LAURA NYRO, SAUDOSA CANTORA E COMPOSITORA ESTADUNIDENSE.
A intelectualidade "bacana" tem sua concepção de "MPB de vanguarda" que nada tem de vanguardista.
Afinal, é uma MPB para provocar e não necessariamente para ouvir.
A música é só um detalhe, o que importa é a provocação.
Faz-se algo qualquer nota, alguma combinação de soul com samba e hip hop, alguma espetacularização, letras escandalosas, alguma polêmica.
Ou então usar o velho discurso da guitarra elétrica como elemento "libertário" que só fazia sentido nos anos 1960.
E aí, pronto: Música Provocativa Brasileira em que a preocupação maior é com a polêmica.
É o escândalo transformado num fim em si mesmo. Algo que não escandaliza mais.
Ser LGBT ou negro-índio-branco não é necessariamente ser libertário. Pode ser se depender do contexto.
Há exemplos como a saudosa cantora estadunidense Laura Nyro, que fará 20 anos de falecimento em abril, e que iniciou sua carreira na segunda metade dos anos 1960.
Era uma cantora folk que, branca, assumiu influências fortes da soul music, causando polêmica com isso.
Teve uma música sua gravada pelo grupo soul Fifth Dimension - de "Age of Aquarius" - , "Stoned Soul Picnic", e outra pelo grupo de soul-rock-jazz psicodélico, Blood Sweat & Tears, "And When I Die".
Laura terminou a vida assumindo uma relação homoafetiva. Morreu prematura, sem completar 50 anos de idade e um tanto esquecida pelo mercado.
Embora com posturas pró-LGBT e pró-cultura negra, Laura Nyro sempre pôs a música em primeiro plano.
Como cantora, embora num estilo diferente, poderia ser comparada à nossa Sylvia Telles pela voz ao mesmo tempo intensa, bela e pungente.
Laura influenciou cantoras como Tori Amos e Regina Spektor, só para localizar alguns nomes mais contemporâneos.
Mas até Elton John assumiu admirar a música de Laura Nyro, que no Brasil é lembrada pela rádio Antena 1 FM.
O Brasil, infelizmente, tem preguiça para parar um pouco e ouvir música.
Música é só trilha sonora de outras atividades.
Temos um péssimo cenário musical que é o da música brega-popularesca.
E temos um cacoete de músicos e cantores que põem a música em segundo plano.
No rock, vemos bandas mais preocupadas com o senso de humor do que com o som que deveriam fazer.
Na música brega-popularesca, são músicas, ruins, que falam de cerveja, carro importado ou são aquelas cantoras interpretando letras sobre misandria.
E ainda temos cantores de sambrega e breganejo da geração 1990 agora gravando clássicos da MPB autêntica achando que basta um aparato de luxo e pompa e um clima de couvert artístico para ser emepebista.
Isso num contexto em que outros sambregas e breganejos, sem poder lançar um sucesso novo, vivem de factoides na mídia das subcelebridades.
Na MPB, temos uma geração que está mais preocupada em provocar com aparentes evocações às "minorias sociais", se esquecendo que deveriam ter algum diferencial na música.
Os intelectuais "bacanas" também não ajudam.
Eles não querem discutir a música brasileira.
Quando arriscam um debate, se limitam a discutir apenas as verbas públicas da Lei Rouanet, os patrocínios de eventos ao vivo, a realização de viradas culturais.
Toda a discussão se limita a visões financistas. E olha que esses intelectuais "bacanas" querem usar a mídia esquerdista como palanque para suas óticas rentistas.
E assim o Brasil segue surdo às notas musicais.
Música é só um detalhe.
O Brasil é um dos poucos países em que até setores ditos "arrojados" da nossa sociedade não têm a menor paciência para ouvir música.
Música é apenas passatempo para outras atividades.
Uma trilha-sonora de frivolidades.
A intelectualidade "bacana" tem sua concepção de "MPB de vanguarda" que nada tem de vanguardista.
Afinal, é uma MPB para provocar e não necessariamente para ouvir.
A música é só um detalhe, o que importa é a provocação.
Faz-se algo qualquer nota, alguma combinação de soul com samba e hip hop, alguma espetacularização, letras escandalosas, alguma polêmica.
Ou então usar o velho discurso da guitarra elétrica como elemento "libertário" que só fazia sentido nos anos 1960.
E aí, pronto: Música Provocativa Brasileira em que a preocupação maior é com a polêmica.
É o escândalo transformado num fim em si mesmo. Algo que não escandaliza mais.
Ser LGBT ou negro-índio-branco não é necessariamente ser libertário. Pode ser se depender do contexto.
Há exemplos como a saudosa cantora estadunidense Laura Nyro, que fará 20 anos de falecimento em abril, e que iniciou sua carreira na segunda metade dos anos 1960.
Era uma cantora folk que, branca, assumiu influências fortes da soul music, causando polêmica com isso.
Teve uma música sua gravada pelo grupo soul Fifth Dimension - de "Age of Aquarius" - , "Stoned Soul Picnic", e outra pelo grupo de soul-rock-jazz psicodélico, Blood Sweat & Tears, "And When I Die".
Laura terminou a vida assumindo uma relação homoafetiva. Morreu prematura, sem completar 50 anos de idade e um tanto esquecida pelo mercado.
Embora com posturas pró-LGBT e pró-cultura negra, Laura Nyro sempre pôs a música em primeiro plano.
Como cantora, embora num estilo diferente, poderia ser comparada à nossa Sylvia Telles pela voz ao mesmo tempo intensa, bela e pungente.
Laura influenciou cantoras como Tori Amos e Regina Spektor, só para localizar alguns nomes mais contemporâneos.
Mas até Elton John assumiu admirar a música de Laura Nyro, que no Brasil é lembrada pela rádio Antena 1 FM.
O Brasil, infelizmente, tem preguiça para parar um pouco e ouvir música.
Música é só trilha sonora de outras atividades.
Temos um péssimo cenário musical que é o da música brega-popularesca.
E temos um cacoete de músicos e cantores que põem a música em segundo plano.
No rock, vemos bandas mais preocupadas com o senso de humor do que com o som que deveriam fazer.
Na música brega-popularesca, são músicas, ruins, que falam de cerveja, carro importado ou são aquelas cantoras interpretando letras sobre misandria.
E ainda temos cantores de sambrega e breganejo da geração 1990 agora gravando clássicos da MPB autêntica achando que basta um aparato de luxo e pompa e um clima de couvert artístico para ser emepebista.
Isso num contexto em que outros sambregas e breganejos, sem poder lançar um sucesso novo, vivem de factoides na mídia das subcelebridades.
Na MPB, temos uma geração que está mais preocupada em provocar com aparentes evocações às "minorias sociais", se esquecendo que deveriam ter algum diferencial na música.
Os intelectuais "bacanas" também não ajudam.
Eles não querem discutir a música brasileira.
Quando arriscam um debate, se limitam a discutir apenas as verbas públicas da Lei Rouanet, os patrocínios de eventos ao vivo, a realização de viradas culturais.
Toda a discussão se limita a visões financistas. E olha que esses intelectuais "bacanas" querem usar a mídia esquerdista como palanque para suas óticas rentistas.
E assim o Brasil segue surdo às notas musicais.
Música é só um detalhe.
O Brasil é um dos poucos países em que até setores ditos "arrojados" da nossa sociedade não têm a menor paciência para ouvir música.
Música é apenas passatempo para outras atividades.
Uma trilha-sonora de frivolidades.
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