "funk" espetaculariza as periferias, tratando o povo pobre como se fosse uma Disneylândia formada de casas rudes, lixo derramado no chão e ruas sujas e mal asfaltadas.
Mas Guy Debord não nasceu no Brasil nem tem uma visibilidade de um Luciano Huck.
Portanto, "sociedade do espetáculo", no establishment brasileiro, é apenas um inócuo cenário de fofocas sobre atores e atrizes de TV.
Ninguém imagina que Guy Debord também analisava a imbecilização cultural no contexto do Primeiro Mundo.
Aqui imbecilização cultural é "valorização do povo pobre".
O discurso "socializante" do "funk carioca" muitos acreditam ser progressista.
Mas essa narrativa toda foi produzida pela Folha de São Paulo e pelas Organizações Globo.
Tem o patrocínio de Otávio Frias Filho e dos filhos de Roberto Marinho.
Portanto, o "funk" é um subproduto dos barões da grande mídia.
Tão engenhosamente feito que muitos pensam ser folclore de verdade.
Musicalmente, nem tanto, mas como estratégia de marketing, chega a enganar parte dos gringos metidos a "bacanas".
Afinal, a periferia espetacularizada fascina a classe média.
E faz com que a narrativa produzida pelos barões da mídia em torno do "funk" seja monopolizada dentro das esquerdas, como um vírus introduzido no organismo.
E as esquerdas enfraquecem mais com isso. A cada apoio esquerdista ao "funk" é uma chance a mais dos reacionários conquistarem o poder.
O povo pobre, distraído com o rebolado do "funk" e com a desculpa que esse ritmo meramente dançante é "ativista", deixa de realizar o verdadeiro ativismo.
As esquerdas não entendem que as elites apoiam o "funk" porque é melhor o povo pobre ficar rebolando e "descendo até o chão" do que lutando por melhorias de vida.
Dançando o "funk", o povo nem se preocupa com baixos salários nem com baixa qualidade de vida.
Os serviços públicos essenciais podem ser privatizados que o povo nem protesta. Está lá, rebolando no "funk".
Esse é o método Cabo Anselmo, retomado 52 anos depois.
É de se passar por "amigo sincero" das esquerdas, se fazer que a apoia nos momentos difíceis, para depois apunhalá-la pelas costas.
O "funk" é colaborador da CIA, agência do governo dos EUA, queiram ou não queiram seus seguidores, com todos os gracejos e vaias que possam fazer a essa ideia.
É confirmado que a Fundação Ford e a Soros Open Society, instituições claramente envolvidas com a CIA, apoiam o "funk" no Brasil.
Não são boatos nem fofocas, mas a junção de informações aparentemente desencontradas.
A FF e George Soros como colaboradores da CIA, a FF e George Soros como apoiadores de instituições brasileiras que investem no "funk".
Diante do falso apoio do "funk" à permanência de Dilma Rousseff, um plano secreto é executado.
Primeiro, pela última tentativa dos funqueiros de parasitarem o dinheiro do PT.
Segundo, pela tentativa de evitar que uma verdadeira revolta popular aconteça, substituindo-a por um suposto protesto espetacularizado.
Terceiro, para criar uma imagem ridícula do povo pobre e dos inimigos do impeachment e permitir que as elites, sem a revolta popular autêntica, pressionem mais e mais para ver Dilma fora do poder.
O que poucos imaginam é que, terminada a "festa" do impedimento, os funqueiros nem estarão aí para os progressistas.
Do contrário de Chico Buarque, chamado pelo pseudo-esquerdista Pedro Alexandre Sanches de "coronel da Fazenda Modelo", o "funk" nunca é verdadeiramente fiel com os esquerdismos.
Na Hora H, os funqueiros apunhalam as esquerdas pelas costas e vão comemorar suas vitórias nos barões da grande mídia, ao lado de Luciano Huck, Ana Maria Braga, Louro José, Pato da Fiesp e companhia.
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