Ontem a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmen Lúcia, homologou as 77 delações da Odebrecht sobre o esquema de corrupção alvo da Operação Lava Jato.
Nestas delações, entre as quais se destaca o depoimento de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, vários políticos ligados a Temer foram citados num impressionante número de vezes.
É certo que a delação premiada é um processo meio duvidoso.
Mas espera-se que, mesmo assim, sejam denunciados os políticos que cercam o atual governo.
Michel Temer é citado 43 vezes apenas em uma das delações.
Alguns de seus homens de confiança, como Romero Jucá, Wellington Moreira Franco, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e outros, também foram citados.
Dos tucanos, temos Geraldo Alckmin, Aécio Neves e o ministro de Temer, José Serra.
Não se garante que algo melhor possa vir se as delações derem o resultado esperado.
Da mesma forma que a prisão de Eike Batista, depois da de Sérgio Cabral Filho, são apenas episódios de uma crise que não acaba.
A crise de maio de 2016 para cá foi pior do que aquela que atingiu fatalmente o governo Dilma Rousseff.
Talvez pela primeira vez na História, pelo menos nos últimos 60 anos, um governo presidencial tenha passado o tempo todo sem esboçar um pingo de esperança.
Evidentemente, não sabemos o que vai acontecer com o Brasil.
Está tudo inseguro.
O que se pode supor é que o governo Temer esteja começando o seu fim, com prováveis chances de não chegar ao final de 2018.
Temer já está sendo investigado pelas irregularidades da campanha eleitoral, em que ele dividia a chapa com Dilma Rousseff, em 2014.
Daqui a dois dias, ao que parece, começarão a serem divulgadas oficialmente as delações.
É esperar para ver.
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