O nível de ingenuidade e complacência que existe no Brasil faz com que, no plano religioso, sejam criticadas e repudiadas religiões marcadas por pregadores rancorosos que, aos gritos, extorquem dinheiro dos fiéis, mesmo os mais pobres. Sim, eles são ruins, malignos, nocivos e retrógrados, mas seria ingênuo saber que os males da fé traiçoeira se encerram por aí, pois as piores armadilhas são aquelas que são difíceis de serem identificadas. O mentiroso não é aquele que, com sorriso cínico, avisa para a multidão “Cuidado que eu minto, gente!”, mas aquele que, com voz suave, se passa por “defensor da verdade” com estórias pretensamente sublimes. Pregadores da Teologia do Sofrimento, os vendilhões da esperança, verdadeiros varejistas da fé, se gabam de não serem do mesmo jeito histriônico dos neopenteques e sua cosmética do raivismo. Os vendilhões da esperança, presentes no Espiritismo brasileiro e em setores conservadores do Catolicismo e de seitas ecumênicas como a LBV, acham que podem se...