O governo do presidente interino Michel Temer já disse a que veio.
Um governo destinado ao fracasso. Na prática, um desgoverno.
Com uma equipe de políticos corruptos, das quais três tiveram que ser sacrificados, e uma agenda ultraconservadora trazida por várias forças solidárias.
Um governante confuso, inseguro, contraditório, dissimulador: este é Michel Temer.
Que com uma formação de advogado, tendo sido professor universitário e tudo, e ainda tem 76 anos de idade, demonstrou uma incompetência que tais atributos não supõem representar.
E a gente viu esse filme antes, embora com variações de roteiro.
Jânio Quadros, general Ernesto Geisel, José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso.
Governos respaldados pela sociedade conservadora, prometendo moralidade política, desenvolvimento econômico e tudo o mais.
Prometeram resolver a crise, com propostas de impacto, e fracassaram, deixando a inflação em alta.
Michel Temer é até pior do que todos eles.
Afinal, ele não trouxe o otimismo que os demais trouxeram.
Temer iniciou seu governo provisório cometendo tantas irregularidades que um livro de 700 páginas é muito pouco para descrever todo esse desastre de pouco mais de dois meses.
Isso porque cada desastre tem uma história e uma longa narrativa com explicações.
Além disso, existem vários sujeitos e agentes desse processo de tantos retrocessos cumpridos ou ainda prometidos.
E se Temer é pior do que os governantes que encerraram mandatos deixando o país em crise profunda, o que se esperará de Temer?
Que ele chame a fada-madrinha e transforme o Brasil numa Finlândia?
Claro que não.
Ele simplesmente quebrará o país, até porque ele prometeu um corte austero de gastos governamentais e só garantiu a limitação dos gastos sociais.
O que ele gastou ou gastará para agradar aliados políticos e empresariais, incluindo estrangeiros, é de um valor muito superior ao que ele prometeu economizar com o corte dos gastos.
Só isso fará agravar a inflação.
Isso é certíssimo, por mais que haja uma eventual maquiagem de dados.
Michel Temer vai quebrar mesmo o Brasil. E quem vai pagar mais caro é quem lutou para ter ele no poder.
Vamos ver se a "galera irada" vai fazer selfies com uma mão e pegar na enxada com a outra, trabalhando cerca de 14 horas por dia.
Ninguém teme o Temer. Mas ficará apavorado com o legado que ele deixar para o país.
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