
LULA FAZENDO GRACINHA IMITANDO OS MOVIMENTOS DOS ACROBATAS EM PARIS.
Na semana passada, o presidente Lula, na sua estadia em Paris, decidiu fazer gracinha e imitar de maneira tosca - devido às limitações físicas do chefe do Executivo brasileiro - os movimentos dos acrobatas que se exibiram num evento de artes plásticas na capital francesa. O ato infeliz de Lula, comparado aos pulinhos durante um comício na Rua Augusta, em São Paulo, demonstra um presidente mais festivo do que um gestor dos problemas da nação.
Não deu para esconder a coleção de equívocos cometidos pelo presidente, desde quando ele ainda era pré-candidato à Presidência da República, e que foram cruciais para sua queda de popularidade, que pelo jeito se torna irreversível.
Houve um esforço de enumerar supostos “recordes históricos” que não refletiram na realidade. Houve o esforço pessoal de Lula em opinar e comentar, quando ele não consegue agir ou está proibido de tais tarefas. Vide os juros altos, o preço do arroz e a privatização da Eletrobras.
Houve a produção industrial de relatorismos e pesquisismos, os primeiros tentando fazer crer que o governo Lula “fez realizações fabulosas” e os segundos apostando em vitórias imbatíveis do presidente em simulações de prévias eleitorais para 2026. Lembrando que desde 2023 as supostas pesquisas de opinião perguntavam sobre os resultados prováveis das eleições de 2026.
Houve a blindagem dos lulistas que se achavam os possuidores da verdade. Os fatos não importavam, a realidade tinha que ser conforme os desejos do presidente Lula. O setor de Comunicação do governo coneteu o ato patético de tentar informar a realidade sobre a “magnitude das realizações do governo Lula”, como se a realidade não conhecesse os “feitos fantásticos do gigante de Garanhuns”.
Até um tipo de “isentão” veio à tona: o negacionista factual. Um sujeito servil à mídia empresarial, mas pretensamente alinhado à centro-esquerda, que mede a realidade conforme suas convicções pessoais e as narrativas oficiais, ou seja, os fatos não podem falar por si, mas conforme a visão de quem goza de prestígio e visibilidade plenos.
O negacionista factual tentava boicotar os textos que, mesmo realistas, não lhe agradavam. Sua pretensa objetividade sempre consistiu em “negociar” os fatos com as convicções pessoais, e por isso sua visão binária sempre caminha pela narrativa de que o que a mídia empresarial veicula é verdade, o resto é fake news.
Mesmo assim, o negacionista factual não pode frear o trem da realidade. Ele pode pedir o boicote ao pensamento crítico e a banir narrativas que, mesmo realistas, não são do seu ahrado. Mas isso não dura muito tempo e ele é forçado a aceitar fatos que ele não gostaria de saber.
Patrulheiro do lulismo, o negacionista factual se vende como um “isentão do bem”, supostamente democrático, que adora usar bordões do tipo “Eu até entendo certos pontos de vista, mas…”, fingindo concordar com “alguns pontos” das ideias de um contestador, mas no findo discordando de praticamente tudo. No contexto lulista, o negacionista factual tudo faz para blindar Lula, a ponto de achar que tudo que não é Lula é ficção ou fascismo.
De que adianta todas essas tarefas para promover todo esse mundo da fantasia, de guloseimas e sonhos que se tornou o governo Lula, com o presidente fazendo mais festa do que trabalho, achando que o processo histórico é como uma gincana escolar?
Vale lembrar que Lula imagina que pode seguir um roteiro predeterminado para se tornar personagem histórico. Bancar o tribuno, usando óculos e lendo textos solenes com ideias bem-intencionadas mas previsíveis, em cúpulas internacionais é fácil, mas a História não é uma gincana, não dá para ser calculista e fabricar uma grandeza que nada tem de espontânea, pois tudo soa tendencioso.
Para piorar, Lula defendeu as viagens ao exterior dizendo que "desconhece os custos" desses deslocamentos. Lula tentou justificar dizendo que "faz o que todo presidente precisa fazer" e alegou que a política externa "trouxe muitos investimentos estrangeiros no Brasil".
Mas aí entra a contradição. Lula fala em "muitos investimentos", mas por que o Governo Federal tem que fazer cortes? Os investimentos estrangeiros não poderiam ajudar na aplicação em políticas sociais por meio das parcerias público-privadas? Pelo tanto que Lula viajou, visitando mais de 30 países desde 2023, era para o Brasil viver uma fartura financeira, não é mesmo? Só que não.
E aí vemos o presidente Lula perdendo popularidade justamente entre quem ele não desejaria perder: o povo pobre, os nordestinos, os proletários, os camponeses, entre outros excluídos do mundo real. E a coleção de erros de Lula, mesmo com tanta desculpa, não consegue convencer o povo brasileiro, que já reconhece no atual mandato o mais fraco de todos.
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