Marilena Chauí disse o óbvio.
O juiz midiático Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, recebeu treinamento do FBI (Federal Bureau of Investigation), agência de investigação do governo dos EUA.
Moro, segundo Marilena, aprendeu técnicas usadas durante o macartismo (a campanha direitista do senador Joseph McCarthy, nos anos 1950) e depois da tragédia do 11 de setembro de 2001, que são a intimidação e a delação.
Marilena Chauí irritou a direita anti-PT, que no entanto teve que engolir a ampla repercussão dessa denúncia expressa em seu comentário.
Marilena é uma intelectual experiente.
Filósofa, ela pertenceu aos últimos quadros funcionais do lendário ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), pouco antes da entidade ser fechada pela ditadura militar, em 1964.
Profunda conhecedora da realidade nacional, ela expôs os verdadeiros motivos da Operação Lava-Jato.
Através da desmoralização da Petrobras, a ideia é entregar o pré-sal (camadas de sal que contém reservas petrolíferas) para as "seis grandes" companhias de exploração de petróleo.
As "seis grandes" são: Esso, ExxonMobil, Shell, Texaco, BP e Chevron.
E vemos os bastidores desse negócio traiçoeiro nesse temeroso cenário político.
Sérgio Moro viaja com descomunal frequência para os EUA, bem mais para alguém que é apenas um juiz paranaense.
Certamente não é para ver os prédios de Nova York nem para se divertir na Disney, em Orlando.
É para entrar em contato com autoridades estadunidenses para bolar o plano de destruir a soberania brasileira, e negociar os meios de abrir caminho para as "irmãs" controlarem o pré-sal brasileiro.
É curioso que a mídia direitista fale tanto em Venezuela e no pré-sal brasileiro.
Venezuela é outro país com grandes reservas de petróleo.
Tanta campanha midiática é feita para desmoralizar governos progressistas.
E no Brasil, a Operação Lava-Jato, tendenciosa mas às vezes indo além do controle ideológico, com a divulgação da delação de Sérgio Machado atirando contra seus aliados tucanos e peemedebistas, tenta ser uma máquina de desmoralizar petistas.
E Sérgio Moro, que se diz "sem envolvimentos político-ideológicos", participando de eventos do PSDB.
Além de Moro, José Serra também é outro que está articulando a venda do pré-sal para os estrangeiros e, para breve, a privatização da Petrobras, a ser vendida provavelmente para consórcios em que empresas brasileiras apenas mascaram o controle de corporações estrangeiras.
Ironicamente, é o mesmo José Serra que estava no comício de João Goulart na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1964, quando o então presidente do Brasil prometia reformas de base e a preservação do bem público, como o monopólio da Petrobras em todos os setores petrolíferos.
José Serra mudou de lado, comprovam os fatos históricos.
E ele, ao lado de Henrique Meirelles, é o "super-herói" do tenebroso e temeroso governo de Michel Temer.
Sob a desculpa de recuperar a economia, pretendem dizimar as conquistas sociais, reduzir os investimentos na sociedade e promover uma farra financeira para os investidores estrangeiros.
Os tempos estão mesmo sombrios e mais uma vez Tio Sam quer bancar o "dono" do Brasil.
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