OS FUNQUEIROS DITOS "DE ESQUERDA" SE ESQUECEM QUE UM CINEASTA LIGADO AO INSTITUTO MILLENIUM LHES TIROU DO OSTRACISMO.
Um conhecido dirigente do "funk", em um artigo num periódico de esquerda - que o contratou provavelmente sob a ajuda de um "pistolão" - fez mais uma choradeira.
Pedindo para "deixar o funk em paz", ele lamentou que "pessoas que se dizem de esquerda" vejam o ritmo de maneira "punitiva", alegando que "não existe esquerda punitiva".
"Punitiva" é um termo muito vago. O que é "punitiva", neste sentido?
A esquerda não é um movimento de pessoas sorridentes desfilando nas ruas com rosas vermelhas.
A declaração do funqueiro foi muito infeliz, pois ele acaba reprovando o caráter combativo das esquerdas e achando que no esquerdismo só existem carneirinhos avermelhados.
Não é bem assim que acontece. Vivemos numa sociedade em conflito, muito diferente do misto de paraíso e inferno que os funqueiros fazem no seu cotidiano.
Os funqueiros pouco estão aí, por exemplo, sobre a questão do reacionarismo midiático.
E o tal dirigente funqueiro, que se gaba em ser "de esquerda", foi participar de debates patrocinados pela Rede Globo.
Em vez dele ficar aborrecido com o comportamento das esquerdas contra o "funk", ele deveria agradecer ao cineasta José Padilha.
Ligado ao Instituto Millenium, um clube de intelectuais e jornalistas de direita, Padilha se lembrou de uma antiga música desse dirigente funqueiro e a jogou no filme Tropa de Elite.
Foi aí que a geração 1990 do "funk carioca" saiu do ostracismo e foi posar de "música de protesto".
Com discos da Som Livre, tocados na 98 FM carioca, com divulgação no Xou da Xuxa.
"Funk" é realmente "o caldeirão". O Caldeirão do Luciano Huck, aquele BFF do Aécio Neves.
E aí o dirigente funqueiro lamenta que "gente que se diz de esquerda trata o funk de forma punitiva".
O dirigente funqueiro quer ficar sempre com a palavra final para tudo.
Ele se acha "dono" das esquerdas, quer que elas se comportem de maneira submissa ao "funk".
Lembra o discurso de Cabo Anselmo em 1964, ele que sempre ficava explicando sobre seu esquerdismo míope.
Ele depois chutou o pau da barraca quando viu que o esquerdismo não é aquele que ele gostaria que fosse.
E aí a máscara direitista caiu.
O grande mal do "funk" é seu pretensiosismo arrivista.
Se os funqueiros ficassem quietos na sua, curtindo seu entretenimento sem pretensões de "arte séria" nem de "grande ativismo", metade das críticas teriam desaparecido.
Mas como seu pretensiosismo persiste em todos os sentidos, as críticas continuam.
O "funk" é artisticamente e culturalmente oco, um pop dançante que pensa ser "coisa do outro mundo".
É traído pela realidade que mostra aos funqueiros a impotência de suas pretensões.
O problema é que o "funk" erra de propósito, mas depois faz choradeira e não aceita ser criticado.
Fica aquele drama: "as pessoas culpam o funk por isso ou aquilo, mas é a sociedade que faz o funk ficar assim".
E por que o "funk" nunca interferiu na realidade cruel do qual se diz "vítima"?
Por que o chamado "funk de raiz" não veio com melodias, instrumentos e arranjos?
Por que as "musas do funk" não eram mais discretas e comedidas no seu apelo sexual?
O "funk" erra de propósito, nivela as coisas por baixo, cria um rigor estético em patamares inferiores.
Depois reclama das críticas que se fazem pelos erros que o "funk" cometeu de propósito ou pelas responsabilidades que o "funk" prometeu mas não cumpriu.
O "funk" nunca foi coisa do outro mundo.
Afinal, o "funk" não é Dilma, o "funk" é "Temer".
O "funk" não veio de Marte. Veio da Globo, para desespero do dirigente funqueiro que se diz "de esquerda" e que não quer ser lembrado de sua boa aceitação pelo baronato midiático.
Se não fosse essa mania de papo-cabeça, esse pretensiosismo ativista-cultural e o vitimismo do "funk", todos teriam deixado o ritmo em paz.
Um conhecido dirigente do "funk", em um artigo num periódico de esquerda - que o contratou provavelmente sob a ajuda de um "pistolão" - fez mais uma choradeira.
Pedindo para "deixar o funk em paz", ele lamentou que "pessoas que se dizem de esquerda" vejam o ritmo de maneira "punitiva", alegando que "não existe esquerda punitiva".
"Punitiva" é um termo muito vago. O que é "punitiva", neste sentido?
A esquerda não é um movimento de pessoas sorridentes desfilando nas ruas com rosas vermelhas.
A declaração do funqueiro foi muito infeliz, pois ele acaba reprovando o caráter combativo das esquerdas e achando que no esquerdismo só existem carneirinhos avermelhados.
Não é bem assim que acontece. Vivemos numa sociedade em conflito, muito diferente do misto de paraíso e inferno que os funqueiros fazem no seu cotidiano.
Os funqueiros pouco estão aí, por exemplo, sobre a questão do reacionarismo midiático.
E o tal dirigente funqueiro, que se gaba em ser "de esquerda", foi participar de debates patrocinados pela Rede Globo.
Em vez dele ficar aborrecido com o comportamento das esquerdas contra o "funk", ele deveria agradecer ao cineasta José Padilha.
Ligado ao Instituto Millenium, um clube de intelectuais e jornalistas de direita, Padilha se lembrou de uma antiga música desse dirigente funqueiro e a jogou no filme Tropa de Elite.
Foi aí que a geração 1990 do "funk carioca" saiu do ostracismo e foi posar de "música de protesto".
Com discos da Som Livre, tocados na 98 FM carioca, com divulgação no Xou da Xuxa.
"Funk" é realmente "o caldeirão". O Caldeirão do Luciano Huck, aquele BFF do Aécio Neves.
E aí o dirigente funqueiro lamenta que "gente que se diz de esquerda trata o funk de forma punitiva".
O dirigente funqueiro quer ficar sempre com a palavra final para tudo.
Ele se acha "dono" das esquerdas, quer que elas se comportem de maneira submissa ao "funk".
Lembra o discurso de Cabo Anselmo em 1964, ele que sempre ficava explicando sobre seu esquerdismo míope.
Ele depois chutou o pau da barraca quando viu que o esquerdismo não é aquele que ele gostaria que fosse.
E aí a máscara direitista caiu.
O grande mal do "funk" é seu pretensiosismo arrivista.
Se os funqueiros ficassem quietos na sua, curtindo seu entretenimento sem pretensões de "arte séria" nem de "grande ativismo", metade das críticas teriam desaparecido.
Mas como seu pretensiosismo persiste em todos os sentidos, as críticas continuam.
O "funk" é artisticamente e culturalmente oco, um pop dançante que pensa ser "coisa do outro mundo".
É traído pela realidade que mostra aos funqueiros a impotência de suas pretensões.
O problema é que o "funk" erra de propósito, mas depois faz choradeira e não aceita ser criticado.
Fica aquele drama: "as pessoas culpam o funk por isso ou aquilo, mas é a sociedade que faz o funk ficar assim".
E por que o "funk" nunca interferiu na realidade cruel do qual se diz "vítima"?
Por que o chamado "funk de raiz" não veio com melodias, instrumentos e arranjos?
Por que as "musas do funk" não eram mais discretas e comedidas no seu apelo sexual?
O "funk" erra de propósito, nivela as coisas por baixo, cria um rigor estético em patamares inferiores.
Depois reclama das críticas que se fazem pelos erros que o "funk" cometeu de propósito ou pelas responsabilidades que o "funk" prometeu mas não cumpriu.
O "funk" nunca foi coisa do outro mundo.
Afinal, o "funk" não é Dilma, o "funk" é "Temer".
O "funk" não veio de Marte. Veio da Globo, para desespero do dirigente funqueiro que se diz "de esquerda" e que não quer ser lembrado de sua boa aceitação pelo baronato midiático.
Se não fosse essa mania de papo-cabeça, esse pretensiosismo ativista-cultural e o vitimismo do "funk", todos teriam deixado o ritmo em paz.
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