Pular para o conteúdo principal

O PROBLEMA AGORA SÃO OS HOMENS NÃO-LEGAIS


Sabemos que, no lado das mulheres, aquelas que são dotadas de personalidade mais vulgar e um comportamento superficial estão levando a pior na vida social, perdendo vantagens e sendo duramente criticadas na Internet.

Nem mesmo as "atraentes" garotas-do-ringue (ring girls) ou as "sofisticadas donas-de-casa" de "riélite chous" - as "esposas-do-lar" que facilmente se divorciam de seus maridos - , que quando querem se vestem impecavelmente, conseguem ter alguma sorte de boa reputação.

No Brasil, a realidade virou de cabeça-para-baixo, e, se há até três anos atrás tínhamos uma média de 100 musas "sensuais" mostrando seus "corpões" aqui e ali, sob diversos pretextos - uma é paniquete, outra "mulher-fruta", outra ring girl, outra "musa do Brasileirão", outra "peladona" de qualquer lugar e mais outra uma coitada fotografada ao lado de um "pegador" famoso - , a coisa ficou diferente.

Ninguém quer mais saber de mulheres assim e os protestos na Internet, sejam nos espaços de comentários, sejam nas mídias sociais, mostram a péssima repercussão que praticamente derrubou a maioria das "gostosas de ocasião", deixando umas poucas que ainda encaram esses protestos "sensualizando mais e mais".

Isso se deve às muitas gafes que as chamadas "boazudas" fazem, seguida de outras gafes cometidas pelas "comportadas" ring girls e real housewives. Entre outros aspectos, há a obsessão pelo supérfluo e pelo materialista, enquanto possuem um temperamento muito difícil para conviver, sendo facilmente irritáveis.

Aí elas entram em baixa e precisam se casar com jogadores de futebol, lutadores de UFC, astros de reality e músicos de rock farofa para evitarem a solidão, se bem que muitas delas, impulsivas, acabam ficando sozinhas de qualquer maneira.

JOGO DE CINTURA

Se as mulheres não-legais ficam chupando dedo no meio do caminho, por que os homens não-legais levam melhor sorte, pegando mulheres de personalidade interessante, mesmo quando não há um contexto propício para tal?

As siliconadas e botochudas são prejudicadas, mas os homens obsessivos por músculos ou ternos ainda se dão melhor com o sexo oposto, e basta homens não-legais e mulheres legais frequentarem os mesmos restaurantes pelo menos todo fim de semana para as relações deslancharem, mesmo diante de falsas afinidades que não vão além de pequenas coincidências no lazer.

São empresários, esportistas, economistas, médicos, dirigentes esportivos, publicitários e outros "líderes" que não se destacam muito além de seus dotes profissionais, e não raro são pessoas despreparadas para a vida fora de seus ambientes de trabalho.

Dentro de seus ambientes profissionais, eles são até pessoas competentes, autônomas, dotadas de decisão própria e que conseguem afirmação pelo sucesso nos seus meios. Mas, no lazer, precisam viver da sombra de suas belas mulheres, porque são irritantemente superficiais.

Eles até tentam algum pedantismo, tentando expressar um gosto por música, artes, literatura e cinema que, na verdade, eles não apreciam tanto assim quanto se supõe. E se apegam por um estilo tão chique que parece cafona, cultuando vinhos, abusando da elegância com excesso de formalidades e superestimando seu sucesso profissional mesmo quando tentam ser discretos.

Se eles têm 45 anos ou um pouco mais, pode ter certeza que eles farão cara de sono quando vão fazer compras com suas mulheres, ou então fazem expressão de mau humor quando caminham nos calçadões das praias ou parques. Só ficam felizes quando desfilam de smoking ou terno em eventos formais diversos, como lançamentos de filmes ou festas de galas.

Se eles já estão perto dos 60 ou são sessentões de primeira viagem, então qualquer ida ao cinema ou mesmo festinha de aniversário de crianças se equipara a "evento formal", se esquecendo de que o lazer não pode ser visto como um "serão" a mais no seu cotidiano profissional.

Mesmo nesses eventos informais eles vão de terno só dispensando a gravata, mas praticamente mantendo o mesmo traje de negócios, só "quebrando" a sisudez com calça jeans ou camisa pólo. Mas os sapatos pontudos continuam machucando seus pés em nome do conforto da vaidade social.

Mas não seriam esses homens portadores de uma obsessão pelo luxo e pelo requinte que os nivela às "donas-de-casa" de reality shows? Não seriam eles dotados de uma personalidade superficial como as ring girls, com mania de elegância e formalidades comparável à mania de sensualidade das "boazudas"?

As mulheres aceitam esses homens porque eles têm jogo de cintura, tendo capacidade de se parecerem melhores do que realmente são. Eles travestem sua mediocridade com uma esperteza de fingir sofisticação e descontração, mas até a rotina mostrar sua superficialidade são tantos jogos de conquista, joias, bombons, viagens à Europa.

A única diferença que os homens não-legais diferem das mulheres não-legais é esse jogo de cintura que eles conseguem usar para conquistar mulheres de perfis mais substanciais. Se bem que um pouco de músculos (sem exageros) ou de dinheiro no bolso também ajudam, e muito.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FUNQUEIROS, POBRES?

As notícias recentes mostram o quanto vale o ditado "Quem nunca comeu doce, quando come se lambuza". Dois funqueiros, MC Daniel e MC Ryan, viraram notícias por conta de seus patrimônios de riqueza, contrariando a imagem de pobreza associada ao gênero brega-popularesco, tão alardeada pela intelectualidade "bacana". Mc Daniel recuperou um carrão Land Rover avaliado em nada menos que R$ 700 mil. É o terceiro assalto que o intérprete, conhecido como o Falcão do Funk, sofreu. O último assalto foi na Zona Sul do Rio de Janeiro. Antes de recuperar o carro, a recompensa prometida pelo funqueiro foi oferecida. Já em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, outro funqueiro, MC Ryan, teve seu condomínio de luxo observado por uma quadrilha de ladrões que queriam assaltar o famoso. Com isso, Ryan decidiu contratar seguranças armados para escoltá-lo. Não bastasse o fato de, na prática, o DJ Marlboro e o Rômulo Costa - que armou a festa "quinta coluna" que anestesiou e en

FIQUEMOS ESPERTOS!!!!

PESSOAS RICAS FANTASIADAS DE "GENTE SIMPLES". O momento atual é de muita cautela. Passamos pelo confuso cenário das "jornadas de junho", pela farsa punitivista da Operação Lava Jato, pelo golpe contra Dilma Rousseff, pelos retrocessos de Temer, pelo fascismo circense de Bolsonaro. Não vai ser agora que iremos atingir o paraíso com Lula nem iremos atingir o Primeiro Mundo em breve. Vamos combinar que o tempo atual nem é tão humanitário assim. Quem obteve o protagonismo é uma elite fantasiada de gente simples, mas é descendente das velhas elites da Casa Grande, dos velhos bandeirantes, dos velhos senhores de engenhos e das velhas oligarquias latifundiárias e empresariais. Só porque os tataranetos dos velhos exterminadores de índios e exploradores do trabalho escravo aceitam tomar pinga em birosca da Zona Norte não significa que nossas elites se despiram do seu elitismo e passaram a ser "povo" se misturando à multidão. Tudo isso é uma camuflagem para esconder

DEMOCRACIA OU LULOCRACIA?

  TUDO É FESTA - ANIMAÇÃO DE LULA ESTÁ EM DESACORDO COM A SOBRIEDADE COM QUE SE DEVE TER NA VERDADEIRA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL. AQUI, O PRESIDENTE DURANTE EVENTO DA VOLKSWAGEN DO BRASIL. O que poucos conseguem entender é que, para reconstruir o Brasil, não há clima de festa. Mesmo quando, na Blumenau devastada pela trágica enchente de 1983, se realizou a primeira Oktoberfest, a festa era um meio de atrair recursos para a reconstrução da cidade catarinense. Imagine uma cirurgia cujo paciente é um doente em estado terminal. A equipe de cirurgiões não iria fazer clima de festa, ainda mais antes de realizar a operação. Mas o que se vê no Brasil é uma situação muito bizarra, que não dá para ser entendida na forma fácil e simplória das narrativas dominantes nas redes sociais. Tudo é festa neste lulismo espetaculoso que vemos. Durante evento ocorrido ontem, na sede da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, Lula, já longe do antigo líder sindical de outros tempos, mais parecia um showm

VIRALATISMO MUSICAL BRASILEIRO

  "DIZ QUE É VERDADE, QUE TEM SAUDADE .." O viralatismo cultural brasileiro não se limita ao bolsonarismo e ao lavajatismo. As guerras culturais não se limitam às propagandas ditatoriais ou de movimentos fascistas. Pensar o viralatismo cultural, ou culturalismo vira-lata, dessa maneira é ver a realidade de maneira limitada, simplista e com antolhos. O que não foi a campanha do suposto "combate ao preconceito", da "santíssima trindade" pró-brega Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna senão a guerra cultural contra a emancipação real do povo pobre? Sanches, o homem da Folha de São Paulo, invadindo a imprensa de esquerda para dizer que a pobreza é "linda" e que a precarização cultural é o máximo". Viralatismo cultural não é só Bolsonaro, Moro, Trump. É"médium de peruca", é Michael Sullivan, é o É O Tchan, é achar que "Evidências" com Chitãozinho e Xororó é um clássico, é subcelebridade se pavoneando

FOMOS TAPEADOS!!!!

Durante cerca de duas décadas, fomos bombardeados pelo discurso do tal "combate ao preconceito", cujo repertório intelectual já foi separado no volume Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , para o pessoal conhecer pagando menos pelo livro. Essa retórica chorosa, que alternava entre o vitimismo e a arrogância de uma elite de intelectuais "bacanas", criou uma narrativa em que os fenômenos popularescos, em boa parte montados pela ditadura militar, eram a "verdadeira cultura popular". Vieram declarações de profunda falsidade, mas com um apelo de convencimento perigosamente eficaz: termos como "MPB com P maiúsculo", "cultura das periferias", "expressão cultural do povo pobre", "expressão da dor e dos desejos da população pobre", "a cultura popular sem corantes ou aromatizantes" vieram para convencer a opinião pública de que o caminho da cultura popular era através da bregalização, partindo d

ALEGRIA TÓXICA DO É O TCHAN É CONSTRANGEDORA

O saudoso Arnaldo Jabor, cineasta, jornalista e um dos fundadores do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC - UNE), era um dos críticos da deterioração da cultura popular nos últimos tempos. Ele acompanhava a lucidez de tanta gente, como Ruy Castro e o também saudoso Mauro Dias que falava do "massacre cultural" da música popularesca. Grandes tempos e últimos em que se destacava um pensamento crítico que, infelizmente, foi deixado para trás por uma geração de intelectuais tucanos que, usando a desculpa do "combate ao preconceito" para defender a deterioração da cultura popular.  O pretenso motivo era promover um "reconhecimento de grande valor" dos sucessos popularescos, com todo aquele papo furado de representar o "espírito de uma época" e "expressar desejos, hábitos e crenças de um povo". Para defender a música popularesca, no fundo visando interesses empresariais e políticos em jogo, vale até apelar para a fal

PUBLICADO 'ESSA ELITE SEM PRECONCEITOS (MAS MUITO PRECONCEITUOSA)'

Está disponível na Amazon o livro Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , uma espécie de "versão de bolso" do livro Esses Intelectuais Pertinentes... , na verdade quase isso. Sem substituir o livro de cerca  de 300 páginas e análises aprofundadas sobre a cultura popularesca e outros problemas envolvendo a cultura do povo pobre, este livro reúne os capítulos dedicados à intelectualidade pró-brega e textos escritos após o fechamento deste livro. Portanto, os dois livros têm suas importâncias específicas, um não substitui o outro, podendo um deles ser uma opção de menor custo, por ter 134 páginas, que é o caso da obra aqui divulgada. É uma forma do público conhecer os intelectuais que se engajaram na degradação cultural brasileira, com um etnocentrismo mal disfarçado de intelectuais burgueses que se proclamavam "desprovidos de qualquer tipo de preconceito". Por trás dessa visão "sem preconceitos", sempre houve na verdade preconceitos de cl

OS CRITÉRIOS VICIADOS DE EMPREGO

De que adianta aumentar as vagas de emprego se os critérios de admissão do mercado de trabalho estão viciados? De que adianta haver mais empregos se as ofertas de emprego não acompanham critérios democráticos? A ditadura militar completou 60 anos de surgimento. O governo Ernesto Geisel, que consolidou o Brasil sonhado pelas elites reacionárias, faz 50 anos de seu início. Até parece que continuamos em 1974, porque nosso Brasil, com seus valores caquéticos e ultrapassados, fede a mofo tóxico misturado com feses de um mês e cadáveres em decomposição.  E ainda muitos se arrogam de ver o Brasil como o país do futuro com passaporte certeiro para ingressar, já em 2026, no banquete das nações desenvolvidas. E isso com filósofos suicidas, agricultores famintos e sobrinhos de "médiuns de peruca" desaparecendo debaixo dos arquivos. Nossos conceitos são velhos. A cultura, cafona e oligárquica, só defendida como "vanguarda" por um bando de intelectuais burgueses, entre jornalist

MAIS DECEPÇÃO DO GOVERNO LULA

Governo Lula continua decepcionando. Três casos mostram isso e se tratam de fatos, não mentiras plantadas por bolsonaristas ou lavajatistas. E algo bastante vergonhoso, porque se trata de frustrações dos movimentos sociais com a indiferença do Governo Federal às suas necessidades e reivindicações. Além de ter havido um quarto caso, o dos protestos de professores contra os cortes de verbas para a Educação, descrito aqui em postagem anterior, o governo Lula enfrenta protestos dos movimentos indígenas, da comunidade científica e dos trabalhadores sem terra, lembrando que o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) já manifestou insatisfação com o governo e afirmou que iria protestar contra ele. O presidente Lula, ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, assinou, no último dia 18, a demarcação de apenas duas terras para se destinarem a ser reservas indígenas, quando era prometido um total de seis. Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT) foram beneficiadas pelo document

LULA, O MAIOR PELEGO BRASILEIRO

  POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, LULA DE 2022 ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE FERNANDO COLLOR O QUE DO LULA DE 1989. A recente notícia de que o governo Lula decidiu cortar verbas para bolsas de estudo, educação básica e Farmácia Popular faz lembrar o governo Collor em 1991, que estava cortando salários e ameaçando privatizar universidades públicas. Lula, que permitiu privatização de estradas no Paraná, virou um grande pelego político. O Lula de 2022 está mais próximo do Fernando Collor de 1989 do que o próprio Lula naquela época. O Lula de hoje é espetaculoso, demagógico, midiático, marqueteiro e agrada com mais facilidade as elites do poder econômico. Sem falar que o atual presidente brasileiro está mais próximo de um político neoliberal do que um líder realmente popular. Eu estava conversando com um corretor colega de equipe, no meu recém-encerrado estágio de corretagem. Ele é bolsonarista, posição que não compartilho, vale lembrar. Ele havia sido petista na juventude, mas quando decidiu votar em Lul