PÃO COM MOFO EM CORES VERDE E AMARELA E BRANCA. SÓ FALTOU A AZUL.
Toda vez que eu vejo um festival cinematográfico nos EUA e comparo com as festas de famosos no Brasil, fico notando uma coisa.
Como ficamos provincianos.
Como o Brasil mais parece uma roça.
E vendo o reacionarismo extremo que as elites expressam com assustadora liberdade, noto o quanto o Brasil está muito atrasado.
Bem que eu notei, em 2004, quando era moda os jovens se gabarem de ouvir hip hop e música eletrônica, que mesmo assim o pessoal está muito atrasado.
Eles ouviam essas músicas achando que estavam acertando o relógio do mundo.
Coitados.
Eles estavam à procura da aura perdida no hip hop de 1983, mas com uma sonoridade gangsta já datada, que remete a 1997.
Pegar um modismo com sete anos de atraso é quase instantaneidade, nos padrões de defasagem que sempre atingem o Brasil.
A música eletrônica, então, em 2004 a "galera", como esse pessoal se autodefine, estava defasada em 16 anos.
Eles procuravam alguma emoção perdida nas raves de 1988, quando ocorreu o chamado Verão de Amor na Grã-Bretanha.
Era gozado ver que os DJs ingleses, em 2004, reclamavam da decadência da música eletrônica, e os brasileiros do eixo Rio-São Paulo (mas com ramificações até em Jurerê e Trancoso) conhecerem seu som como se isso fosse uma novidade surgida há pouco.
Dá para perceber o quanto as pessoas são atrasadas, retrógradas e reacionárias.
Roqueiros estereotipados de jaquetão misturando Hell's Angels com Pânico da Pan.
Saudosistas superestimando a disco music e o hit-parade e se irritando facilmente quando alguém faz uma crítica, por mais suave que seja, a nomes como Bee Gees, ABBA e Carpenters.
Internautas sem ter algo a fazer senão "zoar" na Internet e produzir páginas de ofensas contra desafetos.
Isso ocorre há mais de 20 anos, mas chegou ao extremo agora.
Certa vez o governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori, do mesmo PMDB de Temer, aconselhou o presidente a ser "mais impopular".
De repente a sociedade brasileira se idiotizou.
Tanto que João Dória Jr., o prefeito de São Paulo, vestindo roupa de gari e fingir que está limpando a cidade, soa até engraçado diante de tantas coisas ridículas.
Há um surto de mensagens machistas, racistas, homofóbicas, misóginas, causando muito medo.
Afinal, as mensagens reacionárias vêm de gente que parece muito, muito legal.
O cara participa, por exemplo, de uma equipe de busólogos, se destaca com suas fotos etc.
De repente o cara se revela um sujeito de extrema-direita, que ofende negros e descendentes de baianos e cria blogues de ofensas gratuitas.
Além disso, o cara não queria que criticássemos um espirro sequer de Sérgio Cabral Filho, seu herói da ocasião, junto com Eduardo Paes.
Você entra nas mídias sociais e não imagina que certas pessoas "admiráveis" se tornam reacionárias, vingativas, rancorosas.
Muita gente boa ainda participa na boa-fé de ataques a pessoas inocentes na Internet, porque o líder da covardia é um cara "divertido", e não sabe que está com a ficha policial suja.
Os valentões de Internet arrastam essas pessoas porque infelizmente o carisma desses truculentos fala mais alto.
A catarse e a ilusão de que esses caras só são "brincalhões" permite esse reacionarismo.
A ilusão de gente importante e tarimbada que se desfaz quando essa mesma gente mostra seus surtos preconceituosos.
Daí Cláudio Botelho, um diretor teatral considerado de reputação inabalável, fez todo aquele chilique contra o governo do PT.
Ou o Roger Rocha Moreira, do Ultraje a Rigor, uma banda cujo primeiro LP, Nos Vamos Invadir Sua Praia, de 1985, foi um dos primeiros vinis de minha coleção, naquele mesmo ano.
Ver que pessoas agem assim, apoiando machistas, agressores, racistas, elitistas, entreguistas é um horror.
Daí que o Brasil está mofado. Parece nunca sair de seu complexo de vira-lata.
Embora o Primeiro Mundo tenha lá suas crises, eles ainda respiram um pouco de modernidade.
Podem haver reacionários lá, mas não com a arrogância que se observa aqui.
O Brasil está um caos. E isso preocupa, e muito.
Toda vez que eu vejo um festival cinematográfico nos EUA e comparo com as festas de famosos no Brasil, fico notando uma coisa.
Como ficamos provincianos.
Como o Brasil mais parece uma roça.
E vendo o reacionarismo extremo que as elites expressam com assustadora liberdade, noto o quanto o Brasil está muito atrasado.
Bem que eu notei, em 2004, quando era moda os jovens se gabarem de ouvir hip hop e música eletrônica, que mesmo assim o pessoal está muito atrasado.
Eles ouviam essas músicas achando que estavam acertando o relógio do mundo.
Coitados.
Eles estavam à procura da aura perdida no hip hop de 1983, mas com uma sonoridade gangsta já datada, que remete a 1997.
Pegar um modismo com sete anos de atraso é quase instantaneidade, nos padrões de defasagem que sempre atingem o Brasil.
A música eletrônica, então, em 2004 a "galera", como esse pessoal se autodefine, estava defasada em 16 anos.
Eles procuravam alguma emoção perdida nas raves de 1988, quando ocorreu o chamado Verão de Amor na Grã-Bretanha.
Era gozado ver que os DJs ingleses, em 2004, reclamavam da decadência da música eletrônica, e os brasileiros do eixo Rio-São Paulo (mas com ramificações até em Jurerê e Trancoso) conhecerem seu som como se isso fosse uma novidade surgida há pouco.
Dá para perceber o quanto as pessoas são atrasadas, retrógradas e reacionárias.
Roqueiros estereotipados de jaquetão misturando Hell's Angels com Pânico da Pan.
Saudosistas superestimando a disco music e o hit-parade e se irritando facilmente quando alguém faz uma crítica, por mais suave que seja, a nomes como Bee Gees, ABBA e Carpenters.
Internautas sem ter algo a fazer senão "zoar" na Internet e produzir páginas de ofensas contra desafetos.
Isso ocorre há mais de 20 anos, mas chegou ao extremo agora.
Certa vez o governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori, do mesmo PMDB de Temer, aconselhou o presidente a ser "mais impopular".
De repente a sociedade brasileira se idiotizou.
Tanto que João Dória Jr., o prefeito de São Paulo, vestindo roupa de gari e fingir que está limpando a cidade, soa até engraçado diante de tantas coisas ridículas.
Há um surto de mensagens machistas, racistas, homofóbicas, misóginas, causando muito medo.
Afinal, as mensagens reacionárias vêm de gente que parece muito, muito legal.
O cara participa, por exemplo, de uma equipe de busólogos, se destaca com suas fotos etc.
De repente o cara se revela um sujeito de extrema-direita, que ofende negros e descendentes de baianos e cria blogues de ofensas gratuitas.
Além disso, o cara não queria que criticássemos um espirro sequer de Sérgio Cabral Filho, seu herói da ocasião, junto com Eduardo Paes.
Você entra nas mídias sociais e não imagina que certas pessoas "admiráveis" se tornam reacionárias, vingativas, rancorosas.
Muita gente boa ainda participa na boa-fé de ataques a pessoas inocentes na Internet, porque o líder da covardia é um cara "divertido", e não sabe que está com a ficha policial suja.
Os valentões de Internet arrastam essas pessoas porque infelizmente o carisma desses truculentos fala mais alto.
A catarse e a ilusão de que esses caras só são "brincalhões" permite esse reacionarismo.
A ilusão de gente importante e tarimbada que se desfaz quando essa mesma gente mostra seus surtos preconceituosos.
Daí Cláudio Botelho, um diretor teatral considerado de reputação inabalável, fez todo aquele chilique contra o governo do PT.
Ou o Roger Rocha Moreira, do Ultraje a Rigor, uma banda cujo primeiro LP, Nos Vamos Invadir Sua Praia, de 1985, foi um dos primeiros vinis de minha coleção, naquele mesmo ano.
Ver que pessoas agem assim, apoiando machistas, agressores, racistas, elitistas, entreguistas é um horror.
Daí que o Brasil está mofado. Parece nunca sair de seu complexo de vira-lata.
Embora o Primeiro Mundo tenha lá suas crises, eles ainda respiram um pouco de modernidade.
Podem haver reacionários lá, mas não com a arrogância que se observa aqui.
O Brasil está um caos. E isso preocupa, e muito.
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