CAVALO DE TROIA OU ÉGUA POCOTÓ?
Um episódio e uma declaração em prol do "funk" lembram casos nebulosos da crise política da Era Jango.
Um conhecido funqueiro, convertido a dirigente e pretenso ativista, reclamando das atitudes das esquerdas.
Um grupo de estudantes usando o "funk" para botar Karl Marx dentro do "baile de favela".
Em ambos os casos, lembra Cabo Anselmo.
Como citamos várias vezes, o "funk" é o Cabo Anselmo da vez.
Quando a crise política, social e institucional se agravam, eis que vem o "funk" confundir as coisas, desviando o foco dos debates sérios.
O referido funqueiro, que sempre se preocupa em ficar com a palavra final para tudo, disse que "pessoas que se dizem de esquerda falam do funk de uma forma punitiva".
Sem definir direito o sentido da palavra "punitiva", o funqueiro dizia que "não existe esquerda punitiva".
Lembra Cabo Anselmo, que disse que "não existiu esquerda combativa".
Ele argumentou que denunciou seus colegas por "não concordar com a luta armada" dos anos de chumbo.
Lembra também a revista Veja, que só aceitava a esquerda se esta aceitasse o "diálogo" com o empresariado e os investidores estrangeiros.
"Diálogo", no jargão direitista, é aceitar o que o poderoso diz e dizer que está bom.
É mais um monólogo no qual o interlocutor mais fraco só fala para concordar.
E que "esquerda punitiva" o "tão prestigiado" funqueiro fala?
Querer que reduzir o poder das corporações midiáticas é ser "esquerda punitiva"?
O termo é vago, contraditório e sugere um reacionarismo subliminar por parte do funqueiro que sempre fingiu concordar com toda a agenda esquerdista - até a regulação da mídia ele finge apoiar - , mas depois vai para a Rede Globo ser agraciado e receber congratulações.
O próprio funqueiro, que se diz "esquerdista convicto", é apadrinhado por um cineasta ligado ao Instituto Millenium.
O mesmo "clube" que tem Guilherme Fiúza, Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino e outras pessoas da pesada.
O próprio "funk", usado para citar Karl Marx num protesto contra a Escola Sem Partido, teve seu crescimento apoiado por um dos idealizadores.
Sim, o próprio "funk" nada seria se não fosse a Rede Globo, o Instituto Millenium, o PSDB, a Folha de São Paulo.
Esquecem que o Escola Sem Partido tem como um dos principais propagandistas o mesmo ator que empresariou as precursoras das mulheres-frutas: Alexandre Frota.
A propósito, que "esquerda" quer o tão empenhado funqueiro?
Ele reclama das "pessoas que se dizem de esquerda" como se fosse um colunista de Veja. E, pior: usando as páginas de um periódico de esquerda para expor suas vejices.
Só porque ele veio de classes pobres não significa que ele não possa colaborar com a plutocracia.
O "funk" sempre teve boas relações com a plutocracia. Até demais.
O próprio ritmo, na verdade um pop dançante comercial sem valor artístico-cultural relevante, sendo apenas um mero entretenimento, só foi trabalhado como "ativismo social" com a ajuda de Otávio Frias Filho e João Roberto Marinho.
Como é que as esquerdas vão aceitar o "funk" se o ritmo não incomoda pessoas do nível de Alexandre Frota, Luciano Huck e Danilo Gentili, todos aliás grandes divulgadores do gênero?
O "funk" faz uma abordagem caricatural das classes populares.
Espetaculariza e glamouriza a pobreza e a ignorância e nada faz para superar as debilidades sociais que acontecem nas classes populares, como o machismo e a violência.
O "funk" é musicalmente primário, e só muito tardiamente reconhece os instrumentos musicais. MC do "funk" tocando percussão e violão é coisa de uns dois anos para cá, e tudo por causa das conveniências.
O próprio "Baile de Favela" tem como base sonora o som de um violoncelo.
Mas é tudo movido pelas circunstâncias, feito "ao gosto do freguês".
O "funk" levou tempos para sair de sua mesmice sonora, e, quando sai, não é de forma espontânea.
O "funk" é muito estranho.
Como "ativismo social", só pode lembrar os simulacros de esquerdismo de Cabo Anselmo.
Ele mesmo falando "em nome dos operários e camponeses", fingindo apoiar as reformas de base de João Goulart.
Os funqueiros hoje fingindo apoiar o projeto progressista de Lula e Dilma.
E o caminhão da Furacão 2000 chegando como um Cavalo de Troia num protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff em Copacabana, no 17 de abril passado.
A diferença é que os "soldados espartanos" estavam em Brasília, enquanto os esquerdistas se esqueceram da luta e foram "descer até o chão", reduzindo os apelos como "Fora Cunha" e "Fica Dilma" em letras mortas abafadas pelo som do "pancadão".
A CIA financiando as bravatas do Cabo Anselmo em 1963 e 1964.
A CIA financiando instituições que fazem propaganda do "funk".
O "funk" usado como carro-chefe de uma pseudo-cultura "popular" que a intelectualidade "bacana", feito um IPES-IBAD pós-tropicalista, pregava em uníssono como se fosse "cultura séria".
Usavam a desculpa do "combate ao preconceito" para impor seus preconceitos.
Os preconceitos de que o povo pobre é melhor rebolando do que lutando por qualidade de vida.
Uma imbecilização travestida de etnografia, em que intelectuais tomavam como "generosa" abordagens dignas das madames mais desesperadamente elitistas.
O "funk" foi usado para inibir os debates sobre cultura popular.
Para não voltar os temas, problemas e dilemas do antigo CPC da UNE.
O anti-petismo surgiu com o abafamento dos debates culturais nas esquerdas.
Era proibido discutir o brega-popularesco, sob a desculpa de que isso "expressava preconceito".
Era obrigado deixar o jabaculê rolar, como se isso fosse a "verdadeira cultura das classes populares".
Povo imbecilizado, mulheres presas na prostituição a serviço das taras de machistas ricos, pobres presos em favelas sem estrutura digna, idosos pobres afogados na embriaguez do álcool.
Isso era a "qualidade de vida" pregada pelos "renomados" intelectuais "bacanas".
Em nome do "fim dos preconceitos".
Para todo efeito, mendigo bêbado falando besteira era o supra-sumo da "sabedoria pop".
É essa intelectualidade que defende o "funk" como sua "última causa nobre".
O "funk" que age como o Cabo Anselmo há mais de 50 anos.
Desviando o foco do verdadeiro debate público, evitando o povo de saber as grandes questões brasileiras e isolando os círculos esquerdistas nesse debate.
E criando polêmica à toa, diante de tanta baixaria.
Cabo Anselmo é "baile de favela". "Funk" é Temer, nunca foi Lula nem Dilma.
Um episódio e uma declaração em prol do "funk" lembram casos nebulosos da crise política da Era Jango.
Um conhecido funqueiro, convertido a dirigente e pretenso ativista, reclamando das atitudes das esquerdas.
Um grupo de estudantes usando o "funk" para botar Karl Marx dentro do "baile de favela".
Em ambos os casos, lembra Cabo Anselmo.
Como citamos várias vezes, o "funk" é o Cabo Anselmo da vez.
Quando a crise política, social e institucional se agravam, eis que vem o "funk" confundir as coisas, desviando o foco dos debates sérios.
O referido funqueiro, que sempre se preocupa em ficar com a palavra final para tudo, disse que "pessoas que se dizem de esquerda falam do funk de uma forma punitiva".
Sem definir direito o sentido da palavra "punitiva", o funqueiro dizia que "não existe esquerda punitiva".
Lembra Cabo Anselmo, que disse que "não existiu esquerda combativa".
Ele argumentou que denunciou seus colegas por "não concordar com a luta armada" dos anos de chumbo.
Lembra também a revista Veja, que só aceitava a esquerda se esta aceitasse o "diálogo" com o empresariado e os investidores estrangeiros.
"Diálogo", no jargão direitista, é aceitar o que o poderoso diz e dizer que está bom.
É mais um monólogo no qual o interlocutor mais fraco só fala para concordar.
E que "esquerda punitiva" o "tão prestigiado" funqueiro fala?
Querer que reduzir o poder das corporações midiáticas é ser "esquerda punitiva"?
O termo é vago, contraditório e sugere um reacionarismo subliminar por parte do funqueiro que sempre fingiu concordar com toda a agenda esquerdista - até a regulação da mídia ele finge apoiar - , mas depois vai para a Rede Globo ser agraciado e receber congratulações.
O próprio funqueiro, que se diz "esquerdista convicto", é apadrinhado por um cineasta ligado ao Instituto Millenium.
O mesmo "clube" que tem Guilherme Fiúza, Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino e outras pessoas da pesada.
O próprio "funk", usado para citar Karl Marx num protesto contra a Escola Sem Partido, teve seu crescimento apoiado por um dos idealizadores.
Sim, o próprio "funk" nada seria se não fosse a Rede Globo, o Instituto Millenium, o PSDB, a Folha de São Paulo.
Esquecem que o Escola Sem Partido tem como um dos principais propagandistas o mesmo ator que empresariou as precursoras das mulheres-frutas: Alexandre Frota.
A propósito, que "esquerda" quer o tão empenhado funqueiro?
Ele reclama das "pessoas que se dizem de esquerda" como se fosse um colunista de Veja. E, pior: usando as páginas de um periódico de esquerda para expor suas vejices.
Só porque ele veio de classes pobres não significa que ele não possa colaborar com a plutocracia.
O "funk" sempre teve boas relações com a plutocracia. Até demais.
O próprio ritmo, na verdade um pop dançante comercial sem valor artístico-cultural relevante, sendo apenas um mero entretenimento, só foi trabalhado como "ativismo social" com a ajuda de Otávio Frias Filho e João Roberto Marinho.
Como é que as esquerdas vão aceitar o "funk" se o ritmo não incomoda pessoas do nível de Alexandre Frota, Luciano Huck e Danilo Gentili, todos aliás grandes divulgadores do gênero?
O "funk" faz uma abordagem caricatural das classes populares.
Espetaculariza e glamouriza a pobreza e a ignorância e nada faz para superar as debilidades sociais que acontecem nas classes populares, como o machismo e a violência.
O "funk" é musicalmente primário, e só muito tardiamente reconhece os instrumentos musicais. MC do "funk" tocando percussão e violão é coisa de uns dois anos para cá, e tudo por causa das conveniências.
O próprio "Baile de Favela" tem como base sonora o som de um violoncelo.
Mas é tudo movido pelas circunstâncias, feito "ao gosto do freguês".
O "funk" levou tempos para sair de sua mesmice sonora, e, quando sai, não é de forma espontânea.
O "funk" é muito estranho.
Como "ativismo social", só pode lembrar os simulacros de esquerdismo de Cabo Anselmo.
Ele mesmo falando "em nome dos operários e camponeses", fingindo apoiar as reformas de base de João Goulart.
Os funqueiros hoje fingindo apoiar o projeto progressista de Lula e Dilma.
E o caminhão da Furacão 2000 chegando como um Cavalo de Troia num protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff em Copacabana, no 17 de abril passado.
A diferença é que os "soldados espartanos" estavam em Brasília, enquanto os esquerdistas se esqueceram da luta e foram "descer até o chão", reduzindo os apelos como "Fora Cunha" e "Fica Dilma" em letras mortas abafadas pelo som do "pancadão".
A CIA financiando as bravatas do Cabo Anselmo em 1963 e 1964.
A CIA financiando instituições que fazem propaganda do "funk".
O "funk" usado como carro-chefe de uma pseudo-cultura "popular" que a intelectualidade "bacana", feito um IPES-IBAD pós-tropicalista, pregava em uníssono como se fosse "cultura séria".
Usavam a desculpa do "combate ao preconceito" para impor seus preconceitos.
Os preconceitos de que o povo pobre é melhor rebolando do que lutando por qualidade de vida.
Uma imbecilização travestida de etnografia, em que intelectuais tomavam como "generosa" abordagens dignas das madames mais desesperadamente elitistas.
O "funk" foi usado para inibir os debates sobre cultura popular.
Para não voltar os temas, problemas e dilemas do antigo CPC da UNE.
O anti-petismo surgiu com o abafamento dos debates culturais nas esquerdas.
Era proibido discutir o brega-popularesco, sob a desculpa de que isso "expressava preconceito".
Era obrigado deixar o jabaculê rolar, como se isso fosse a "verdadeira cultura das classes populares".
Povo imbecilizado, mulheres presas na prostituição a serviço das taras de machistas ricos, pobres presos em favelas sem estrutura digna, idosos pobres afogados na embriaguez do álcool.
Isso era a "qualidade de vida" pregada pelos "renomados" intelectuais "bacanas".
Em nome do "fim dos preconceitos".
Para todo efeito, mendigo bêbado falando besteira era o supra-sumo da "sabedoria pop".
É essa intelectualidade que defende o "funk" como sua "última causa nobre".
O "funk" que age como o Cabo Anselmo há mais de 50 anos.
Desviando o foco do verdadeiro debate público, evitando o povo de saber as grandes questões brasileiras e isolando os círculos esquerdistas nesse debate.
E criando polêmica à toa, diante de tanta baixaria.
Cabo Anselmo é "baile de favela". "Funk" é Temer, nunca foi Lula nem Dilma.
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