PRINCIPAL REDUTO DE UM ÍDOLO RELIGIOSO, A CIDADE MINEIRA DE UBERABA, É CONSIDERADA UM DOS MAIORES MERCADOS DO GADO ZEBU.
O mito de que os "médiuns" renunciam os dinheiros dos livros vendidos "para dar para os pobres" é uma mentira descarada. Além do fato de que o faturamento dos livros tidos como "mediúnicos" ou "psicografados" - na verdade, obras fake que usam nomes de personalidades mortas para criar sensacionalismo e atrair mais vendas - servirem para alimentar as fortunas dos dirigentes "espíritas", elas também estariam garantindo a fortuna oculta desses falsos defensores da "humildade e pobreza".
Um canal de ateísmo do YouTube, Além da Fé, um dos canais ateus não-complacentes da Internet, chamou a atenção ao revelar que um "médium com cara de bonzinho" de Salvador, conhecido por suas falsas profecias envolvendo a risível figura da "criança-índigo" (farsa criada por um ex-casal dos EUA para vender livros de mistificação barata), seria um magnata dotado de muitas posses, entre imóveis e automóveis.
O "médium", nos últimos oito anos, estava envolvido em situações constrangedoras que demonstraram seu caráter reacionário, derrubando a imagem intocável marcada pelo pretenso tom professoral de suas palestras e pelo tom de mansidão de sua voz enquanto dava entrevistas.
Tendo sido homenageado por um filme "biográfico", o "médium espírita" havia feito juízo de valor em 2017, contra refugiados do Oriente Médio que tentavam migrar para a Europa, acusando-os de "pagar por encarnações passadas". Também no mesmo ano, teria decidido em divulgar um estranho composto alimentar feito de restos de origem duvidosa, a "farinata", no seu evento "pacifista" em São Paulo. O composto alimentar teria causado as mortes de catorze pessoas que experimentaram o alimento numa instituição em Jarinu, no interior paulista.
Em 2018, o "médium" despejou comentários homofóbicos e anti-esquerdistas num evento religioso em Goiânia. Por ironia, a atriz Regiane Alves, estrela do tal filme "biográfico", teria feito depois um papel de lesbica em uma novela da Rede Globo, num momento em que o "médium" já revelava abertamente seu apoio a Jair Bolsonaro, considerado por ele "uma esperança para o Brasil".
O farsante também lançou uma série de livros em que prometia "respostas para tudo", coisa que somente farsantes pseudo-intelectuais fazem, pois o verdadeiro intelectual, mais do que ensinar e orientar, também estuda, aprende e, acima de tudo, não tem as pretensões de oferecer respostas para todas as coisas.
O tal "médium" estaria escondendo uma grande fortuna, uma coleção de automóveis e vários apartamentos de luxo de sua propriedade, além de ter viajado em aviões de primeira classe para se pavonear em eventos religiosos na Europa e EUA. O "médium" podia viajar para qualquer parte da Europa, mas os garotos pobres alojados em uma instituição em Pau da Lima, subúrbio de Salvador, mal podiam passear pela cidade mediante autorização. O "médium" ainda tentou visitar o Papa Francisco, no Vaticano, mas teve que entrar numa fila de pessoas comuns para uma rápida saudação.
E O "MÉDIUM DA PERUCA"?
A revelação do canal Além da Fé pode trazer pistas que levem ao desmascaramento de outro "médium", alvo da mais completa e completamente vergonhosa complacência. Um "médium" que pode ser facilmente desmascarado por produtores de desenhos animados dos EUA, mas recebe passagens de pano até de esforçados semiólogos, capazes de desmontar "bombas semióticas" complexas na Coreia do Sul e na Espanha, mas é incapaz de desvendar arsenais mais explosivos do religioso de Uberaba.
Uberaba, uma das duas cidades principais do Triângulo Mineiro (a outra é Uberlândia), é o principal reduto do charlatão religioso que chegou a enganar o país inteiro, levando vários extratos sociais, opostos à linha ideológica do "médium", a sentir por ele a "síndrome de Estocolmo", como roqueiros, comunidade LGBTQIA+ e setores das esquerdas brasileiras.
Recentemente, Uberaba esteve associada às fake news de que seria "a quarta cidade mais barata do Brasil", em texto sem fundamento nem embasamento e com argumentação superficial. Com exclusividade, nosso blogue desmascarou a farsa, que teria sido produzida por uma série de promoções no comércio, tipo black friday, durante a visita de pesquisadores de institutos na cidade mineira.
O "médium" que usava peruca e que, no fim da vida, parecia um cosplei do Eustáquio, o personagem do desenho animado Coragem, o Cão Covarde (Courage, the Cowardly Dog), tem uma trajetória sombria na qual inclui a morte de um sobrinho em circunstâncias bastante suspeitas. O "médium" seria denunciado pelo sobrinho, que prometia também uma devassa no "movimento espírita" de Minas Gerais e até do Brasil.
Para quem achar que essa suspeita é invencionice, lembremos que a matéria de Manchete, de 09 de agosto de 1958, mostrava tanto essa farsa que a reportagem teria até sugerido uma possível causa mortis do sobrinho do "médium": envenenamento, mencionada numa ameaça de morte vinda do "meio espírita", que, tido como "incapaz de caluniar sequer o pior inimigo", promoveu campanha difamatória contra o rapaz, que não aceitou seguir a carreira farsante do tio e era acusado levianamente de suposto alcoolismo e hipotéticos assaltos. O rapaz, Amauri Pena, faleceu com 28 incompletos em 1961.
Vamos lembrar também que Manchete surgiu como alternativa de um jornalismo mais autêntico e transparente, em contraposição a O Cruzeiro, acusado de fraudes ao mostrar matérias com supostas aparições de extra-terrestres - como num episódio da Barra da Tijuca - e nas narrativas do escritor David Nasser sobre uma "espiã russa" que, na verdade, nunca passou de uma ficção.
O "bondoso médium" já tem contra si acusações de ter sido pioneiro na literatura fake, como um livro do "párnaso" de 1932, uma suposta coletânea de poemas creditados falsamente a vários autores, sem refletir integralmente os estilos originais dos falecidos. Tido como "expressão de espíritos benfeitores", a obra teria sofrido estranhos reparos editoriais cinco vezes por 23 anos, o que dá indício de ter sido uma obra fraudulenta.
Mas os "fakes do bem" do "médium" de Minas Gerais incluíram, entre outras coisas, o uso traiçoeiro do nome de uma professora mineira, Irma de Castro Rocha, enganando o viúvo da jovem pedagoga. Também existem obras creditadas a um médico apelidado de André Luiz, cuja suposta encarnação terrena rende risíveis controvérsias, e o uso deplorável do nome de Humberto de Campos, cujo processo judicial movido pelos herdeiros resultou em impunidade.
Mais tarde, o "médium", através do perigoso recurso do "bombardeio de amor" - quando uma pessoa traiçoeira simula apelos de afetividade e beleza para assediar e dominar uma vítima mais frágil - , subjugou o antes cético filho de Humberto, com o mesmo nome do pai, depois convertido num patético devoto e "amigo" do "médium".
O "médium" também está associado a uma defesa radical da ditadura militar. Num programa de grande audiência da TV Tupi, em 1971, o "médium" não mediu escrúpulos ao defender a ditadura e condenar o esquerdismo, expressando uma defesa tão radical que pedia aos brasileiros o apoio a militares e torturadores que "estavam construindo o reino de amor do Brasil do futuro".
A defesa extremada rendeu, no ano posterior, uma homenagem da Escola Superior de Guerra, um nome estranho para um religioso tão oficialmente associado à "paz". A imprensa tentou abafar o episódio, como se a ESG e o "médium" tivessem uma "mútua" estratégia que desmentisse a evidente cumplicidade. Matéria neste sentido publicada por Última Hora serviu de pegadinha para as esquerdas, pois, conforme revelou este blogue, Samuel Wainer já tinha deixado de ser dono do jornal um tempo antes.
Mas a verdade é que o evento da Escola Supeior de Guerra mostra um "médium de direita" que chegou a enganar as esquerdas, por conta de simbologias falsas referidas à "paz" e ao "amor ao próximo". Três ações "indiscutivelmente em amor ao próximo" são farsantes e servem apenas de "cortina de fumaça" para o charlatanismo que o religioso de Uberaba, de ideias medievais, expressou em seus mais de 400 livros que, de maneira hipócrita, "carregam" os nomes dos mortos.
A "doação" dos lucros dos livros vendidos "para os mais pobres" é mentirosa, pois ela na verdade foi para os cofres dos "dirigentes espíritas" e o próprio "médium" continuou usufruindo desse dinheiro, tal qual a Rainha da Inglaterra foi, por exemplo. As "psicografias" de parentes mortos foi um meio de enganar e obsediar familiares com mensagens fake de "entes queridos". E a distribuição de mantimentos humilhava os pobres que recebiam apenas doações que duravam poucos dias e nunca resolveram de verdade a situação miserável em que se encontram.
Mas, levando em conta a revelação de Além da Fé e, também, a associação do "médium" mineiro com os poderosos fazendeiros do Triângulo Mineiro, exploradores do gado zebu - considerada a espécie bovina mais cara do mundo - , e lembrando de informações de que o "médium" realizava "doações" de terrenos para instituições religiosas (visando, nelas, o superfaturamento financeiro sob o verniz da "caridade"), uma nova revelação pode vir à tona.
A de que o "médium da peruca" teria sido um grande proprietário de terras fantasiado de "pessoa humilde" para enganar as pessoas. E não nos esqueçamos que o "médium" foi quem doou, com o objetivo de acobertar crimes, um casarão de Abadiânia, Goiás, para promover o charlatanismo religioso do farsante João de Deus. É a única coisa que o religioso podia "doar", pois os famosos "mantimentos" eram doações de terceiros das quais ele se promovia pessoalmente, como seus amigos "coronéis" diante do apelo eleitoreiro da "doação de sextas básicas".
O "médium", que havia sido caixeiro, funcionário público e inspetor sanitário de gado, teria sido premiado pelos "coronéis" de Uberaba com títulos de posses, o que derruba de vez a imagem de "humildade" tão consagrada e tão defendida, até mesmo por mãos de ferro e com a irritada defesa de seus fanáticos seguidores. Consta-se que o poderoso coronelismo do Triângulo Mineiro despeja fortunas para que o "médium" nunca seja desmascarado, pois ele sempre aparece na imprensa brasileira sob as narrativas positivas, agradáveis e tolas de tão piegas.
Ainda temos outro "médium" de Salvador, atuante em Pituaçu, acusado de ser um primo de um político da direita baiana com o mesmo sobrenome que é ligado ao jogo-do-bicho e ao latifúndio baiano. O "médium" de Pituaçu é acusado de ser pintor fraudulento, com falsas pinturas "mediúnicas" que chegam a ser vendidas com preços caros, enganando a alta sociedade baiana.
O "médium" de Pituaçu teria obtido o terreno de sua instituição de forma criminosa, sem alvará da Prefeitura de Salvador, e é também acusado de piadas preconceituosas contra sogras, gordinhos e louras falsas, além de explorar os negros pobres alojados em sua instituição com trabalhos como flanelinhas de carros. Os pobres também são trancafiados em seus quartos durante as palestras das terças-feiras, quando o "médium", antes de fazer suas orações, humilhava sobras, gordinhos e louras.
A imprensa oficial ainda renega investigar os lados sombrios dos "médiuns espíritas", suspeitos também de receber "lavagem de dinheiro" de empresas "idôneas" que não conseguem investir dinheiro em seitas neopentecostais.
Mas, fora da órbita midiática, blogues e canais do YouTube de conteúdo mais sério e comprometidos com a busca de fatos verídicos, estão apresentando revelações sobre os bastidores dos ídolos "espiritualistas" que, até agora, esbarram na resistência feroz de seus beatos, que tentam manter a imagem "bondosa" dos "médiuns". Só que a raiva desses beatos já desfaz, por definitivo, a ideia de que os "médiuns" inspiram energias mais elevadas, pois elas se desfazem fácil na menor contrariedade.
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