JOSÉ SERRA AGRADECENDO AO "DEUS" MERCADO.
Brasileiros felizes vendo o Jornal Nacional, lendo jornalões e revistecas, acreditando que o governo de Michel Temer vai realmente melhorar a vida do povo brasileiro.
Grande tolice. E diante da plateia desinformada, afinal a grande imprensa privada não informa, mas desinforma deformando os fatos, uma tragédia está prestes a acontecer.
Esta tragédia é a entrega de nossas maiores riquezas a corporações estrangeiras.
As pessoas acreditam que, saindo Dilma Rousseff da presidência da República, renunciando Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e finalizando a Operação Lava-Jato, o país estará livre da corrupção e tempos gloriosos virão em definitivo.
Grande ilusão. Sobretudo quando se sabe que o monopólio da Petrobras na exploração do pré-sal será quebrado de vez.
A Câmara dos Deputados, "livre" de Eduardo Cunha, aprovou a quebra do monopólio em uma votação que já está em trânsito nas duas casas legislativas, ela e o Senado Federal.
O projeto é de autoria do então senador José Serra, hoje ministro das Relações Exteriores do governo Temer.
O relator do texto aprovado, que concorda com as propostas de Serra, é de autoria do baiano José Carlos Aleluia, do DEM, um dos "afilhados" de Antônio Carlos Magalhães.
O projeto já foi votado meses antes no Senado. Serra tentou desmentir o entreguismo:
"A única coisa que o projeto faz é tirar a obrigatoriedade de essa empresa ter que investir em cada poço do pré-sal mais ainda, com 30%. Ninguém está entregando nada. Ninguém está levando nada embora. Tudo continua nas mãos do poder público, apenas a Petrobras não é obrigada a investir. Apenas isso. Se ela quiser, em um mês, ela manifesta sua intenção e controlará o poço".
Tudo muito vago. Que "poder público" terá nas mãos o controle do pré-sal?
Os defensores da quebra do monopólio alegam que a proposta visa recuperar a Petrobras, que supostamente não tem dinheiro para investir nos recursos petrolíferos existentes na camada de sal.
O texto de Aleluia vai ser exposto no plenário da Câmara, mas isso vai ocorrer depois que o sucessor de Eduardo Cunha na presidência da Câmara for escolhido, encerrando o mandato interino de Waldir Maranhão.
Mas, praticamente, a tragédia já foi montada.
Uma de nossas maiores riquezas, o pré-sal, poderá ser explorada por empresas estrangeiras.
Os neoliberais brasileiros estão felizes, e falam até em "competitividade".
Mas a verdade é que o pré-sal estará praticamente entregue às "seis irmãs" do petróleo.
Esse foi o propósito do impeachment de Dilma Rousseff.
Tirar uma presidenta comprometida com os interesses dos brasileiros e substituir por um político submetido aos interesses das grandes corporações.
E o dinheiro que será investido irá em boa parte para o exterior, para as sedes das empresas estrangeiras.
O dinheiro que ficará aqui será de um valor bem menor.
Mal dá para promover o crescimento pleno do país.
Sobrarão migalhas para as classes trabalhadoras, que retomarão a "rotina de sempre".
Sempre contendo gastos, espremendo o orçamento familiar.
Enquanto isso, os ricos que estão em órbita de Michel Temer e companhia continuarão no paraíso.
Com as grandes companhias internacionais do petróleo mal vendo a hora de fazer a maior festa com o nosso pré-sal.
Comentários
Postar um comentário