LULA PROMETENDO "TAXAR OS SUPER-RICOS" EM SALVADOR, ONTEM.
Os petistas raiz alertaram para que o povo fosse para as ruas para reivindicar direitos durante o atual mandato de Lula. O alerta se baseia na ideia de que, se ninguém se manifestar, Lula não faz. Em outras palavras, Lula só age quando é pressionado, se ninguém pressiona Lula deixa para lá e só foca nele mesmo.
O atual mandato de Lula representou essa triste lição: o presidente começou esse período festejando e brincando. Parecia que ele se divertia com o cargo presidencial. Fez muitos erros, já a partir de um desnecessário Festival do Futuro que atrasou a posse dos ministros. E isso é gravíssimo, porque Lula havia dito, ainda como pré-candidato à Presidência da República, que "não poderia errar" no atual mandato. E erros foram o que ele mais cometeu.
Apostando em relatorismos e pesquisismos, em opiniões que, não raro, geraram gafes, e em muitos artifícios, Lula só simulou uma grandeza que demonstrou ser postiça, fajuta, uma jogada de marketing. Por isso houve a queda de popularidade, pois Lula dizia uma coisa e a realidade era outra. Lula confiou demais no seu fetichismo, como se somente Lula fosse a verdade, a democracia, o único caminho.
Nada disso. Lula não é o centro do universo, ele não tem direito a tais caprichos. Não pode haver um único homem que se torne a expressão do absoluto, e Lula queria comandar o mundo e se tornar o único dono da democracia, acessível a todos desde que vinculadas apenas a uma única pessoa central.
Essa megalomania de Lula acabou decepcionando as classes populares e o presidente, querendo se engrandecer demais, se encolheu, e agora ele tenta correr contra o tempo para, ao menos, conseguir uma passagem apertada para o próximo mandato.
E aí vemos Lula apelando para o sensacionalismo do discurso de "disputa entre ricos e pobres". Promete taxar os super-ricos, mas só substituiu a proposta de 4% de taxas divididos em duas parcelas por semestre por 10% .
Quando, durante um desfile em Salvador em razão ao Dois de Julho - que Lula quer tornar uma efeméride nacional, como o Dia da Consolidação da Independência do Brasil - , exibiu um cartaz propondo a taxação dos super-ricos, a plateia em torno ficou eufórica.
Mas sabemos que Lula, que depois de esbanjar no modo pelego, gastando muito nas viagens ao exterior e se entrosando com a burguesia "democrática" e a direita moderada, agora tenta trocar a "união" do seu lema inicial do terceiro mandato para destacar a "justiça social", tentando agora fazer um quarto mandato "mais fluente" que o corrente.
Só que não vai dar certo. Do primeiro ao segundo mandato, ao menos Lula mostrou serviço e seus programas que hoje são de grife, como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Fome Zero haviam sido implantados depois de alguma pesquisa e algum trabalho. No terceiro mandato, eles aparecem como "pratos feitos", sem que pudesse ser feito algo que considerasse outros contextos, pois 2023 não foi 2003.
Lula ao menos trabalhou no seu primeiro mandato e pôde ser eleito para o segundo sem muitos problemas. Mas, no terceiro mandato, Lula só se preocupou com a consagração pessoal e a produção de sensacionalismo com a sua série de "recordes históricos", os fictícios relatórios do "Efeito Lula", dos quais se escondia, por trás das "quedas históricas de desemprego", a triste realidade do trabalho precário, com escala 6x1 e certas funções 100% comissionadas, cuja remuneração promete ser tão grande e incerta quanto um prêmio de loteria.
E aí vemos Lula perdido e repetindo os mesmos apelos, por mais que mude a estratégia pela superfície, trocando a "união pela reconstrução" pela hipotética batalha entre "ricos e pobres", na qual somente os estereótipos se enfrentam na arena, enquanto, na vida real, a Faria Lima se mantém apaixonada por Lula e os pobres da vida real permanecem furiosos com o petista.
Daí que Lula acaba se confirmando como um soldadinho de chumbo da política nacional. Se ninguém faz cobranças, ele se limita a festejar, brincar e curtir a sua vida, agora ao lado de sua Janja. É preciso dar corda para Lula andar, e o problema é ter que repetir esse vexame no quarto mandato. Assim não é possível o Brasil progredir de verdade. A mediocridade acaba sendo uma areia movediça a engolir o nosso país.
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